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Estudo mostra poucas diferenças na saúde e no teor do leite entre fazendas convencionais e orgânicas

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 12/09/2014

3 MIN DE LEITURA

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Vacas criadas em fazendas leiteiras orgânicas e convencionais em três regiões dos Estados Unidos não mostraram diferenças significativas na saúde ou no teor nutricional do seu leite, de acordo com um novo estudo da Universidade do Estado de Oregon (OSU). Muitas fazendas leiteiras orgânicas e convencionais no estudo não cumpriram os padrões determinados pelos três programas de bem-estar de bovinos comumente usados.

“Embora haja diferenças em como as vacas são tratadas nas fazendas orgânicas, os resultados para a saúde são similares ao das fazendas leiteiras convencionais”, disse o co-autor do estudo e professor emérito da Faculdade de Ciências Agrícolas da OSU, Mike Gamroth. “Poucas fazendas leiteiras nesse estudo tiveram bom desempenho no critério formal usado para medir a saúde e o bem-estar das vacas”.

Quase 300 fazendas leiteiras pequenas – 192 orgânicas e 100 convencionais – em Nova York, Oregon e Wisconsin participaram do estudo, que foi financiado pelo fundo de US$ 1 milhão do Instituto Nacional de Alimentos e Agricultura no Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

O projeto de cinco anos avaliou muitos aspectos da saúde das vacas leiteiras, incluindo nutrição, claudicação, limpeza do úbere e outras condições. Amostras de leite foram avaliadas para presença de bactérias e doenças comuns e os produtores foram questionados sobre suas operações, incluindo o uso de veterinários e alívio da dor quando é feita a descorna.

Os pesquisadores descobriram o seguinte:

- Um em cada cinco rebanhos cumpriam com os padrões de higiene.
- 30% dos rebanhos cumpriam os critérios para condição corporal.
- 26% das fazendas orgânicas e 18% das convencionais cumpriam com as recomendações para alívio da dor durante a descorna.
- 4% das fazendas forneciam às bezerras doses recomendadas de colostro.
- 88% das fazendas não tinham um plano integrado de controle de mastite.
- 42% das fazendas convencionais cumpriam com padrões para tratamento de claudicação.
- As vacas nas fazendas orgânicas produziam 43% menos leite por dia do que as vacas nas fazendas convencionais não a pasto, mostrou o estudo, e 25% menos do que as fazendas convencionais a pasto.

O leite dos rebanhos orgânicos e não orgânicos também mostrou poucas diferenças nutricionais, descobriram os pesquisadores.

O leite orgânico pode ocasionalmente conter mais ácidos graxos ômega-3, que pode melhorar a saúde do coração. Entretanto, esses aumentos vêm de pastagens sazonais e não estão presentes quando os animais são alimentados com forragens armazenadas, de acordo com Gamroth.

Para se tornar certificada orgânica pelo USDA, as fazendas leiteiras precisam permitir que as vacas tenham acesso ao pasto e os grãos que os animais consomem precisam ser produzidos em áreas livres de pesticidas e fertilizantes. Os produtores orgânicos não têm permissão para usar antibióticos, hormônios ou drogas reprodutivas sintéticas.

“Quase sete em cada 10 fazendas orgânicas anteriormente eram operadas como rebanhos convencionais, o que explica a falta de diferença entre elas. Muitos produtores orgânicos operam de uma maneira similar a quando criavam rebanhos convencionais, desde os procedimentos de ordenha até o uso das mesmas instalações e cuidados com os animais doentes”.

O estudo também mostrou que mais fazendas convencionais (69%) usaram veterinários do que fazendas orgânicas (36%). Os produtores de leite orgânico frequentemente fazem seu próprio trabalho veterinário, disse Gamroth, porque acham que os veterinários nem sempre conhecem ou seguem os padrões orgânicos de cuidados.

Alguns rebanhos orgânicos no estudo também mostraram uma cepa de bactérias, comumente conhecida como Strep. ag., que os rebanhos convencionais eliminaram há muito tempo usando antibióticos.

As vacas tiveram menos lesões nas patas nas fazendas orgânicas e as bezerras nessas fazendas foram alimentadas com um volume maior de leite e foram desmamadas um pouco mais velhas do que nas fazendas convencionais.

Os resultados foram baseados em critérios de três programas comumente usados de bem-estar animal: Padrões de Bem-Estar Animal da Associação Humana Americana; Produtores Rurais Garantindo Manejo Responsável; e Códigos de Conduta Canadense. Entretanto, as fazendas leiteiras pesquisadas no estudo não estavam comprometidas com esses padrões, disse Gamroth.

“Nossos dados mostram que há espaço para melhora nas fazendas leiteiras e determina padrões para medir o progresso na indústria. Acreditamos que adotar padrões de bem-estar animal é parte da solução, bem como aumentar os esforços educacionais para melhorar o cuidado com as vacas”.

O leite é a quarta maior commodity agrícola de Oregon, com as fazendas leiteiras gerando US$ 528 milhões em vendas em 2013. A indústria de lácteos do estado contribui com mais de US$ 1 bilhão à economia de Oregon a cada ano graças às suas aproximadamente 350 fazendas leiteiras e 123.000 vacas leiteiras. O estudo incluiu 24 fazendas leiteiras e 24 fazendas convencionais em Oregon.

A reportagem é do https://www.progressivedairy.com, traduzida pela Equipe MilkPoint Brasil.
 

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