Balança comercial tem déficit de US$ 14,8 mi em agosto

Segundo dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o saldo da balança comercial de lácteos em julho apresentou déficit de US$ 14,8 milhões, considerando os produtos do capítulo 04 da Nomenclatura Comum do Mercosul (leite UHT, leite em pó, leite condensado, creme de leite, leite evaporado, iogurte, manteiga, soro de leite e queijos) e as exportações de leite modificado e doce de leite (do capítulo 19 da NCM). O déficit comercial apresentado pelo setor foi 2,8% superior ao registrado no mês de agosto, quando a balança comercial apresentou resultado negativo de US$ 14,45 milhões.

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Segundo dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o saldo da balança comercial de lácteos em agosto apresentou déficit de US$ 14,8 milhões, considerando os produtos do capítulo 04 da Nomenclatura Comum do Mercosul (leite UHT, leite em pó, leite condensado, creme de leite, leite evaporado, iogurte, manteiga, soro de leite e queijos) e as exportações de leite modificado e doce de leite (do capítulo 19 da NCM).

O déficit comercial apresentado pelo setor de lácteos foi 2,8% superior ao registrado no mês de julho, quando a balança comercial de leite e derivados apresentou resultado negativo de US$ 14,45 milhões. Quando comparado a agosto de 2008 - quando o saldo foi positivo em US$ 17,3 milhões - a queda é de 186%. Em volume, a queda nas exportações em comparação a agosto de 2008 foi de 46%, ficando em 5,7 mil toneladas, sendo em grande parte de leite condensado. Em relação a julho/09, as exportações de leite em pó foram 6,5% menores em volume, mas este ainda é pouco significativo (320 toneladas).

As vendas de leite condensado aumentaram 2% em relação a julho, totalizando 3,14 mil toneladas. O preço médio do leite condensado teve alta de 5,23%, sendo negociado a US$ 1.653/t.

Foram enviadas ao mercado externo 435 toneladas de queijos, alcançando o valor de US$ 3.812/t, queda de 18% no volume exportado, em relação a julho.

Tabela 1. Exportações e importações de lácteos em agosto de 2009.

Figura 1
Clique na imagem para ampliá-la.

As importações caíram 6,44% em volume quando comparadas a julho de 2009, com compras de 13,4 mil toneladas de lácteos; em relação a agosto/08, o volume importado é 134% superior. Em valor, as importações alcançaram US$ 26,4 milhões, valor 38% superior em relação ao mesmo período do ano passado.

O principal produto importado foi o leite em pó integral, representando 32,3% do total, ou seja, 4,33 mil toneladas (equivalente a 35,6 milhões de litros de leite), seguido pela compra de queijos (com 20,3% do volume total - 2,723 mil toneladas) e de soro de leite (20,2%, ou 2,71 mil toneladas). Do volume total de leite em pó importado - 4,69 mil toneladas - 56,3% é proveniente da Argentina (ao preço médio de US$ 2.436/t) e 43,7% foi comprado do Uruguai (em média, US$ 2.158/t). As importações de leite em pó recuaram 23% em comparação a julho.

O leite em pó integral, os queijos e o soro de leite, apresentaram, em valor, participações relativas de 37,8%, 34,8% e 9,2% respectivamente, nas importações.

O volume importado de queijos foi 62% maior em relação ao mês de julho, com volume total de 2.724 toneladas. As compras de soro de leite diminuíram 29% em relação ao mês anterior, com compras de 2,7 mil toneladas.

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Marcello de Moura Campos Filho
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/09/2009

Colocações ao Ministro Stephanes

Está caindo o consumo de leite e lácteos no Brasil? Dificil de acreditar quando até leite UHT estamos importando em quantidades significativas e continua sendo muito grande as importações de leite em pó.

As importações de leite em pó de agosto, transformadas em litros de leite equivalente representam 37,5 milhões de litros, e a continuação de importações nesse ritimo representaria algo em torno de 0,5 billhões de litros, o que volta a caracterizar o Brasil como importador de leite.

Com tudo isso, e mais o tempo que tem corrido desfavorável para a produção de leite em muitas regiões do País, é assustador noticias que a indústria pretende fazer reduções no preço pago ao produtor.

Ministro Stephanes, sabemos que tem tomado medidas para evitar importações que colocam em risco a pecuária nacional e possam nos levar a ser novamente grandes importadores de leite, como já o fomos no passado. Mas precisamos de uma ação mais efetiva do Governo em termos da política e planejamento do setor leiteiro.

Precisamos também Ministro, que se investigue se a indústria e o varejo não estão se aproveitando da posição que tem no mercado e de seu poder econômico
e massacrando a pecuária de leite, que é a grande geradora de empregos na cadeia produtiva. A Comissão de Agricultura e Pecuária da Câmara depois de audiência pública disse que iria promover essa investigação, através de entidades idôneas e inclusive através do Ministério Público se necessário.

A indústria e o varejo de forma geral passaram por um processo de globalização e de concentração de poder econômico, o que não se verifico na mesma escala na produção primária, o que exige que os governos tenham um papel de coordenação e mediação para evitar distorções e abuso de poder econômico por alguns elos na cadeia produtiva.

Por isso é fundamental que o MAPA se posicione para que realmente essas investigações ocorram para verificar se a indústria e o varejam usam da sua posição econômica e de mercado. Vale lembrar que essas suspeitas foram levantadas também na União Européia e lá serão realizadas as investigações prevendo-se a apresentação das conclusões no parlamento europeu até dezembro deste ano. E seria muito bom o MAPA estabelecer mecanismo permanente e agil para a política e planejamento do setor leiteiro, com participação de representantes dos produtores, da indústria e do varejo, onde exerça o papel de coordenação e mediação, para evitar que distorções na cadeia produtiva do leite ocorram no futuro, e prejudiquem não só os produtores, mas toda a sociedade brasileira.

Caro Ministro Stephanes, uma vez que tomei a liberdade de dar sugestões, me sinto na obrigação de me colocar a disposição para esclarecimento das propostas e colaborar no que for possível com o tabalho que vem desenvolvendo em prol da pecuária leiteira nacional, merecedor do meu respeito e admiração.

Marcello de Moura Campos Filho
Presidente da Leite São Paulo
jose enock castroviejo vilela
JOSE ENOCK CASTROVIEJO VILELA

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/09/2009

Demonstra claramente os equivocos da nossa politica externa e os erros do direcionamento dos incentivos ao fortalecimento do setor produtivo Lacteo no Brasil, enquanto ajudamos os vizinhos, sucumbimos a classe produtora do Brasil
Eliseu Nardino
ELISEU NARDINO

MARIPÁ - PARANÁ

EM 10/09/2009

Esse é o jeito do governo brasileiro fortalecer os produtores, um negócio desses é brincadeira. O que estão fazendo?
Qual a sua dúvida hoje?