Não é novidade que grandes empresas estão cada vez mais interagindo com as startups. E com a DPA não é diferente. Segundo Mário Rezende, líder de compras da empresa no Brasil, a DPA escolheu um modelo no qual se associa com startups para poder aproveitar o que elas estão desenvolvendo ou o que já têm desenvolvido.
“O primeiro passo foi nos associarmos a um hub para facilitar a aproximação com as startups. Desde o primeiro encontro dissemos ao CEO da AgTech Garage que toda a startup que atuasse em um dos elos da nossa cadeia de valor nos interessava, desde o campo até o consumidor final”, explicou ele.
Mário fará parte do time de palestrantes do Dairy Vision 2019, evento que ocorrerá nos dias 26 e 27 de novembro em Campinas/SP. A sua apresentação focará no tema: “Nossa experiência interagindo com startups no setor de lácteos” no painel “Inovação aberta e setor leiteiro”.
Em 2014 ele assumiu a Gerência Nacional de Milk Sourcing na DPA Brasil, ficando responsável pela compra de leite e abastecimento das fábricas de lácteos refrigeradas no Brasil e esteve em missão na Austrália e Nova Zelândia, na Fonterra. Em 2015 assumiu a posição de Head of Procurement da DPA Brasil, ficando responsável por todas as compras, incluindo leite, materiais diretos e serviços e indiretos de toda a companhia.
E como ocorre na prática essa interação entre as startups e a DPA Brasil?
“No modelo que decidimos atuar com as startups, realizamos pelo menos duas vezes ao ano, circuitos. Nesses circuitos, as startups têm a oportunidade de apresentar as soluções que estão desenvolvendo para um grupo de executivos de todas as áreas da DPA. Após essa apresentação, ocorre a fase de aproximação entre esses executivos e as startups. Assim, estamos absorvendo muitas inovações para o nosso negócio. No último circuito, das oito startups que se apresentaram, com cinco, fizemos negócio”, comentou ele, que destacou que uma das grandes vantagens desse laço é acelerar projetos muito inovadores.
“Há uns 3 anos estávamos discutindo internamente que modelo de interação com startups iríamos adotar. Esse esquema de parceria nos pareceu o mais adequado, porque nos permite acelerar a inovação sem muita complexidade. Além disso, já entendemos que não somos os melhores em muitas coisas e que sempre vai ter gente fazendo melhor do que a gente. Por isso buscar esse olhar externo acelera muito a inovação internamente”.
O setor lácteo passa por profundas transformações no Brasil e no mundo. Estas transformações têm diversas vertentes e carregam como consequência um cenário difuso, em que não se pode mais classificar o setor como algo uniforme: certamente haverá vários “setores” dentro do que se convencionou chamar de indústria de laticínios, com rentabilidades, perspectivas e crescimento muito distintos. A transformação passa por diversos pilares, podendo-se destacar: protagonismo crescente do consumidor, novas tecnologias e inovação aberta. O Dairy Vision é o evento mais exclusivo do setor no Brasil e um dos principais do mundo. A cada ano, cresce em número de participantes e empresas, sinal de que a proposta do evento é vencedora. Serão mais de 20 apresentações e debates com um único objetivo: dar uma oportunidade concreta para que os executivos tenham insights relevantes, daqueles que podem mudar o rumo de seus negócios. Faça a sua inscrição com desconto até o dia 30/09!