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Quatro Personagens e um Negócio

POR PAULO MARTINS

PAULO DO CARMO MARTINS

EM 19/09/2013

5 MIN DE LEITURA

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Para que ocorra, a produção de leite precisa reunir a contribuição de pelo menos quatro personagens. O primeiro é o capitalista. Isso mesmo! Em toda produção está presente o capitalista, sendo familiar ou não, sendo pequena ou grande produção.

O capitalista é o dono do capital empregado na atividade, representado pela terra e pelo capital convertido em maquinários, equipamentos, construção e o capital de giro. Ele não precisa gostar de produzir leite. É até bom que não goste, pois ele é o menos emocional dos quatro atores. Ele não participa de nenhuma tomada de decisão na propriedade. Ele coloca o capital à disposição da produção e, em troca, quer remuneração na forma de aluguel da terra e de juros para o restante do capital. Para definir o quanto vai querer de retorno, ele considera o custo de oportunidade. Todos nós nascemos exercitando o conceito de custo de oportunidade, embora a maioria não conheça este conceito. Ao entendê-lo, ninguém mais terá respostas definitivas e imutáveis nesta curta vida que vivemos.

Não é certo que eu vá me separar da minha parceira se eu tomar conhecimento que ela me traiu afetivamente. Eu irei separar dela se o meu custo de oportunidade tiver baixo, ou seja, se eu tiver pouco a perder ao resolver assumir um novo projeto de vida, que seria viver sem ela. Se o meu custo de oportunidade for alto, ou seja, se eu tiver muito a perder, não importa se no emocional ou no financeiro, eu não irei me separar. Por outro lado, o que define a vontade de alguém participar do programa Big Brother é o custo de oportunidade. Todos que se inscrevem tem custo de oportunidade baixo. Consideram que tem pouco a perder expondo suas intimidades. É por isso que o SBT e a Record não foram bem sucedidos quando tentaram fórmulas parecidas, convidando artistas. Somente atraíram artistas decadentes ou desconhecidos. Afinal, um artista famoso tem o custo de oportunidade alto.

O custo de oportunidade é o que você deixa de ganhar ou perder por estar fazendo algo num determinado momento. Portanto, tudo na vida tem um custo alternativo, ou de oportunidade. Sempre abrimos mão de fazer algo para fazermos o que estamos fazendo. De modo muito simples, esse é o conceito que nos persegue ao longo de toda a vida, e que nos leva a tomar decisões diariamente, a cada momento. Como disse a Cecília Meireles na poesia Ou Isso ou Aquilo, “se uso anel, não uso luva, se uso luva, não uso anel”...

Levando o conceito para o mundo do leite, o capital empatado na atividade tem o seu custo de oportunidade. Então, ele precisa render mais do que se estivesse aplicado na melhor alternativa possível. Portanto, o custo de oportunidade do capital aplicado no leite varia de acordo com cada produtor. Produtores familiares precisam extrair mais que o rendimento da caderneta de poupança. Já produtores maiores não podem se contentar com o retorno do capital empregado no leite menor que o que conseguem com aplicações financeiras que rendem mais que a poupança e que também são seguras.

O segundo personagem fundamental na produção de leite é o empresário. Muitos pensam que ele é dono de tudo. Que nada! O empresário não é proprietário. Quem tem tudo, quem é proprietário, é o capitalista. O empresário convence o capitalista a colocar dinheiro na atividade leiteira e, além de terra e capital, contrata trabalho e conhecimento para que a produção ocorra. Ele é o empreendedor. Ele planeja e controla, toma decisões estratégicas do negócio, corre riscos e, depois de pagar juros, alugueis e salários, ele sabe se teve prejuízo ou não. Se teve lucro, esta é a sua remuneração por empreender. Se teve prejuízo, ele morre com este mico. Portanto, não é relaxante ser empresário. Ah! É claro que o empresário não precisa gostar de vaca. É até bom que não goste, para tomar sempre decisões de maneira fria.

