Embrapa propõe novo índice de produtividade rural
O engenheiro agrônomo e pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Eliseu Alves defendeu nesta terça-feira, 8, durante audiência pública na Comissão de Agricultura do Senado, a criação de um índice novo em substituição ao índice de produtividade da terra, cuja atualização está sendo discutida pelos ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário. Ele salientou que, se o índice em vigor hoje for apenas atualizado, é preciso que passe para um patamar "muito inferior" ao que está sendo estudado. "Se não fizermos isso, poderemos estar puxando a agricultura para o buraco", afirmou.
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Segundo pesquisador da Embrapa, o ideal seria a implantação do Índice de Produtividade Total dos Fatores. Esse indicador seria obtido por meio da divisão da renda bruta da propriedade pelo custo total do produtor, assim, se o índice estiver abaixo de 1, significa que a produção não está indo bem. Se estiver em 1, isso quer dizer que o produtor estaria apenas pagando por seus custos e, se estiver acima de 1, mostraria que a propriedade estaria sendo bem utilizada.
O pesquisador ressaltou que os índices de produtividade da terra possuem limite. "A terra deixou de ser o principal critério para medir a produtividade", disse. Ele citou como exemplo o custo dos insumos para o produtor. Além disso, Alves comentou que não há correlação entre o índice de produtividade da terra e a sanidade econômica da fazenda. "Ter alta produtividade não significa que está indo bem em termos econômicos e financeiros", afirmou.
O engenheiro agrônomo encerrou comentando que, se for impossível a adoção de sua proposta, os responsáveis pela atualização do índice da produtividade da terra deverão atentar para o nível de corte do indicador por conta de um possível descasamento entre a relação da produtividade da terra e a relação total dos fatores que compõem a produção. "Se formos modificar os índices de produtividade com raciocínio técnico e econômico, temos que levar em conta o índice de produtividade total de fatores, pois ele leva em consideração todas as forças que estão atuando no mercado, inclusive a ambiental", disse Eliseu Alves.
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.
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BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 06/10/2009
É um absurdo o destino que estão dando ao nosso País, e o que é pior, a grande massa de Brasileiros estão de olhos vendados, aplaudindo, apoiando esses bandidos pelas notícias que a mídia, corrompida e descompromissada com os interesses da Nação, veicula diariamente distorcendo a realidade.
O Brasil merecia outro destino. A Educação no Páis acabou, os Brasileiros não se interessam por Política, não se informa, são facilmente manipulados por esses bandidos, através da Rede Globo.
CAMBUQUIRA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ
EM 01/10/2009
Sempre admirei a indústria, pelos índices de produtividade que sempre medem o desempenho de um produto, de uma linha de produtos, de uma Equipe.
Sei que a terra tem que cumprir sua função social, mas contudo, fico apreensivo porque estamos sempre produzindo sem comparativos com outros países. Talvez aí estejamos equivocados, porque produzir neste pais sem subsídios, sem infra estrutura, é por demais dificil, e agora sem lucratividade. Tenho que avaliar bem a proposta do professor Eliseu, mas acredito que é bem melhor do que a que temos até agora.
SALES - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 01/10/2009
Ora, se estamos em um regime democratico e capitalista, deve ser o meu bolso quem dita a produtividade do meu quinhão. Como o pequeno produtor vai provar produtividade com produtos que saem barato do campo e chegam tão caros ao consumidor.
A relação custo x receita é perversa na CADEIA (perdoem o trocadilho) rural, o produtor não cria o preço dos seus produtos, assim como não comanda os preços dos insumos que compra. Somos barcos a deriva e vamos para onde a agua nos levar.
Tem que haver algo de muito podre por tras dessa ideia estapafurdia.
O cheiro não é bom.

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 29/09/2009

TERESINA - PIAUÍ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 11/09/2009
BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 11/09/2009
Abraços

RIOLÂNDIA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 11/09/2009
O modelo de exploração está falido e ainda estamos discutindo índices de ocupação da terra. Seria mais interessante discutirmos a construção de uma política agrícola e não de tapiação agrária. Dar um enfoque mais econômico-social da terra e menos político e eleitoreiro daqueles que querem manipulá-la. Estamos perdendo uma grande oportunidade, talvez única até então, de tornarmos forte como seleiro do mundo, porém de maneira sustentável (entendam por sustentável o equilíbrio entre todos os fatores da cadeia produtiva, principalmente o social pois, aos olhos dos coletores de impostos, não interessa o quanto de qualidade de vida o produto deixou lá onde emergiu mas sim o quanto ele representa de divisas, tributos, deflação e etc, onde ele chega.
Discutir ìndices sem conhecer realidades das microregiões e ser extrativista de pessoas. Neste contexto, valorizamos a terra e desvalorimaos o homem do campo, em detrimento dos seus índices e produtos. Pode alguém num país democrático ser penalizado porque produziu aquém dos índices?

IBIÁ - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 10/09/2009
Na realidade são diversos os parâmetros para discutirmos sobre a produtividade no meio rural, tais como: Clima, Condições de Mercado, Preços, custos de insumos, credito rural, etc.
Concordamos totalmente que produtividade da terra não significa bons resultados economicos e financeiros para o produtor. É possível que grande produção e produtividade seja causa de grande prejuizo para o produtor.
Devemos continuar a discutir este assunto e procurarmos evitar que leigos decidam sem conhecimento real do que é a produtividade real do campo.
Um abraço,
Everton Gonçalves Borges
Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Ibiá - MG

SANTO ANTÔNIO DA PLATINA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 10/09/2009
O problema continuaria o mesmo .Um indice abaixo de 1 poderia ter sido causado por evento climático (como por ex do trigo no Pr) por preço baixo do produto etc. Acompanho este site há algum tempo ,e leio frequentemente,que o produtor de leite está no vermelho, ou seja menor que 1. Por este critério que considero superficial,os produtores de leite (só para citar um ex) seriam penalizados. Acho que a Embrapa tem condições de apresentar alguma coisa mais consistente.

MARINGÁ - TOCANTINS
EM 10/09/2009
Seguindo a idéia, para ser considerado bom, este índice deveria ficar acima de 1,4 ou 1,5 para ser considerado bom, e não acima de 1...
Capisce?
BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 10/09/2009
PEÇO A TODOS QUE ACORDEM...

MATO GROSSO DO SUL - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 09/09/2009
Achei a proposta muito boa, mede a rentabilidade e não a produtividade, porque os custos de produção tem tirado muita gente do seu negocio.
Parabéns...