As cooperativas podem optar pela formação de consórcios para acessar novos mercados. É uma ferramenta jurídica que aproxima as cooperativas da produção, indústria e distribuição, permite que cada uma mantenha identidade, mas atuando conjuntamente no mercado.
Para o diretor do Departamento de Cooperativismo e Associativismo Rural (Denacoop) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Daniel Amin Ferraz, o ministério estabelece as regras para cooperativas formarem um consórcio. "Apoiamos para que possam acessar mercado, gerar escala e padronizar o produto, e assim concorrer no mundo globalizado", explica.
O Brasil tem mais de sete mil cooperativas e 7,8 milhões de associados. Em 2008, o faturamento do setor alcançou cerca de R$ 83 bilhões, o que corresponde um crescimento de 15% em relação a 2007. As regiões Sul e Sudeste se mantiveram na liderança do faturamento bruto. Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina concentraram a maior fatia desse resultado.
Casos de Sucesso - No Paraná, 21 cooperativas criaram o Consórcio Nacional Cooperativo Agropecuário (Coonagro), em 2008, reunindo produções de soja, milho, trigo, cevada e lácteos. A união priorizou a geração de escala na comercialização, aquisição de fertilizantes em conjunto, logística e distribuição. As cooperativas congregadas faturaram R$ 8 bilhões, em um ano de consórcio.
Outro exemplo é do Consórcio Cooperativo Agropecuário Brasileiro (CCAB), que agrupou cooperativas de Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia e Goiás. São mais de 79 mil agricultores que representam 20% da produção nacional de soja, 20% de milho, 15% de café e 70% de algodão. Em 2008, a CCAB investiu R$ 2 bilhões em logística e já possui defensivos agrícolas com marca própria, importa e distribui genéricos, tornando-se um balizador de preços.
Serviço - As cooperativas interessadas em receber mais informações sobre consórcios podem entrar em contato com o Departamento de Cooperativismo e Associativismo Rural (Denacoop) no Ministério da Agricultura, pelo telefone (61) 3218-2787.
Procap-Agro
O Conselho Monetário Nacional (CMN) alterou a Resolução n° 3.739, que institui o Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro), nesta quarta-feira (29). O objetivo é estender o alcance das medidas de apoio ao cooperativismo, uma das principais metas do Plano Agrícola e Pecuário 2009/10.
Cooperativas centrais de produção agropecuária, agroindustrial, aquícola ou pesqueira também passam a se beneficiar com parte dos recursos de financiamento da integralização de quotas-partes dos agricultores junto às cooperativas singulares. As cooperativas centrais também serão beneficiadas com a concessão de crédito para capital de giro e saneamento financeiro, além de investimento.
As informações são de Lis Weingärtner e Débora Pinheiro, do Mapa.
Cooperativa: consórcios ajudam acessar novos mercados
As cooperativas podem optar pela formação de consórcios para acessar novos mercados. É uma ferramenta jurídica que aproxima as cooperativas da produção, indústria e distribuição, permite que cada uma mantenha identidade, mas atuando conjuntamente no mercado. Para o diretor do Departamento de Cooperativismo e Associativismo Rural (Denacoop) do Mapa, Daniel A. Ferraz, o ministério estabelece as regras para cooperativas formarem um consórcio.
Publicado por: MilkPoint
Publicado em: - 2 minutos de leitura
Publicado por:
MilkPoint
O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.
Deixe sua opinião!
ROBERTO CUNHA FREIRE
LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 31/07/2009
É um passo certo, porém a meu juízo creio que isso só não basta. Cooparativas de leite são criadas por produtores rurais de leite/cooperados, ou seja é uma atividade coletiva, que tem como objetivo dar suporte a comercialização do leite produzido pelo seus cooperados, porém no nosso segmento muitas delas estão paralizando suas atividades ou até mesmo quebrando literalmente ou por falta de gestão competente ou por má fé de seus gestores. Nos últimos 10 a 15 anos o que fechou de cooperativas de leite no Brasil é alarmante, esse é um sinal que algo está errado e precisa ser modificado, a começar pela lei que rege as cooperativas de leite no Brasil.