O terceiro personagem é o administrador. Ele é fundamental para o cotidiano da propriedade leiteira, pois leite é a atividade mais intensiva em decisões administrativas de todo o agronegócio. A todo momento, decisões precisam ser tomadas e seu papel é decidir questões táticas e operacionais. É seu papel planejar, executar e acompanhar a execução, controlar e corrigir rumos. É claro que ele precisa conhecer conceitos e ferramentas de gestão. Afinal, somente no setor público é que ainda se admite alguém ser gestor sem ter formação e experiência compatíveis. Administrar exige ciência. Não se aprende apenas fazendo. Portanto, é preciso conhecimento e ferramentas atualizadas de gestão. Além disso, administrar exige que haja metas a serem ultrapassadas. Propriedade que não tem metas, não tem gestão! O administrador não corre risco, como o empresário. Sua remuneração é o salário e um percentual variável, para estimulá-lo a focar na ultrapassagem das metas. Ah! Ajuda muito se ele gostar de vaca.

O quarto personagem é o trabalhador. Ele toma decisões operacionais. Portanto, precisa ser treinado e ter conhecimento do que faz. Ele tem uma rotina a seguir e quanto menor o espaço para que ele decida, melhor será o seu desempenho. Ele tem metas claras a cumprir e seu desempenho é continuamente avaliado. Sua remuneração é salário e uma parcela variável em função do seu desempenho e o de toda a propriedade. Ah, sim, gostar de vaca é requisito número um para este personagem. Se não gosta, deve procurar outra coisa para fazer.

Como se verifica, leite é uma atividade complexa também quando analisamos os personagens que reúne, pois cada um tem um perfil próprio, com interesses e características que se completam, mas diferentes entre si. Até mesmo em termos de expectativa de remuneração. Tudo fica mais complexo ainda, quando três ou mais papeis são desempenhados por um mesmo ator, pois isso significa dividir atenção, interesses e objetivos.

O proprietário quem passa o tempo cuidando de vaca está dizendo que deseja ter uma renda de trabalhador. Quem ocupa todo o seu tempo cuidando de vaca e dos problemas do dia a dia da propriedade, está dizendo que não quer ter grandes dores de cabeça. Quer conviver somente com as que já conhece. Portanto, merece ganhar pouco com o leite, pois optou pela filosofia Zeca pagodinho, “deixa a vida me levar”. Se não sobra tempo para pensar e agir como empresário, não pode ter lucro na atividade.

Na vida, todo prazer é pago de alguma forma. Então, quem está no leite puramente por prazer, decidiu matar o personagem empresário que a atividade tanto exige e está obrigando o personagem capitalista a receber menos que deveria pelo capital empatado. A pena para estes casos é clara. É ir ficando pobre aos pouquinhos, até que chega a hora de sair da atividade. Entre 1996 e 2006, um foi embora a cada onze minutos. Agora, o Marcelo Carvalho está estimando que a velocidade de saída está mais rápida: um a cada sete minutos. Portanto, estar na atividade apenas por prazer e por gostar de vaca tem um preço muito caro. O preço é o insucesso garantido, acompanhado do sentimento de derrota!

PAULO MARTINS

Paulo do Carmo Martins - Economista, Doutor em Economia Aplicada (Esalq/USP). Pesquisador da Embrapa Gado de Leite e Professor Associado da Facc/UFJF

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MICHEL KAZANOWSKI

QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS

EM 27/10/2021

Caro Paulo,

Se me permite sugerir uma ideia. O conceito sobre tecnologia ainda é muito deturpada na pecuária leiteira. O Professor Vidal costuma destacar este ponto. Uma analise pode ser feita sobre o real valor que a implementação de um ou outra tecnologia ou índice pode trazer de lucro efetivamente ao sistema.
OLÍMPIO GOMES AGUIAR

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/10/2013

Obrigado Dr. Paulo, entrarei em contato sim.
PAULO MARTINS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 07/10/2013

Olá Olímpio,

Depois de muito trabalho, envolvendo técnicos da Embrapa e da Itambé, o Gepleite é hoje um produto tecnológico, pronto para ser aplicado em propriedades leiteiras. Estou de férias, neste momento. Por favor, entre em contato comigo no tel. 32 3311 7522, depois do dia 16 deste mês, no horário comercial. Este telefone é da minha sala na Embrapa Gado de Leite e você falará diretamente comigo.
OLÍMPIO GOMES AGUIAR

