Um tema que se sobressaiu nos debates da Câmara do Leite, realizados, nesta quinta-feira, pela OCB e pela Fecoagro em Porto Alegre, são as boas perspectivas para exportações de leite em pó. Com a alta do dólar e a valorização do produto, Caio Viana, presidente da CCGL e integrante do conselho da Fecoagro, informa que o leite em pó brasileiro se tornou bastante competitivo. Além disso, diz Viana, o dólar alto inibe importações, o que favorece a indústria e o produtor brasileiros.
O executivo explica que a China - que, neste ano, abriu seu mercado aos lácteos brasileiros, por exemplo - já vinha fazendo prospecção de fornecedores por aqui, mas esbarrava no preço. Viana conta que o "ponto de corte" para a competitividade para exportação era, até recentemente, a cotação a US$ 3,5 mil a tonelada de leite em pó com o dólar a R$ 4,00. "Hoje, com o dólar a R$ 4,20 e a tonelada do leite em pó a
US$ 3,2 mil, temos condições de exportar e conseguir remunerar no mesmo preço do mercado interno. Nos últimos anos, ocorria sempre o contrário, era o mercado interno que mais remunerava", esclarece Viana.
O presidente da CCGL conta, por exemplo, que a cooperativa está embarcando leite em pó para a Argélia. Para a China, ainda não há comercialização efetiva, mas deve ocorrer em 2020, já que a CCGL está habilitada e com prospecções no mercado asiático sendo feitas.
As informações são do Jornal do Comércio.