Caminhoneiros negociam novas tabelas de frete com 50% de ganhos

Mais próximas de um acordo com o governo, entidades de caminhoneiros estão propondo que a terceira tabela de frete mínimo para cargas rodoviárias traga ganhos de 50% em média em relação aos valores de frete praticados pelo mercado antes das greves, diz uma fonte diretamente ligada às negociações.

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Mais próximas de um acordo com o governo, entidades de caminhoneiros estão propondo que a terceira tabela de frete mínimo para cargas rodoviárias traga ganhos de 50% em média em relação aos valores de frete praticados pelo mercado antes das greves, diz uma fonte diretamente ligada às negociações.

Dedicados em reuniões internas desde a última sexta-feira, lideranças dos caminhoneiros buscaram aparar possíveis divergências entre os sindicatos das categorias e estão fechando um consenso em torno do tabelamento. Mas a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), uma das que estiveram à frente das negociações com o governo durante as paralisações, deve entregar até esta quarta-feira uma proposta individual, apurou o jornal Valor Econômico.

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“Está se caminhando para um acordo com o governo que não é tudo o que os caminhoneiros queriam, nem tudo aquilo que tinha na primeira proposta, mas será um grande avanço em relação ao que existia antes da greve”, diz a fonte.

Os transportadores autônomos também vêm conseguindo convencer o governo de que, além de obrigatória, a tabela de preços precisa valer também para o frete de retorno – quando o motorista retorna de sua viagem. O chamado frete de retorno havia sido excluído da segunda versão da tabela, que a ANTT divulgou mas a considerou sem efeito horas depois na última quinta-feira.

No entanto, ainda não foi fechado um acordo formal entre caminhoneiros e governo. Ontem o ministro dos Transportes, Valtemir Casimiro, preferiu não dar qualquer previsão para a publicação de uma nova tabela. Casimiro foi muito criticado tanto pelos caminhoneiros quanto pelo setor empresarial por ter divulgado “às pressas” a segunda tabela.

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Por outro lado, porém, o setor do agronegócio não está mais disposto a negociar valores de tabela e partiu para as vias judiciais. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), entidade máxima de representação do segmento, entrou ontem com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o tabelamento dos preços mínimos dos fretes rodoviários.

“Buscamos o diálogo e nos colocamos à disposição para o debate em busca de uma solução que não fosse o tabelamento obrigatório. Mas o produtor rural começou a ser muito afetado e está com dificuldades de escoar sua produção e sem transportar nada devido a esse impasse. Por isso, não nos restou alternativa”, disse o chefe da Assessoria Jurídica da CNA, Rudy Maia Ferraz.

A Associação Brasileira das Indústrias de óleos Vegetais (Abiove) e a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) também protocolaram ontem uma ação civil pública com pedido de liminar na  Justiça Federal de Brasília para suspender o tabelamento dos fretes rodoviários criado pela Medida Provisória 832. As entidades também solicitaram indenização às suas empresas associadas por prejuízos causados em razão das “inconstitucionais e ilegais” MP e a resolução da ANTT.

A estratégia das entidades do setor agropecuário é tentar suspender qualquer tabelamento de fretes antes que a ANTT publique uma terceira tabela.

As informações são do jornal Valor Econômico.

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