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/10/2013

Prezado Dr Paulo Martins, leio quase todos os arquivos que publica, e gostaria de parabenizá-lo , pois enriquece muito meus conhecimentos nessa tão árdua e complexa atividade de produzir leite. Lí dois artigos seu aqui no MilkPoint, que imprimir e carrego na minha pasta de produtor, que são: "Para estancar a sangria" e "Para analisar o negócio leite". Gostaria de saber como ficou o desfecho do programa para calcular os indicadores financeiros e e de eficiência técnica? O programa GEPLEITE da Itambé teve continuidade? Como faço para receber uma planilha dos cálculos? Obrigado. Abraços.
Olímpio Aguiar
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/10/2013

Prezado Wagner Bescow: Em qual cidade se localiza a propriedade? Minha região é Zona da Mata, sentido Sul de Minas Gerais, portanto, a mesma em que localiza seu trabalho. Muito sucesso.
Um abraço,


GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
ALFA MILK
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
=HÁ OITO ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
www.fazendasesmaria.com
WAGNER BESKOW

CRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO

EM 03/10/2013

Entendo, Guilherme, mas na retórica ficaremos em círculo. Por isso tenho optado em dar tempo ao tempo. É isso que quis dizer. Se um dia tivermos a oportunidade de nos encontrarmos pessoalmente talvez consiga que percebas que quando eu falo em "sistema intensivo a pasto com suplementação" não estou falando em nada parecido com o que tens em mente.

Comecei um trabalho numa propriedade no sul de MG, lado oposto de Juiz de Fora em relação a tua região, mas mesmo assim comparável. Quem sabe ali não estará uma oportunidade de cortarmos as palavras para pesarmos os cobres...

Somos dois sempre aprendendo, então.

Abraço.
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/10/2013

Prezado Wagner Brescow (novamente, com licença do conterrâneo Paulo Martins - prometo que não se tornará um hábito - rsrsrs): Tu talvez não saibas que já passei por todos os sistemas de produção leiteira possíveis e imagináveis no universo moderno.
A Fazenda Sesmaria - Olaria, MG, já existe há mais de setenta anos, eu sou a terceira geração.
Meu avô, José Moreira de Mello Franco, um dos pioneiros da criação de gado holandês da região, era um semiconfinador convicto, que saiu de um gado curraleiro e chegou ao Holandês Puro por Cruzamento, Geração Conhecida 09, numa época em que inseminação artificial era incipiente e cara.
Mesmo assim, foi um dos primeiros a utilizá-la, não antes de usar animais comprados da Castrolanda em seu rebanho.
Numa época em que uma vaca de elite produzia pouco mais de vinte litros de leite por dia, ele conseguia produzir mais de três mil litros/dia, em duas ordenhas.
Meu pai, desiludido com a morte de meu avô, enveredou-se pelo pasto, o que significou um verdadeiro desastre e quase demandou a fechada de porteiras.
Vivi, como vês, entre estes dois sistemas e já tinha conhecimento de todas as suas limitações.
Optei pelo confinamento integral, após assumir a Fazenda, com a morte de meu pai, e longos anos de estudo (que incluiu manejo, viabilidade técnica e mercadológica, logística e genética), por entendê-lo o mais eficiente, não por modismo.
Estou nele há oito anos (quase nove), com relativo sucesso, com animais selecionados, puros, das raças Holandesa e Jersey.
Hoje, até animais que foram importados embriões, dos Estados Unidos da América, já possuo em meu rebanho.
Como vês, o sábio velho tempo, já fala por si só nesta empreitada e tenho, sempre, acredites, abertas diversas portas para o novo e aprendo a cada dia com todos os que convivo, principalmente, nas excelentes páginas virtuais deste Milk Point.
Sou eterno e dedicado aluno, tenhas a certeza, e muito aprendo contigo e com todos os outros mestres - entre eles, o conterrâneo Paulo Martins, que tão gentil e pacientemente me cede estes espaços.
Um abraço,

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
ALFA MILK
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
=HÁ OITO ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
www.fazendasesmaria.com
WAGNER BESKOW

CRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO

EM 26/09/2013

Ah, eu me divirto! Coisa boa é a gente fazer o que gosta, não é mesmo? Gosto de estar no meio dos que fazem o que gostam, com gosto e posicionamento.

