A ideia de testar restos de alimentos como forma de substituir os polímeros (componente utilizado em materiais plásticos) se explica por que “a gente não pode tirar nada que vá ser ingerido, de uso nobre, para fazer canudinho”, explica Delbianco. Segundo ela, a casca da batata tal como o soro do leite seriam sobras tanto no preparo de refeições quanto na fabricação de queijos.
“Não basta apenas proibir os canudos, por que eles ainda são importantes para pessoas que recorrem ao fonoaudiologista para desenvolver os músculos do maxilar e o movimento de sucção, e os canudos de papel não servem para isso”, diz a química ao lembrar que o objeto tem também finalidades médicas.
Lei estadual
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou na semana passada que vai sancionar o projeto de lei aprovado na semana passada pela Assembleia Legislativa que proíbe a distribuição de canudos plásticos pelo comércio de todo o Estado.
Segundo a assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes, Doria disse ser favorável à medida e vai sancioná-la, mas há um detalhe a ser estudado: a garantia de acesso aos canudos para pessoas com deficiência que têm diculdade de ingerir alimentos sem eles. A preocupação surgiu após conversa do governador com a senadora Mara Gabrilli (PSDB), que atua em defesa desse público.
As informações são do jornal O Liberal.