A alta no valor de itens da alimentação das vacas tem impacto na produção de leite no Paraná, e agropecuaristas buscam soluções para evitar prejuízos. Na propriedade de Alex Los, em Carambeí, na região dos Campos Gerais, são produzidos cerca de 40 litros de leite por dia. Entretanto, os gastos fixos subiram nos últimos dois anos.
Esse aumento ocorreu, principalmente, na alimentação dos animais. Conforme o produtor, a soja e o milho, que compõem a ração, mais que dobraram de preço. Para se manter na atividade, Alex tenta produzir quase todo o alimento dos animais na propriedade dele, comprando de fora o mínimo possível.
Para o pesquisador da Fundação ABC, Maurício Mega Celano, produzir um alimento para as vacas em grande quantidade e com qualidade é um fator que garante o sucesso no mercado leiteiro. "Produzir com eficiência e com valor nutritivo [...] para a vaca dentro da propriedade é onde você vai ter o diferencial entre o sucesso e o fracasso", disse Maurício.
Turismo
O zootecnista e agropecuarista Nicolas Los utiliza outra estratégia para driblar o alto custo de produção.
Para não depender exclusivamente de uma única fonte de renda, a família dele inaugurou, há um mês, um espaço na propriedade que virou atração turística. O local é dividido entre uma plantação de lavanda, com uma loja para vender a fragrância, e uma queijaria especializada na venda de queijos finos.
"Com o tempo, a gente achou que iríamos ficar para trás no mercado. E, como alternativa para isso, a gente achou uma outra fonte de renda que pudesse incrementar o valor do nosso leite", contou Nicolas.
As informações são do G1, adaptadas pela equipe MilkPoint.