O índice de preços dos alimentos da FAO, braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação, subiu pelo quarto mês consecutivo em janeiro e atingiu 182,5 pontos, 1,3 ponto (0,7%) mais que em dezembro. Na comparação com janeiro de 2019, a alta foi de 11,3%.
De acordo com a FAO, os maiores aumentos foram registrados nos segmentos de óleos vegetais e de açúcar, mas cereais e laticínios também ficaram mais caros no mundo. Essas elevações mais que compensaram a queda nos preços das proteínas.
O subíndice de óleos vegetais atingiu a maior média em três anos - 176,3 pontos, 11,6 pontos mais que em dezembro. “Os valores internacionais de óleo de palma aumentaram pelo sexto mês consecutivo, sustentados pelas perspectivas de redução da oferta global em meio à forte demanda do setor de biodiesel”, diz a FAO em relatório. Os preços dos óleos de soja e girassol também subiram.
O indicador de açúcar subiu 10,4 pontos, para 200,7 pontos, o quarto aumento consecutivo. Conforme a agência, a elevação de janeiro foi impulsionada pela expectativa de retrações nas produções da Índia e do Brasil.
Também em alta, o indicador de cereais atingiu 169,2 pontos, 4,8 pontos mais que em dezembro e maior patamar desde maio de 2018. No relatório, a FAO diz que os preços do trigo subiram muito devido ao ritmo acelerado de compras de vários países em meio a embarques mais lentos na França, que enfrentou uma greve nos portos. Os valores do milho também registraram ganhos refletindo o comércio internacional robusto e o aperto sazonal de oferta no Hemisfério Sul.
Sobre os lácteos, o subíndice ficou em 200,6 pontos, com elevação de 1,8 ponto em relação a dezembro. “As cotações de manteiga, queijo e leite em pó desnatado (SMP) aumentaram, refletindo a forte demanda de importação, combinada com a baixa oferta na Europa e na Oceania.”
Por fim, o indicador das proteínas animais foi o único a cair no mês, marcando uma pausa depois de 11 meses consecutivos de elevação. A média ficou em 182,5 pontos, 7,5 menos que no mês passado. “As cotações de todas as categorias de carnes caíram em janeiro, pressionadas por compras reduzidas, principalmente da China e do Extremo Oriente, após grandes importações no fim de 2019”, diz o texto da FAO.
As informações são do Valor Econômico.