ABLV discute ações para incentivar consumo de leite
A necessidade de reunir toda a cadeia produtiva brasileira de leite por meio de ações específicas e dirigidas ao aumento do consumo do produto no País foi uma das principais conclusões obtidas do encontro realizado na última quarta-feira (23) pela ABLV (Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida), em comemoração aos 15 anos da entidade. O evento reuniu os principais empresários do setor, economistas e analistas lácteos de todo o País no Blue Tree Berrini, em São Paulo.
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Logo após a abertura do workshop, feita pelo presidente da ABLV, Cláudio Vieira, o economista Eduardo Giannetti da Fonseca, cientista social e professor do Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa (ex-Ibmec), propiciou à plateia um amplo "Cenário macroeconômico brasileiro pós-crise" projetando perspectivas do setor lácteo para os próximos 15 anos.
Na opinião do economista, o setor tem condições plenas para manter os 5% de crescimento anuais no quinquênio. "Eu vejo dois desafios estratégicos para o setor", disse Giannetti. "O primeiro deles é a questão da produtividade." Dados do setor analisados pelo economista mostram um crescimento de apenas 13% na produção de leite por cabeça, nas décadas de 1997-2007, bem abaixo da média do registrado pelo agronegócio como um todo. "Isso é muito pouco", afirmou o professor.
Ele lembrou ainda que os produtores do Sul do Brasil deram mostras de que há grande potencial de crescimento no País pelo seu desempenho na região: na mesma década, a produtividade de leite por cabeça cresceu 32%. "Se a região Sul conseguiu, o resto do País também pode", desafiou o economista. Há, ainda, lembrou Giannetti, uma vocação inexplorada da indústria leiteira brasileira para atuar no Exterior. "Sei que a Nova Zelândia, por exemplo, tem muito interesse no nosso leite", afirmou. O segundo desafio lançado por Giannetti é o da sustentabilidade e da diminuição do impacto ambiental provocado pelo rebanho bovino, hoje estimado em 200 milhões de cabeças no Brasil.
RISSPOA pronto em seis meses - O diretor do departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Nelmon de Oliveira da Costa, também presente no evento da ABLV, informou que no máximo em seis meses será concluída a revisão do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal (Riispoa). A nova proposta do Decreto nº 30.961 de 1952 vai atualizar conceitos e exigências higiênico-sanitárias, previstas na legislação que define os requisitos para o registro dos estabelecimentos e a fiscalização pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) do Mapa. Dos 811 artigos do atual Riispoa, 49% foram alterados e outros 47% foram revogados por estarem obsoletos. Ao final, restarão 660 artigos.
Equilíbrio consumo/demanda, necessidade urgente - O presidente da ABLV, Cláudio Teixeira, o presidente da Tetra Pak Brasil, Paulo Nigro, e o diretor da Tetra Pak, Eduardo Eisler, reforçaram a disposição da indústria à criação de mecanismos e projetos específicos para o incentivo do consumo de leite no Brasil. De acordo com Eisler, das bebidas consumidas no país, o leite responde por apenas 10%. "Na Suécia, por exemplo, a maior parte do leite consumido é feita em forma de bebida; mais de 55% do total", lembrou Nigro, para justificar a defesa de uma ação firme da cadeia produtiva para valorizar o produto e incentivar o consumo.
Cláudio Teixeira, da ABLV, lembrou o sucesso da campanha publicitária encabeçada pela entidade em 2007, que mobilizou 17 empresas do setor e foi veiculada em jornais, revistas, redes de televisão e rádio de todo o País. "Vamos repetir a estratégia em breve e manter um programa por longo prazo", anunciou. Na próxima reunião da entidade, a se realizar em outubro, o tema será colocado em discussão/aprovação.
As informações são da ABLV - Associação da Indústria de Leite Longa Vida, adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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GOIÂNIA - GOIÁS - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA
EM 28/09/2009
Como Méd.Veterinário, hoje Fiscal Federal Agropecuáro, apossentado, trabalhei por muitos anos no LANAGRO, na fiscalização de todos os tipos de leites. Também realizamos e publicamos vários trabalhos de pesquisa com leites da Bacia Leiteira de Goiânia e municípios vizinhos. Estes trabalhos foram realizados em colaboração com professores da UFG.
Conhecedor que sou das qualidades do leite como alimento, venho de há muito pregando a necessidade de uma promoção bem feita dele, em especial para as crianças, após a desmama.
Chego mesmo a afirmar que não existe na face da terra alimento mais completo que o leite, mormente para os mamíferos jóvens. Para isto, basta observarmos que todos eles se alimentam exclusivamente de leite, até certa idade, dependendo da espécie a que pertençam. Vamos citar aqui alguns dos constituintes mais importantes do leite do ponto de vista nutricional: proteinas com todos os aminoácidos essenciais; gordura com todos os ácidos graxos essenciais; açúcar (lactose) como fonte de energia; cálcio e fósforo na proporção correta; vitaminas lipossolúveis (ADEK); vitaminas hidrossolúveis (vitaminas do comoplexo B) e uma série de outros macro e micro-minerais, importantes na nossa alimentação.
Espero com este breve relato, contribuir para que este alimento tão nobre, um dia possa fazer parte da dieta alimentar de todas as crianças, não só do Brasil, como de outras partes do mundo, mormente dos pobres países Africanos e alguns Asiáticos. Chego mesmo a afirmar que, se todas as crianças recebessem leites em quantidades ideais, não existiria fome entre elas.
Sei que em alguns países, como por exemplo o Canadá, existem propagandas muito bem feitas no sentido de estimular o consumo de leite pela população.
Para concluir, quero parabenizar esta brilhante iniciativa da ABLV, esperando que, agora em outubro, esta iniciativa de se promover o leite como alimento se torne em realidade.
Discordo de algumas citações, dizendo que os chamadas "leites de caxinhas" são piores e que são fraldados. Fraudes sempre existiram e vão existir, dependendo da indústria. É preciso, no entanto, que melhoremos a cada dia a fiscalização deste nobre produto. Conheço de perto o problema e sei que ele vai da fazenda ao empacotador. Das fraudes mais comuns, que é a adição de água, os leites mais fraudados são os vendidos de porta em porta. Nas indústrias, a fraude mais comum é a adição de soro-de-queijo. Hoje com as técnicas de pesquisas existentes, pode-se detectar esta fraude com muita precisão. Sei que empresas realmente sérias são incapazes de fraudar um produto tão nobre,e que é usado principalmente pelas crianças.
Atenciosamente,
Fernando Melgaço.

CASTRO - PARANÁ
EM 27/09/2009
assim aumentaremos nosso consumo interno com certeza.

LIMA DUARTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 26/09/2009
Deveriam começar por só embalar produto bom !
No Brasil o consumidor é tratado com desrespeito igual aos fornecedores.
Mas tem sempre um marqueteiro esperto ensinando mágicas né ?
Já ouviram dizer que mentira tem perna curta ?