Ao longo do ano, observamos em alguns momentos alta nos preços de produtos lácteos para o consumidor final, em paralelo a preços mais baixos sendo recebidos pela indústria. Isso demonstra que os preços praticados pelos elos da cadeia – produtor, indústria e varejo – nem sempre irão andar juntos, situação recorrente ao longo do tempo, e não apenas momentânea.
A relação entre preços e o giro de vendas não é tão trivial para as interações entre consumidor final, varejo e indústria. Por exemplo: o varejo se dispõe a vender ao consumidor final por preços mais baixos, e assim acelera o consumo de lácteos.
Com a demanda aquecida, se interessa por mais derivados, fazendo com que a indústria suba os preços de tabela e impulsione as compras de leite matéria-prima tanto no mercado spot, quanto do produtor.
A margem do varejo vai apertando à medida que o preço da indústria sobe. Para recuperá-la, é necessário aumentar o preço ao consumidor, desacelerando o consumo após altas consecutivas. Com estoques altos, o varejo recua nas compras de leite e derivados, levando a uma queda nos preços da indústria.
Com preços mais baixos sendo recebidos, a indústria, antes disposta a pagar mais pelo preço do leite matéria prima, também tende a recuar em seus movimentos de compra.
Podemos notar, produtor, que a cadeia do leite é bastante complexa, e vários fatores, de diferentes momentos, são causadores do retrato atual. Portanto, valorize cada informação de qualidade recebida e a leve em consideração para maior previsibilidade de seu negócio.
Estas e mais informações de mercado voltadas para o produtor de leite são disponibilizadas no aplicativo Milk Monitor, conheça!