ARG: exportações ao Brasil já teriam sido liberadas

Jorge Secco, diretor do Centro para a Indústria Leiteira (CIL), disse ao site argentino Infortambo que o governo brasileiro já assinou as licenças para a exportação de produtos lácteos argentinos, embora nem todas as empresas importadoras as tenham recebido.

De acordo com o Secco, "estamos no meio do caminho, uma vez que existem empresas brasileiras que ainda não receberam as licenças assinadas pelo Governo. Estamos a espera para ver como este problema se resolve."

As restrições foram impostas pelo governo brasileiro para restringir a crescente entrada de leite em pó, que preocupa o setor produtivo brasileiro.

Nestlé Argentina

A Nestlé da Argentina está analisando a possibilidade de parar de captar leite das fazendas argentinas nos próximos dias, caso não seja solucionado o conflito gerado pelo Brasil ao impor restrições comerciais ao leite procedente dos países do Mercosul.

Essa semana, diante da impossibilidade de exportar a produção que já tinha sido concordada, as autoridades da planta localizada em Villa Nueva enviaram de volta a seu país caminhoneiros brasileiros, que receberam passagem de avião e deixaram os veículos que já estavam carregados com o produto.

Outra medida estudada pela multinacional suíça é deixar de captar leite no Brasil se continuarem os inconvenientes.

A Nestlé não seria a única empresa que está em estado de alerta diante dessa situação. A Conaprole, maior cooperativa de lácteos do Uruguai, já tem detido em seus depósitos uma importante quantidade de leite em pó já vendida, mas sem autorização de entrada no Brasil.

As informações são do portal Infortambo e do Lechería Latina, adaptadas e traduzidas pela Equipe MilkPoint.