Camex impõe restrições à importação de leite do Uruguai

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu submeter as importações de leite em pó do Uruguai a licenças não automáticas, conforme informou ontem o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. De acordo com ele, a medida será adotada por causa do aumento expressivo das compras brasileiras do produto neste ano. Uma missão do governo brasileiro desembarca hoje no Uruguai, para buscar entendimento sobre a importação de leite em pó do país.

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A Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu submeter as importações de leite em pó do Uruguai a licenças não automáticas, conforme informou ontem (18) o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. De acordo com ele, a medida será adotada por causa do aumento expressivo das compras brasileiras do produto neste ano. Uma missão do governo brasileiro desembarca hoje no Uruguai, para buscar entendimento sobre a importação de leite em pó do país.

Stephanes informou que, no ano passado, o Brasil importou 4 mil toneladas de leite em pó do Uruguai e, de janeiro a abril deste ano, 7 mil toneladas, e já havia pedidos de importações de mais 14 mil toneladas. Segundo o ministro, a Camex orientou o governo a iniciar uma negociação com vista a um possível acordo entre os setores comerciais brasileiro e uruguaio, com a finalidade de conseguir uma redução voluntária de exportações de leite do Uruguai para o Brasil.

Uma das preocupações do governo brasileiro é com a possível triangulação do comércio de leite em pó. No passado, houve no Brasil casos confirmados de desembarque de leite em pó proveniente do Uruguai e da Argentina que, na verdade, tinha origem na União Europeia e chegava aqui com tarifa zero de importação.

Conforme o secretário executivo do Sindilat-RS, Darlan Palharini, a medida é salutar. "Não é uma barreira, mas temos que ter competitividade para fazer frente aos produtos importados", avalia.

Importações de leite da Argentina

No final de abril, a Camex impôs uma barreira à importação de produtos lácteos da Argentina, com a implantação um sistema de licenciamento não-automático para as compras de leite e derivados do país vizinho. Um grupo interministerial passou a analisar e monitorar os pedidos de importação. Dias depois, o governo brasileiro estabeleceu com a Argentina um acordo de preços mínimos e estabeleceu uma cota máxima para as exportações de produtos lácteos do país vizinho ao Brasil.

As informações são da Agência Estado e do jornal Correio do Povo/RS, adaptadas e resumidas pela Equipe MilkPoint.
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Euclenio Vendrametto Junior
EUCLENIO VENDRAMETTO JUNIOR

MARINGÁ - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/06/2009

Apesar de preocupante, é uma ótima notícia. Temos que ficar atentos, pois tem gente ganhando dinheiro com essas importações, na hora da nossa recuperação. Devemos nos atentar tambem, na transformação deste leite em pó, em leite fluido, o que é proibido.
amaury resende mancilha
AMAURY RESENDE MANCILHA

ARAÇATUBA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 20/06/2009

Bom dia pessoal,
Faz tempo que esta importação vem ocorrendo e só agora temos uma ação efetiva ou os exportadores ja importaram o suficiente para brincar com os preços. Seria interessante citar quem importou este leite todo em detrimento do nosso produtor, porque com certeza será ele que arcará com o prejuizo causado pelos gananciosos de plantao. Tenho certeza que sao laticinios que prezam pela tao falada qualidade, mas na hora de levar vantagem nao pensam duas vezes.
Nelson Jose Dantas Colen
NELSON JOSE DANTAS COLEN

TEÓFILO OTONI - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/06/2009

Temos que "vigiar" essas importaçoes porque senao começará novamente a velha ciranda das industrias brasileiras comprarem leite em pó subsidiado rotulado como uruguaio e argentino, e nós produtores ficarmos aqui, nos matando para produzir leite "caro" para as industrias e barato para nossos humildes bolsos.
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