Ben & Jerry´s: há mais de dois anos no Brasil, marca cai no gosto dos brasileiros

 

História da marca

A marca norte-americana foi criada em 1978, quando os amigos de infância Ben Cohen e Jerry Greenfield decidiram fazer um curso de sorvetes por correspondência na Universidade da Pensilvânia. Custou cinco dólares. Decididos a abrir o próprio negócio, eles reformaram um antigo posto de gasolina na cidade de Burlington, Vermont, EUA, e começaram a criar produtos com combinações inusitadas, feitos com os melhores ingredientes, da melhor maneira possível.

Ao longo dos anos, a Ben & Jerry’s sempre reconheceu o papel que os negócios desempenham na sociedade, pensando em maneiras inovadoras de preservar o meio ambiente, as comunidades e dessa forma, contribuir para a qualidade de vida das pessoas no mundo.

O negócio foi crescendo e hoje a marca pode ser encontrada em vários países do mundo. Segundo a empresa, a principal missão da Ben & Jerry´s é trazer prosperidade para todos aqueles que, de algum modo, são ligados ao negócio: fornecedores, funcionários das lojas, fazendeiros, consumidores e vizinhos. Por isso, de acordo com a empresa, na receita do sorvete são usados ingredientes feitos de forma saudável e sustentável e comercializados de maneira justa.



Variedade de sabores e importação do sorvete

Nas lojas brasileiras os clientes encontram 18 sabores de sorvetes com inserções de brownies, cookies e caramelos, entre outros, além de shakes, sundaes, smoothies e bolos de sorvete (os icecakes). Também é possível encontrar 13 sabores dos sorvetes nos outros pontos de venda espalhados pelo país. Vale frisar que o sorvete é importado.

“Todo o leite de Ben & Jerry’s é proveniente do programa Caring Dairy, que conta com cerca de 300 pequenos produtores nas Américas e Europa. O programa tem como base uma ferramenta na web, de fácil utilização, que permite que os agricultores avaliem a sua fazenda e o tratamento que é dado aos animais, por meio de ‘indicadores de sustentabilidade’ para a agricultura. Por conta da missão social da marca e de toda a cadeia envolvida na produção do sorvete, ele é feito no exterior e exportado para o Brasil”, explicou André.

Segundo ele, as fazendas locais vendem seu leite in natura para a St. Albans Cooperative Creamery, em St. Albans, Vermont. Na cooperativa, o leite é separado em creme de leite e leite condensado desnatado e, em seguida, enviado por caminhão-tanque para as fábricas em St. Albans e Waterbury, em Vermont.

Quando os caminhões chegam à fábrica, o leite e o creme de leite são bombeados para quatro silos de armazenamento de 6.000 galões cada, e mantidos sob refrigeração a 36ºC até que estejam prontos para serem transformados em sorvete. “Na produção global de sorvete, fazer a mistura talvez seja a parte mais importante de todo o processo. Procedimentos são realizados no tanque de mistura, o nosso mega liquidificador de aço inoxidável de 1.000 galões. Após a mistura de sorvete ser feita, ela está pronta para ser pasteurizada e homogeneizada. O pasteurizador é formado por uma série de placas de aço inoxidável muito finas”, explicou.

Uma vez que a quantidade adequada de aromatizante é adicionada, a mistura é bombeada para o freezer. Após congelar a mistura em 22ºC, a base pode seguir dois caminhos distintos: se os sabores são sem pedaços, como baunilha ou chocolate, o sorvete é bombeado diretamente para as máquinas de enchimento, mas, se são sabores com pedaços, o sorvete vai para a máquina que os coloca.

Os pedaços são carregados na parte superior da máquina até um funil. Na parte inferior, um tubo regula o fluxo até uma roda estrelada. Enquanto a roda estrelada gira, empurra os pedaços no fluxo de sorvete.

                        

                                        

O sorvete com pedaços finalmente passa por um liquidificador especial que mistura os pedaços em todo o fluxo de sorvete, garantindo uma distribuição homogênea de pedaços. “Mas esses ingredientes nunca iriam encontrar o seu caminho para um pote de sorvete se não fosse por um grande sistema de orientação. Felizmente possuímos o melhor sistema de ‘redemoinhos’ que existe. Depois que os pedaços e os ‘redemoinhos’ são adicionados, o sorvete está pronto para distribuição em embalagens”, detalhou Lopes.

Movimentos sociais & Sustentabilidade

A Ben & Jerry´s usa ovos de galinhas criadas fora de cativeiros e atestados pelo programa de certificação humana, assegurando que estas aves tenham alimentos nutritivos, integrais e acesso a água limpa.

Um dos sabores mais vendidos, o Chocolate Fudge Brownie, tem seus brownies provenientes da Greyston Bakery, em Nova Iorque. Com sua política de “portas abertas”, a padaria se compromete a empregar e treinar pessoas que enfrentam obstáculos ao emprego, independente de barreiras sociais, educação e histórico profissional. A Greyston também conta com diversos prêmios ganhos pelos seus maravilhosos bolos e tortas.

Outros ingredientes como bananas, café, açúcar, cacau e vanila vêm de cooperativas Fairtrade. Isso quer dizer que os fazendeiros recebem um preço justo por seus alimentos e não estão suscetíveis às flutuações cambiais. Em contrapartida eles investem em educação, saúde e melhorias para suas comunidades. 

Sorvete e Nutrição

Para André, o sorvete pode contribuir para a nutrição dos brasileiros já que por sua composição, ele é um alimento rico em proteínas, açúcares, gorduras vegetal e animal, vitaminas, cálcio, fósforo e outros minerais essenciais. “Na Ben & Jerry’s, podemos dizer que o alimento é ainda mais especial, já que é feito com ingredientes frescos e de altíssima qualidade. Como já falei algumas vezes, o nosso leite é feito por vacas ‘felizes’, que pastam em um solo bem tratado, por meio do programa Caring Dairy. As nossas principais matérias-primas são produzidas por pequenas cooperativas ao redor do mundo que ganham um preço acima da média do mercado e se comprometem com práticas responsáveis em suas fazendas e comunidades. Enfim, acreditamos que boas práticas e ingredientes de altíssima qualidade tornam o nosso produto melhor e mais saboroso”.