Quanto a tua colocação, Guilherme, tenho optado por deixar o tempo, velho sábio amigo de todos nós, falar por si só. Sabes que respeito tuas posições. As polêmicas que levantas inquietam aos "cegos" e isso é bom. Só cuida para sempre manteres uma margenzinha de possibilidade ao novo, pois nada mais gratificante nessa vida que a gente ceder ao fato que estamos sendo aprendendo e o dia que fecharmos essa porta, o fim está próximo.

Um abraço aos dois e tudo pelo leite profissional, porque chega de amadorismo e subsistência. Somos ricos e está na hora de desfrutar dessa riqueza!
PAULO MARTINS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 26/09/2013

Olá Guilherme,

Se querias dizer ao Wagner, pois está dito e feito!
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/09/2013

Prezado conterrâneo Paulo Martins: Peço sua licença para dizer, ao Wagner Bescow, que a diminuição dos rebanhos de leite, ao longo do tempo, é a saída para os pequenos produtores, que não têm nem terra nem capital para manter elevado volume de animais sob sua guarda.
Por isso não acredito que sistemas a pasto, que necessitam de muita terra e muitos animais para se manter, sejam o futuro.
Não. O confinamento se torna a meta a ser perseguida, pois em poucos hectares pode-se produzir muito.
É claro que estou a falar em sistemas eficientes, pois, de forma ineficiente não se vai a lugar nenhum.
Aí entra a constatação do amigo Paulo Martins de que há campo só para profissionais (hoje, mais da metade do leite inspecionado no Brasil está sendo produzido por poucos, os profissionais). É a seleção natural de Charles Darwin atuando, também, na cadeia produtiva do leite (rsrsrs). Só os fortes (não os ricos, anote-se) sobreviverão.
Melhor lidar com dez vacas de cinquenta litros/dia cada que com cinquenta de dez - este é o mote para os tempos vindouros.
Um abraço,


GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
ALFA MILK
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
=HÁ OITO ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
www.fazendasesmaria.com
PAULO MARTINS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 24/09/2013

Olá Janete,

Você captou a essência do que procurei deixar como mensagem no artigo. É preciso ver a atividade como negócio, e para isso é fundamental fazer com que os quatro atores, que podem estar numa só pessoa, rendam bem, cada um no seu papel. A questão de gostar da atividade eu acredito que foi a provocação mais sarcástica que coloquei e o objetivo foi demonstrar que não basta ter amor pela atividade para nela permanecer ou, dito de outra forma, decisões emotivas na atividade podem ter resultados catastróficos. É claro que gostar do que faz é um bom caminho (mas não seguro) para ser bem sucedido. Que bom que você entendeu esta "provocação".
JANETE ZERWES

CUIABÁ - MATO GROSSO

EM 24/09/2013

Olá Professor Paulo,

Entendi bem sua "provocação", se é que posso chamar assim, um artigo tão inteligente como o seu!

Somos produtores de gado de corte e entendo bem o que o senhor propõe. Como pecuaristas, precisamos estar investidos dos quatro personagens citados. Isso não implica em realizar os trabalhos de rotina propriamente, ou de centralizar controles, mas implica fundamentalmente, em saber como funcionam todas as rotinas e compreender os vários papéis que devem atuar no cenário de uma fazenda de gado.

Concordo que somos ao mesmo tempo, donos do capital, empresários empreendedores, gestores e também trabalhadores, por que não? E precisamos agir em momentos diferentes de acordo com cada um desses papéis ou personagens.

Sei o quanto é difícil dentro de uma empresa de pecuária convencer os atores principais da necessidade de estudar sempre, de atualizar e adequar conhecimentos técnicos ou científicos, de pesquisar. Sei o quanto pode ser difícil, deixar o orgulho de quem construiu um patrimônio, e aprendeu a fazer fazendo, de lado - em outras épocas isso foi possível, não hoje - e, se convencer de que para se manter na atividade pecuária, como em qualquer outra atividade empresarial, as exigências transpõem a prática e exigem humildade para perguntar e se atualizar cientificamente.

