O dólar comercial atingiu ontem (04) o menor nível desde 25 de setembro de 2008. A moeda americana encerrou a terça-feira cotada a R$ 1,823, com queda de 0,65%, depois de quatro recuos consecutivos. Com isso, o dólar encostou no nível pré-aprofundamento da crise, antes da quebra do banco Lehman Brothers, em 15 de setembro. No pregão anterior à derrocada do banco de investimento, a moeda valia R$ 1,781. Depois disso, atingiu R$ 2,50, em dezembro, e oscilou na casa de R$ 2,30 a R$ 2,40 até o fim do primeiro trimestre deste ano.
O movimento mais consistente de queda da moeda americana ante o real teve início logo no começo de maio, com os sinais de recuperação da economia nacional e menor pessimismo com o cenário externo. Até ontem, a queda no ano era de 21,93%, com tendência declinante, segundo analistas do mercado financeiro. A expectativa deles é de que a moeda feche o ano próxima a R$ 1,70.
O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa), fechou ontem acima dos 56 mil pontos, com alta de 0,7%, no maior nível desde 28 de agosto de 2008, antes do aprofundamento da crise internacional. No ano, a bolsa brasileira acumula expressivos 49,24% de valorização ante 27,54%, do índice Nasdaq; 6,2%, do Dow Jones; e 8,09% da bolsa de Paris.
Até o dia 30 de julho, o fluxo de investimento estrangeiro na BM&F Bovespa estava positivo em R$ 11,8 bilhões no ano. Com isso, a participação do capital externo na bolsa paulista subiu de 34,1% em janeiro para 38,1% em julho. Na opinião do economista sênior do BES Investimentos, Flávio Serrano, a explicação está na recuperação mais rápida da economia brasileira diante dos países desenvolvidos. Segundo ele, o movimento dos estrangeiros tem reforçado a confiança das empresas no lançamento de novas ações no mercado e de emissões de títulos no exterior.
A queda do dólar, porém, deve provocar reclamações por parte do setor exportador, já que o real valorizado tende a reduzir a competitividade do produto brasileiro no exterior. Por enquanto, os economistas não acreditam em revisão dos números da balança comercial por causa da queda do dólar. "Até porque o atual nível do câmbio está acima dos R$ 1,56 verificado em julho do ano passado. A valorização do real trará novos problemas, mas não tão graves como os do passado", observa o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, destacando que as empresas fizeram ajustes no passado e aprenderam a ser mais eficientes. Na opinião dele, a maior preocupação hoje é a atividade econômica mais fraca no mercado internacional.
A matéria é de Renée Pereira, publicada no jornal O Estado de S.Paulo, adaptada e resumida pela Equipe AgriPoint.
Dólar chega a R$ 1,823, menor valor desde setembro
O dólar comercial atingiu ontem (04) o menor nível desde 25 de setembro de 2008. A moeda americana encerrou a terça-feira cotada a R$ 1,823, com queda de 0,65%, depois de quatro recuos consecutivos. Com isso, o dólar encostou no nível pré-aprofundamento da crise, antes da quebra do banco Lehman Brothers, em 15 de setembro. No pregão anterior à derrocada do banco de investimento, a moeda valia R$ 1,781.
Publicado por: MilkPoint
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