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Lácteos: onde mais eles poderiam estar?

RAQUEL MARIA CURY RODRIGUES

EM 21/08/2018

5 MIN DE LEITURA

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As últimas estatísticas divulgadas pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) que são referentes ao ano de 2016, apontam que foram transportados um total de 109,6 milhões de passageiros pagos no país, sendo 88,7 milhões em voos domésticos e 20,9 milhões em voos internacionais. 

Mas espera! O que isso tem a ver com o leite, com os lácteos, com o MilkPoint? Vocês já pararam para pensar na quantidade de refeições que são servidas por dia ao longo das viagens de avião, o famoso serviço de bordo? Será que os lácteos não poderiam estar mais inseridos nisso?

Sabemos que algumas companhias não trabalham mais com refeições e bebidas inclusas na passagem, fazendo com que o passageiro usufrua de um buffet pago. Independente disso, é interessante destacar que muitas empresas – principalmente as internacionais - oferecem aos passageiros lanches como iogurtes, sanduíches com queijos, queijos processados que não necessitam de refrigeração, pão com uma porção de manteiga e até café com leite.

Sabendo que os lácteos são saudáveis e ricos nutricionalmente, eles poderiam ampliar o espaço ocupado nos cardápios das aeronaves. Essas ações contribuiriam para uma maior divulgação da categoria e incentivaria o consumo on the go (no caso de viagens mais curtas).

Com essa perspectiva, as marcas também poderiam aproveitar o tempo que os passageiros ficam sentados para contar a história dos seus produtos. A KLM é um exemplo disso. A companhia holandesa de aviação oferece nas suas viagens produtos acompanhados de detalhes sobre a origem dos seus ingredientes.

Confira abaixo:

Fazendo isso, eles também fortalecem a produção local e as tradições da Holanda, que tem uma produção leiteira moderna e focada na alta qualidade.

As tendências de consumo e a oportunidade do co-branding

Co-branding é quando duas organizações se juntam para criar um novo produto ou combinar dois produtos diferentes em um mesmo ‘pacote’. Em cima disso, uma outra oportunidade para os lácteos é o crescente consumo de açaí no Brasil. Considerado um ‘boom’ no país, ele é normalmente consumido acrescido de outros produtos, como leite em pó, farinha láctea, leite condensado, sorvete, whey protein, chocolate, entre outros.

Além do consumo nas lojas, o açaí também pode ser encontrado em embalagens que vão de 200 ml a 5 litros nas principais lojas de varejo do país. Uma das principais marcas brasileiras de açaí, a Frooty Brasil, por exemplo, está hoje em mais de 30 mil pontos de venda pelo país e produz aproximadamente 80 toneladas de açaí por dia.

Independente dessas duas alternativas de como o açaí pode ser disponibilizado, fortalecer os lácteos como sugestão de acompanhamento poderiam estar no radar dos laticínios já que junto às frutas frescas, eles estão entre as prioridades na escolha do público.

Maior disponibilidade em redes de hotelaria

O mercado hoteleiro no Brasil é pujante e de acordo com os últimos dados do IBGE, em 2006, havia 31,3 mil estabelecimentos de hospedagem no país, com 1 milhão de unidades habitacionais (suítes, quartos, chalés) e 2,4 milhões de leitos. Entre esses estabelecimentos, 47,9% eram hotéis, 31,9% eram pousadas e 14,2% eram motéis. Os dados são da Pesquisa de Serviços de Hospedagem (PSH) 2016, realizada pelo IBGE em convênio com o Ministério do Turismo, para levantar os principais aspectos da rede hoteleira do Brasil.

Não podemos negar que nos cafés de manhã hoteleiros, os lácteos já estão bastante inseridos, desde o leite, até queijos, iogurtes e pão de queijo. Mas e se fossemos além? E se os hotéis também passassem a dar uma atenção especial a consumidores com restrições alimentares, como intolerantes à lactose? Poderia ser um diferencial. Também, nos frigobares dos quartos, dificilmente são encontrados lácteos como opções. Quando estão presentes, são por meio dos achocolatados destinados às crianças.

Snacks de queijos

Já abordamos esse tema algumas vezes no MilkPoint, mas é essencial pincelarmos novamente. Hoje os queijos disponibilizados em porções práticas são processados. Não encontramos snacks de queijos in natura em embalagens e porções práticas para serem consumidos como lanche. O que vemos, são apenas peças de queijos inteiras ou queijo fatiado. Esse produto poderia ser facilmente encaixado na rotina das pessoas, visto que é muito agradável ao paladar de todos (difícil achar alguém que não goste de queijo!), além de ser uma opção saudável. Veja exemplo abaixo de uma companhia de Wisconsin/EUA, a Burnett Dairy Cooperative, que lançou snacks de queijo no seu portfólio:

A Sargento Foods, de Plymouth, também em Wisconsin, expandiu sua linha de breaks com o lançamento do Sweet Balanced Breaks Snacks. O produto combina queijo natural com ingredientes doces, como frutas secas e chocolate.

E mais: uma outra pesquisa realizada pela Mintel apontou que os consumidores latino-americanos estão procurando mais opções de sabor quando se trata de queijo, representando uma oportunidade de mercado inexplorada para os fabricantes, já que apenas 12% das novas introduções de queijo entre janeiro de 2017 e abril de 2018 foram opções com sabor, segundo a Mintel. Os lançamentos de queijo com sabor da América Latina ficaram para trás quando comparados a outros mercados internacionais, como Europa e América do Norte, onde as novas opções de sabores representaram 22% e 25%, respectivamente, durante o mesmo período.

Manteigas temperadas?

Não é novidade que a gordura láctea está valorizada no mercado mundial. Pesquisas recentes apontaram que a gordura saturada proveniente de produtos de origem animal não é vilã quando consumida moderadamente. Assim, a manteiga voltou a ser a ‘queridinha’ em todo o mundo. E por que não explorar melhor esse fato?

Estudo recente da Mintel apontou que no Brasil, há um forte potencial para aumentar a categoria se os fabricantes se encorajarem a ousar nas propostas de uso. Ainda de acordo com a empresa de pesquisa de mercado, hoje 76% dos consumidores brasileiros usam margarina ou manteiga como spread (alimento geralmente espalhado com uma faca e pães ou bolachas) e apenas 21% usam os produtos para fritar alimentos, substituindo o óleo para cozinhar. E é exatamente aqui que inovações podem ser exploradas no âmbito da manteiga: na culinária.

Isso poderia ser alcançado por meio de manteigas com temperos e condimentos - como alho, pimenta, cebola e ervas finas – em embalagens práticas que incentivassem o uso na cozinha e uma apresentação focada em como a manteiga pode auxiliar de maneira saborosa e versátil nas receitas feitas em casa no dia a dia.

Resumidamente, é muito bom ver que os lácteos têm ainda um vigoroso caminho para percorrer! Nós aqui no MilkPoint inclusive nos comprometemos a trazer aos leitores as principais tendências e ideias inovadores de consumo do mundo todo, contribuindo com novas e possíveis estratégias de mercado.

RAQUEL MARIA CURY RODRIGUES

Zootecnista pela FMVZ/UNESP de Botucatu.

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