Importante frisar isso porque essa é a realidade de um instrumento muito importante para nós produtores rurais de leite, precisamos que algum deputado federal da bancada ruralista pelo menos atente para essa questão e que elabore um projeto de lei que proporcione mudanças e estabeleça regramento, como a proibição de reeleição de pelo menos 70% dos gestores e de membros dos conselhos das cooperativas de leite, que obrigue a ser feito auditorias de 6 (seis) em 6 (seis) meses e seus achados dessas auditorias sejam publicados nos diários oficiais dos estados em que estão sediadas, que proibam qualquer tipo de transação comercial, seja ela de prestação de serviços e outras atividades afins, excetuando a venda de leite pelos seus gestores e dos membros dos conselhos com a cooperativa de leite que dirigem, proibição de contratação de parentes dos gestores e dos membros dos conselhos, criar um limitador ou seja um teto salarial para os gestores e membros dos conselhos em função do lucro auferido pela cooperativa de leite e da quantidade do leite captado dos cooperados, seria uma espécie de acordo de resultado obtido pela boa gestão.
Essas mudanças, se implementadas, proporcionariam maior oxigenação no segmento com o surgimento de novas lideranças e também nova mentalidade pois grande parte de produtores rurais de leite hoje não vêem mais as cooperativas de leite como sua aliadas, puxando o prêço para cima ou mesmo servindo de balizador, pelo menos aqui na zona da mata mineira ocorre justamente o contrário são as que pagam menos e por issi já não é de hoje que há uma fuga acelerada de produtores rurais /cooperados, vendendo a sua produção para emprêsas e laticínios que atuam no segmento e deixando de vender para as cooperativas de leite,eu como produtor rural de leite, vejo com frustação essa situação e creio que muitos colegas assim como eu, gostaríamos de ter cooperativas de leite fortes e que nos orgulhássemos de pertencê-las, mas para que isso venha a ocorrer urge e é premente as mudanças retro mencionadas na legislação que rege essa matéria, creio uqe já não é sem tempo, afinal estamos falando de uma atividade coletiva que hoje estão funcionando até como emprêgos vitalícios pois tem pessoas em suas direções que estão por lá a mais de 10 ou 15 anos isso a meu ver é um absurdo, sem falar nos altos salários que ganham.
Importante frisar isso porque essa é a realidade de um instrumento muito importante para nós produtores rurais de leite, precisamos que algum deputado federal da bancada ruralista pelo menos atente para essa questão e que elabore um projeto de lei que proporcione mudanças e estabeleça regramento, como a proibição de reeleição de pelo menos 70% dos gestores e de membros dos conselhos das cooperativas de leite, que obrigue a ser feito auditorias de 6 (seis) em 6 (seis) meses e seus achados dessas auditorias sejam publicados nos diários oficiais dos estados em que estão sediadas, que proibam qualquer tipo de transação comercial, seja ela de prestação de serviços e outras atividades afins, excetuando a venda de leite pelos seus gestores e dos membros dos conselhos com a cooperativa de leite que dirigem, proibição de contratação de parentes dos gestores e dos membros dos conselhos, criar um limitador ou seja um teto salarial para os gestores e membros dos conselhos em função do lucro auferido pela cooperativa de leite e da quantidade do leite captado dos cooperados, seria uma espécie de acordo de resultado obtido pela boa gestão.
Essas mudanças, se implementadas, proporcionariam maior oxigenação no segmento com o surgimento de novas lideranças e também nova mentalidade pois grande parte de produtores rurais de leite hoje não vêem mais as cooperativas de leite como sua aliadas, puxando o prêço para cima ou mesmo servindo de balizador, pelo menos aqui na zona da mata mineira ocorre justamente o contrário são as que pagam menos e por issi já não é de hoje que há uma fuga acelerada de produtores rurais /cooperados, vendendo a sua produção para emprêsas e laticínios que atuam no segmento e deixando de vender para as cooperativas de leite,eu como produtor rural de leite, vejo com frustação essa situação e creio que muitos colegas assim como eu, gostaríamos de ter cooperativas de leite fortes e que nos orgulhássemos de pertencê-las, mas para que isso venha a ocorrer urge e é premente as mudanças retro mencionadas na legislação que rege essa matéria, creio uqe já não é sem tempo, afinal estamos falando de uma atividade coletiva que hoje estão funcionando até como emprêgos vitalícios pois tem pessoas em suas direções que estão por lá a mais de 10 ou 15 anos isso a meu ver é um absurdo, sem falar nos altos salários que ganham.