A Câmara de Produtores de Leite da Bacia Ocidental de Buenos Aires (Carolecoba) divulgou seu relatório mensal sobre o mercado de lácteos, no qual alerta que a falta de chuva e a sucessão de geadas ocorridas no outono, no contexto da presença do fenômeno La Niña, está afetando a produção leiteira “Do ponto de vista da umidade, nosso outono termina pior do que começou: com muito pouca chuva no oeste e apenas alguns milímetros previstos para o final de junho. Os solos são secos em cima e mantêm uma respeitável reserva de umidade embaixo”, alerta o relatório.
O relatório acrescenta que já ocorreram várias geadas importantes, enquanto se considera que as condições de La Niña se mantêm até ao final do ano, com chuvas que o Serviço Meteorológico Nacional prevê abaixo do normal entre junho e agosto.
Produção
Segundo a Caprolecoba, durante o mês de maio o volume de leite enviado pelas fazendas leiteiras para as indústrias começou a crescer, mas quando o solo secou e as fortes geadas chegaram, a produção caiu. “O capim parou e ficou mais difícil fechar a rotação de pastagem. Isso forçou o uso antecipado de reservas e concentrados e acentuou o aumento dos custos de produção de leite. O rendimento das vacas em litros por dia diminuiu e os sólidos aumentaram”, destaca o relatório.
Preços
No entanto, o panorama da Caprolecoba também inclui uma análise otimista: é possível pensar em uma recuperação maior dos preços pagos aos produtores.
“O diálogo da indústria de laticínios com a Secretaria de Comércio Interno estaria dando alguns frutos, para poder tornar mais lógica a atualização dos 'preços assistenciais'. Isso, aliado à persistência da demanda mundial, que projeta preços muito bons para o leite em pó integral (nosso produto mais exportado), é importante para os produtores argentinos. Porque explica em grande parte a “capacidade de pagamento” que as indústrias teriam para competir pelo leite das fazendas leiteiras”, indica o documento.
As informações são do Infocampo, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.