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Utilização de sensores de ruminação para melhorar a rentabilidade na produção leiteira

TIMOTHEO SOUZA SILVEIRA

EM 11/06/2024

3 MIN DE LEITURA

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Os avanços na gestão e nutrição de vacas em transição não foram suficientes para conter os problemas de saúde pós-parto, que continuam a afetar negativamente a produção de leite e a rentabilidade das fazendas leiteiras. Uma solução emergente para abordar essa questão é o uso de sistemas automáticos de sensores comportamentais para monitorar e diagnosticar distúrbios de saúde em vacas no período pós-parto. Esses sensores oferecem uma abordagem objetiva e eficaz para monitorar parâmetros comportamentais e fisiológicos, como o tempo de ruminação (TR), que têm sido associados a problemas de saúde e desempenho em vacas leiteiras.

Estudos demonstraram que o TR pré-parto está significativamente relacionado à saúde e ao desempenho pós-parto das vacas paridas. A identificação precoce de vacas em risco de doenças clínicas pós-parto, queda na produção de leite e problemas reprodutivos baseada no TR pré-parto pode permitir a adoção de estratégias preventivas direcionadas. Ao utilizar sistemas de monitoramento automatizado, como os sensores de ruminação, os produtores podem identificar vacas em risco com antecedência e implementar medidas proativas, como ajustes na dieta e manejo individualizado, para melhorar a saúde e o desempenho do rebanho.

A integração de sistemas de monitoramento de comportamento pré-parto na gestão de rebanhos leiteiros representa uma oportunidade promissora para reduzir os problemas de saúde e desempenho pós-parto, melhorando assim a eficiência e a rentabilidade da produção leiteira. Ao agir antes do parto com base em indicadores comportamentais, os produtores podem otimizar a saúde e o desempenho das vacas, resultando em uma produção mais consistente e sustentável ao longo do tempo.

O estudo conduzido em uma fazenda de destaque em St. Marys, ON, no Canadá, destacou a eficácia do monitoramento do TR pré-parto na prevenção de problemas de saúde e desempenho pós-parto (Santos et al., 2024). Ao estratificar as vacas com base no TR pré-parto, os pesquisadores puderam identificar grupos de alto risco (AR) e baixo risco (BR) para doenças pós-parto. Vacas classificadas como AR, com tempos de ruminação mais curtos, apresentaram uma incidência maior de doenças clínicas, uma perda mais significativa de escore de condição corporal e produziram menos leite em comparação com as vacas BR. Esses resultados ressaltam a importância do TR pré-parto como um indicador-chave da saúde e produtividade das vacas leiteiras.

Além disso, a falta de associações entre TR pré-parto e problemas de saúde em novilhas nulíparas destaca a importância de abordagens diferenciadas de avaliação de risco para diferentes grupos de vacas. Isso sugere a necessidade de desenvolver estratégias específicas para vacas primíparas e multíparas, levando em consideração suas características e necessidades individuais.

Figura 1. Produção média diária de leite nas primeiras 14 semanas de lactação (A) e produção total de leite até os 305 dias em lactação (B) em vacas classificadas em tercis de tempo médio de ruminação na última semana de gestação. SRT, tempo curto de ruminação; MRT, tempo moderado de ruminação; LRT, tempo longo de ruminação; Null, vacas nulíparas; Par, vacas paridas. Os pontos de dados e as barras de erro representam o LSM e o SEM, respectivamente. Para ambos os conjuntos de dados, não foram observadas diferenças entre os grupos em vacas nulíparas, mas vacas paridas com SRT produzem menos leite (P = 0,08) do que vacas paridas com LRT.
Produção média diária de leite nas primeiras 14 semanas de lactação

A análise dos dados comportamentais pré-parto revelou uma associação significativa entre o TR reduzido na semana anterior ao parto e uma série de desafios de saúde e desempenho pós-parto em vacas paridas. Esses resultados sugerem que o monitoramento do TR durante o período pré-parto pode fornecer informações valiosas para a identificação precoce de vacas em risco de doenças clínicas pós-parto, queda na produção de leite e problemas reprodutivos.

Em suma, a utilização de sistemas de monitoramento comportamental pré-parto oferece uma abordagem inovadora e eficaz para melhorar a saúde e o desempenho das vacas leiteiras. Ao implementar medidas preventivas com base nos dados comportamentais, os produtores podem maximizar a rentabilidade e a sustentabilidade da produção leiteira, garantindo um ambiente saudável e produtivo para seus animais.

 

Referências: Santos, M. G. S., Antonacci, N., Van Dorp, C., Mion, B., Tulpan, D., & Ribeiro, E. S. (2024). Use of rumination time in health risk assessment of prepartum dairy cows. Journal of Dairy Science. https://doi.org/10.3168/jds.2023-24610

 

TIMOTHEO SOUZA SILVEIRA

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