O Brasil, atualmente, é um importador líquido de leite. Isso significa que compramos mais leite de outros países do que vendemos a eles.
Nesse contexto, os principais vendedores de leite para o Brasil estão no Mercosul e são Argentina e Uruguai.
De janeiro a agosto, nossa importação de leite em pó foi de 30 milhões de quilos (30 mil toneladas). Desse montante, 67% veio da Argentina, e 29% do Uruguai. Ou seja, 96% da nossa importação de leite em pó é proveniente dos nossos vizinhos do Mercosul.
E por que toda essa preferência pelo leite advindo destes países? O Uruguai, por exemplo, exporta cerca de 75% de toda sua produção de leite. A Argentina, por sua vez, vende para outros países cerca de 20% do leite produzido no país.
Dessa forma, aumentos na produção destes países impactam fortemente a oferta de leite para exportação, ampliando a maleabilidade dos preços praticados nas negociações.
Além disso, nossos vizinhos fazem parte do mesmo bloco econômico o qual pertencemos, o Mercosul. Sendo assim, não há taxas de importação para o leite com origem na Argentina e no Uruguai. Para leite de fora do Mercosul, existe a obrigatoriedade de pagamento da TEC (Tarifa externa Comum) de 28% para importações de lácteos.
Como sabemos, o leite importado pelas indústrias compete diretamente com o leite do produtor. Sendo assim, é extremamente importante que saibamos o caminho o qual estão tomando os mercados de nossos vizinhos, seja quanto ao preço ou quanto a produção. Estes fatores, definitivamente, impactam nos preços recebidos pelo leite que produzimos no Brasil.
Estas e mais informações de mercado voltadas para o produtor de leite são disponibilizadas no aplicativo Milk Monitor, conheça!