Entrada de leite uruguaio no Brasil continua travada
Com os negócios de lácteos com o Brasil praticamente perdidos, a Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole) reorientou suas exportações a outros mercados, enquanto o Uruguai ratificou seu rechaço ao estabelecimento de cotas e negocia a entrada com um preço mínimo.
Publicado por: MilkPoint
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O diretor de Assuntos Internacionais do Ministério de Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) do Uruguai, Mario Piacenza, disse que há duas semanas realizou uma nova reunião com as autoridades brasileiras para tentar destravar a situação em torno da liberação das licenças de importação de lácteos, após o Uruguai rechaçar a decisão brasileira de estabelecer cotas de entrada.
A intenção do Brasil é conceder uma cota de 10.000 toneladas para o segundo semestre, com um regime de entrada mensal de três meses com 3.000 toneladas cada um e um quarto de 1.000 toneladas. Esse acordo é similar ao que já se implementou com a Argentina, que já está surgindo problemas, disse Piacenza.
Por outro lado, explicou que há um problema na forma de contabilização das licenças de importação, já que o Uruguai maneja volumes desde julho e nos meses subsequentes, enquanto o Brasil inclui as licenças liberadas em julho e agosto, que na realidade são licenças de maio.
Piacenza disse que embora o Uruguai tenha rechaçado a instalação de cotas de importação, aceitou que o produto entre a preços iguais ou superiores aos de referência na Oceania, de modo a não prejudicar os produtores locais. "Nós já comunicamos ao Brasil que o dano já estava feito. Hoje está em outro contexto e, por sorte, os preços estão melhorando e se está vendendo a outros mercados, mas o dano no inverno já está feito".
Por outro lado, fontes da Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole) disseram que durante setembro foram muito escassas as liberações de licenças e que ficaram pendentes negócios de 9.000 toneladas, das quais a maioria está perdida. As fontes disseram que a determinação de cota não é aceitável, já que o manejo da cota é totalmente arbitrário por parte do Brasil e significa "ceder em algo que o Uruguai já pagou com o Mercosul há muito tempo. Aqui há um acordo e é necessário cumpri-lo, e ficará em evidência que o Brasil não o está cumprindo". A Conaprole continua exportando a outros mercados, em um momento em que o preço internacional para o leite em pó se encontra em franca recuperação, com valores para o produto desnatado da ordem de US$ 2.800 a tonelada.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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O produtor já recebe uma miséria pelo preço pois as indústrias alegam excesso de produção, então pergunto: Por que continuar importando??
Devemos se preocupar em melhorar a qualidade para exportar leite e não continuar importando esse produto.
Enquanto o Brasil não tiver uma política pública que defenda realmente o produtor, esse vai continuar sofrendo.
att: Walter

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