ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Como a falta de chuvas levou à queda do PIB do Brasil

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 03/12/2021

3 MIN DE LEITURA

0
0

A falta de chuvas que afetou o campo do segundo semestre de 2020 até o início desta Primavera derrubou o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária brasileira no terceiro trimestre.

Segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a queda em relação ao segundo trimestre foi de 8%, e na comparação com o terceiro trimestre do ano houve retração de 9%.

Como um todo, o PIB brasileiro diminuiu 0,1% no terceiro trimestre de 2021, em comparação aos três meses antecedentes, na série com ajuste sazonal, apresentando uma recessão técnica.

No PIB da agropecuária brasileira, recuos na comparação entre terceiros e segundos trimestres já são esperados, por conta do fim da colheita de soja, carro-chefe do agronegócio nacional. Mas o clima e a revisão feita pelo IBGE para o crescimento do setor em 2020, que passou de 2% para 3,8%, elevou a base de comparação e aprofundou a tendência, pegando de surpresa os economistas. “Não foi uma revisão pequena”, disse Renato Conchon, chefe do Núcleo Econômico da CNA.

Em certa medida mascarados, de janeiro a junho, pelo bom desempenho da soja, os problemas climáticos prejudicaram sobretudo milho, algodão, cana, café e laranja, culturas cujas colheitas têm forte peso no PIB entre julho e setembro. E os reflexos negativos certamente serão notados também no resultado deste quarto trimestre, período em que cana, café e laranja continuam a ter grande influência no PIB da agropecuária.

Nas contas do IBGE, a maior queda na estimativa de produção anual é a do café (22,4%), seguida por algodão (17,5%), milho (16%), laranja (13,8%) e cana (7,6%).

Mas não foi apenas a agricultura que apresentou problemas no terceiro trimestre e continua a preocupar. Na pecuária o desempenho continua fraco, sobretudo na cadeia de carne bovina, onde a oferta é limitada e a demanda sofre com a queda do poder aquisitivo da população.

Com o baque observado no terceiro trimestre, são esperados ajustes consideráveis nas expectativas para o acumulado do ano. "Vamos rever nossas projeções para pior. Tínhamos expectativa de crescimento de 2,3% em 2021, mas deveremos ficar com 2%, no máximo", disse Conchon.

Por causa da seca, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) reduziu de 1,7% para 1,2%, em setembro, sua projeção para a alta do PIB do campo em 2021. Agora a expectativa é de novo corte. O mesmo deve acontecer nos cenários traçados por consultorias privadas, algumas das quais ainda trabalham com aumentos superiores a 2%.

Parte da sensação de surpresa também pode ser creditada aos preços das commodities, que continuam em elevado patamar e amenizam os problemas gerados pela redução da produção. Mas o fato é que o clima foi vilão, e ainda haverá efeitos dos problemas deste ano sobre as colheitas das culturas perenes em 2022 — embora, para os grãos, as perspectivas climáticas sejam bem mais positivas e a tendência é de nova produção recorde nesta safra 2021/22.

“É preciso considerar que o agro sofreu um choque climático sem paralelo nos últimos tempos. É efeito da natureza. Se o agro tivesse ficado em zero, o crescimento do PIB teria sido de 0,3% no trimestre”, avaliou Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica. E o buraco na agricultura poderia até ter sido até mais profundo no período, não fosse o aumento da produção de trigo.

Renato Conchon, da CNA, lembrou que o setor agropecuário tem aumentado a participação no PIB do país. A participação da produção "dentro da porteira" no total, sem considerar as agroindústrias, saltou dos tradicionais 5% a 5,5% para perto de 7% em 2020, com a revisão realizada pelo IBGE.

Para 2021, a projeção da entidade era chegar a 7,9%, mas a fatia será menor. A CNA acredita que em 2022 o percentual poderá atingir 8,3% , e que a partir de 2023, com a recuperação de outros setores da economia, haverá um retorno para entre 5,5% e 6%.

As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela equipe MilkPoint. 

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures