Governo anuncia socorro a produtores e cooperativas
O governo decidiu socorrer produtores familiares e cooperativas de leite para evitar prejuízos causados pelas quedas de preços no mercado "spot". O Ministério do Desenvolvimento Agrário usará R$ 50 milhões para enxugar a oferta de 7 mil toneladas de leite em pó de forma imediata. E o Ministério do Desenvolvimento Social já reservou parte do orçamento de R$ 468 milhões do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para abastecer as cestas básicas do governo com leite em pó.
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O governo avalia garantir os preços por meio de compras diretas do leite ou financiar o carregamento dos estoques de cooperativas com opção de compra. Os contratos para entrega futura de leite em pó recuaram de R$ 0,84 em agosto para R$ 0,78 em setembro. E já apontam para R$ 0,71 em outubro. Os problemas estão concentrados nas principais bacias leiteiras do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Goiás. "Os preços do mercado "spot" tiveram uma queda violenta de até 25% em dois meses", diz o diretor de Geração de Renda do MDA, Arnoldo de Campos. "As causas foram o aumento das importações, a redução do consumo internacional e, agora, a entrada de uma safra volumosa no Sul do país". O mercado "spot" se refere às negociações entre as cooperativas.
Ao menos 100 mil produtores de uma dezena de cooperativas seriam beneficiados na primeira fase do programa emergencial. O plano inclui financiar a estocagem em cooperativas por até um ano, com juros de 3% ao preço de R$ 7,50 por quilo. "É uma espécie de capital de giro", diz Campos. Assim, o governo sinaliza ao mercado um ajuste na oferta e demanda futuras, o que auxiliaria na recuperação dos preços.
O MDA tem um orçamento de R$ 125 milhões para o PAA, mas apenas R$ 10 milhões foram gastos até aqui. Em 2008, o ministério usou R$ 50 milhões para auxiliar a sustentação de preços do leite em pó. Para 2010, o cenário deve ser diferente porque o governo terá R$ 600 milhões para cumprir a lei que obriga comprar ao menos 30% dos produtos da merenda escolar diretamente da agricultura familiar.
O governo já iniciou as discussões com oito centrais cooperativas e duas singulares para identificar a "real necessidade" da intervenção no setor. "Devemos iniciar com a formação de estoques nas cooperativas, já que os custos dessas operações são mais baixas porque não geram despesas com frete", afirma Arnoldo de Campos. A iniciativa, segundo ele, está embutida na Política Setorial do Leite, cujo objetivo é ampliar e melhorar a participação de produtores familiares na cadeia produtiva do leite e derivados. A sustentação dos preços complementará ações nas áreas de crédito, seguro de renda, apoio à comercialização, assistência técnica e extensão rural, capacitação de técnicos, agricultores e lideranças, além de medidas no mercado internacional.
A matéria é de Mauro Zanatta, publicada no jornal Valor Econômico, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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UNAÍ - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 16/09/2009

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 15/09/2009

UNAÍ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 12/09/2009

AUGUSTO PESTANA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 12/09/2009

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 12/09/2009
É realmente necessário açoes de governo pra fazer frente aos fatores que forçam quedas de preço do leite, muitas veses a patamares bem abaixo dos custos de produçao.
Também é necessario que o governo fique atento as importaçoes de leite, e, segundo sabemos, se forem aprovados os atuais pedidos de importaçao junto ao Ministerio da Agricultura, aliados a ainda safra de leite do Sul e ao precoce período chuvoso no Sudeste/Centro Oeste, poderemos ter o pior dos mundos para os proximos meses.
Haroldo Max de Sousa

PINHEIROS - ESPÍRITO SANTO - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
EM 12/09/2009
Outra questão é a disparaidade do preço do produtor até o consumidor, não querendo criticar ninguém, mas este meio, entre indústria e varejistas pode dar uma contribuição muito grande nesse aumento de conssumo. Sabemos que da porteira pra fora, existem muitas despesas, mas até aqui o produtor esta arcando sózinho, o que estrangula qualquer tentativa de investimento. Hoje, o produtor esta trabalhando no limite minimo de preço. No Brasil, o litro de leite não pode ser menos que R$ 0,70 (setenta centavos), ao produtor, preço menor que este o produtor perde toda capacidade de investimento. Outra coisa é a tal normativa 51, que não entra em vigor nunca, a indústria reclama que o leite ruim encarece o processo, o que é notório, além deste leite ruim esta fazendo o preço do que tem qualidade, pois a indústria tem que misturar no processamento. Só não estou entedendo, qual o medo das autoridades coloca-la em prática, pois aí teriamos propriedades tecnificadas, aumentaríamos em muito o emprego no campo e o que é mais importante! qualidade no alimento precioso que é o nosso leite de cada dia.
LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 12/09/2009
A ajuda dirteta ao produtor rural de leite é adotando essas medidas, aliás isso não é nenhuma novidade em outros segmentos como automobilístico, se não houvesse proteção, não tenha dúvida a gende maioria dessas fábricas existentes já estariam a beira da falência e/ou quebradas, queremos apenas igualdade de tratamento para podermos ter condições de produzir o nosso leite e vendê-lo aum prêço justo e que nos dê condição de ter uma vida digna em termos de qualidade. Quanto a ajuda às cooperativas de leite, a melhor e prioritária seria a mudança da legislação que regem as mesmas, que exigissem mais transparência, ética e moralidade por parte dos seus gestores e fosse obrigatório uma auditoria de controle externo de 6 (seis) em 6 (seis) mêses e que os achados dessas auditorias fossem publicados nos Diários oficiais de cada estado da federação a qual a mesma estivesse instalada,que fosse proibido re-eleições de pelo menos 70% de seus gestores e de membros dos conselhos por mais de 2 (dois) mandatos consecutivos. Essas medidas, se adotadas, tenho certeza que os reflexos seriam extremamente saudáveis para todo o segmento a começar pelo produtor rural de leite que é sem sombra de dúvida a célula mater do mesmo. Hoje aqui em Minas Gerais, mais precisamente na zona da mata, muitos estão desistindo da atividade e vendendo todo o seu rebanho para outros estados pois o que estão nos pagando não cobre os nossos custos de produção e nesse bojo de compradores estão as cooperativas de leite que essas sim deveriam lutar para que os seus prêços fossem melhor para remunerarem seus cooperados, mas é justamente o contrário ,são as que remuneram pior, daí a grande fuga de cooperados para vender a sua produção para laticínios particulares e isso nos enfraquece.
Precisamos de cooperativas de leite fortes, mas não da maneira como estão postas e sim como um grande instrumento para as quais foram criadas, no sentido mais amplo de proteção do cooperados em termos de remueração do prêço do leite e outros benefícios como venda em sus armazens de produtos mais baratos do que ofertados no mercado que ajuda e muito ao seus produtores rurais de leite/cooperados. A ajuda do governo de nada adiantará se não mudarmos a mentalidade dos produtores rurais de leite em termos de união da classe e isso só depende de nós mesmos e de exigirmos mudanças na lei que rege as cooperativas de leite no Brasil.
MARIPÁ - PARANÁ
EM 11/09/2009

ENÉAS MARQUES - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 11/09/2009

PEJUÇARA - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 11/09/2009