Chile não aumentará tarifas de importação aos lácteos

O Governo do Chile rechaçou o pedido dos produtores de leite locais para a aplicação de uma maior tarifa de importação de leite e queijo gouda procedentes da Argentina e do Uruguai. Essa medida tinha sido solicitada há duas semanas pela Federação Nacional dos Produtores de Leite do Chile (Fedeleche) e pela Câmara de Deputados ao Governo de Michelle Bachelet, com o argumento de que os subsídios que são aplicados pela Argentina, Uruguai e Brasil atentam contra a indústria de lácteos local.

A solicitação - cuja aceitação depende da Comissão de Distorções do Banco Central - exige uma tarifa maior aplicável, de 31,5%. O subsecretário da Agricultura, Reinaldo Ruiz, negou o apoio. "Os produtores querem aplicar uma salvaguarda contra a Argentina, o que é improcedente, porque se deve aplicar alguma medida anti-dumping contra uma empresa ou um direito compensatório para uma só origem. Até agora, não se observou nenhum aumento excessivo nas importações. Não temos visto ameaça de prejuízo".

Fontes da indústria de lácteos disseram que a solicitação dessa maior tarifa se baseia em um critério diferente ao aplicado pelo Ministério da Agricultura. Enquanto o Ministério faz seu cálculo sobre a totalidade do primeiro semestre, as organizações solicitam uma avaliação mensal.

Com US$ 91 milhões em vendas, a produção argentina representou 46,7% das importações chilenas em 2008. No primeiro semestre de 2009, as vendas argentinas ao Chile subiram em 371%.

A reportagem é do La Nación, adaptadas e traduzidas pela Equipe MilkPoint.