“Nesse ano de 2016 cremos que a administração das empresas de lácteos terá que ser mais atenta e ágil na tomada de decisões do dia a dia, pois com o aumento do número de variáveis, quaisquer previsões de médio e longo prazo podem estar em desacordo com a dinâmica do cenário. Felizmente, os produtos do nosso setor são sem dúvida indispensáveis à alimentação humana e o consumidor terá um maior cuidado com eles nos cortes do orçamento doméstico, porém, estamos aguardando uma movimentação na troca entre marcas”.
Falando mais especificamente sobre queijos, Fábio destacou que o setor sempre conviveu com adversidades e mudanças repentinas de planos. “Em 2016, teremos que enfrentar os desafios como sempre fizemos em anos difíceis: com muito trabalho, administrando essa enorme quantidade de variáveis e superando os percalços com qualidade, inovação, boa distribuição e boa prestação de serviços aos clientes e consumidores”.
Roberto pontuou que alguns produtos lácteos típicos brasileiros, como, por exemplo, o queijo coalho, tendem a ficar em evidência, além dos produtos que se encaixam no hábito gourmet, como glúten free, lactose free, vegan e natural. “O evento vai trazer para o Brasil turismo como um todo e, além disso, e por questões cambiais, está muito favorável a vinda para o país. Toda a cadeia que estiver relacionada ao turismo e souber se aproveitar disso, terá ganhos. O food service ainda vai gerar muitas oportunidades e precisa estar por dentro das tendências de mercado”, finalizou.
Helou frisou que o ano será de muitas tensões e afirmou que as influências políticas vão interferir no consumo. “Os preços dos produtos vão estar mais vulneráveis comparado ao ano passado. Se na televisão for transmitida uma notícia ruim, os consumidores vão segurar a compra, e o inverso também é verdadeiro. Estaremos dependendo do humor do mercado”, disse.
Para ele, o ano passado foi marcado pela abertura do mercado externo e esta será a tendência para 2016, conquistando novos mercados por meio do fortalecimento da cadeia produtiva e melhoria da competitividade. “Em 2015 vimos um cenário internacional com queda de preços e esta tendência de maior oferta que demanda deve perdurar neste primeiro semestre de 2016”, avalia. Em contrapartida, o câmbio ficou mais favorável para as exportações, o que permitiu o superávit da balança comercial nos meses de julho, agosto, setembro e novembro.
Martins ainda citou que a Viva Lácteos fortalecerá o trabalho para a promoção comercial com foco no mercado externo e que alguns resultados já foram observados em 2015. “O mercado russo está se consolidando, e, já neste primeiro ano, o setor exportou 182 toneladas de manteiga e 248 de queijo. Para 2016, temos espaço para pelo menos dobrar essa quantidade”, destaca. Ainda foi apontado por ele a expectativa de iniciar os embarques para a China em 2016. “Este é o novo desafio do setor e o MAPA já avançou nas negociações, conseguindo a atualização do certificado sanitário internacional para aquele País”, finalizou.
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