Nunca esqueço algo que ouvi de um banqueiro em uma entrevista na TV. Ele dizia que para atuar como tal, era necessário saber de tudo sobre o funcionamento de um banco e, também dos mercados de capitais. Se assim não fosse, não se sustentaria na atividade.

Sem dúvidas, não podemos pensar em pecuária sob o ponto de vista do prazer, mas uma coisa não posso negar, existe uma satisfação ligada a algo vocacional, existe também um amor pelas vacas, inclusive, um certo prazer nos desafios que essa atividade nos propõe todos os dias.

Sempre digo, nada melhor do que ver a vida se renovando a cada estação de parição, os pastos rebrotando nos períodos de descanso das pastagens e contar o tempo em "eras". Melhor ainda constatar que o capital foi remunerado, os impostos e salários foram pagos, as metas foram cumpridas e sobrou um dinheirinho para algum investimento. Se nem tudo for assim, resta o desafio para nos colocar em pé todas as manhãs!

Abraço,

Janete Zerwes
PAULO MARTINS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 24/09/2013

Olá Leandro,

Concordamos. É caminho sem volta! Obrigado por participar do debate.
LEANDRO VOLINGER DA CRUZ

CASCAVEL - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/09/2013

Caro Paulo
Parabéns pelo seu texto, mais um de tantos que ilustram o que de fato é produzir leite.
Meu ponto de vista é que estamos em um caminho sem volta no que se trata produzir leite, o mercado vai adequando os produtores e os produtores adequando e se adequando ao mercado.
As exigências em maior produção e principalmente qualidade vai tornar nossos produtores mais profissionais no negócio leite.
PAULO MARTINS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 23/09/2013

Olá Prof. Miro,

ficarei muito feliz se você utilizar esse texto com os seus alunos. Obrigado pelas palavras.
VALDEMIRO CONCEICAO JUNIOR

VITÓRIA DA CONQUISTA - BAHIA - PESQUISA/ENSINO

EM 23/09/2013

Caro Paulo,

Gostei muito do texto e fiquei admirado com a sua forma simples e eficaz de escrever. Uma rápida leitura e todos podem assimilar com facilidade os princípios que você defende. Parabéns.

Gostaria de solicitar sua autorização para reproduzir o texto e utilizá-lo em discussão com meus alunos de Agronomia.
sds,

Miro Conceição
PAULO MARTINS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 23/09/2013

Olá Vera, ainda está gerando. E a mentalidade está mudando mesmo, e rapidamente. Obrigado pela mensagem,
VERA JOCK PIVA

MARINGÁ - PARANÁ - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 23/09/2013


Prezado Dr.Paulo Martins,

Parabéns pelo texto ! Pragmático e ao mesmo tempo divertido. O mais bacana é que gerou uma série de discussões e comentários.
Leite de qualidade é coisa séria . Podemos acreditar que a mentalidade do produtor de leite está mudando.
E com rapidez !

Abraços,

Vera Jock Piva
Fiscal Federal Agropecuário - aposentada pelo Mapa
Maringá. Paraná
PAULO MARTINS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 23/09/2013

Olá Michel,

Farei a leitura e está anotada a sugestão. Vamos discutir tecnologia à luz da teoria economia em próximos artigos. Tecnologia e economia tem tudo a ver... obrigado pelas duas sugestões.
PAULO MARTINS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 23/09/2013

Caríssimo Wagner,

No Brasil as coisas costumam a demorar a acontecer, Mas, quando acontecem, a velocidade é avassaladora. Veja nossa adesão ao cinto de segurança, a queda do número de fumantes, o uso de celular, o uso da internet... No leite me parece que está ocorrendo uma revolução silenciosa de no máximo dois anos para cá. A falta de opção em rendimento no mercado financeiro tem feito bem ao leite. Talvez o preço elevado não esteja fazendo tanto bem, nesse aspecto que coloco, de termos pessoas comprometidas com o negócio, pois preço alto exige menos atenção e atrai aventureiros. Mas, outro ponto que vejo mudando é a qualidade da assistência técnica, que sempre foi muito amadora no Brasil. Você se diferencia não somente pelo conhecimento técnico que tem, mas também encarar o leite como negócio. A maioria dos nossos técnicos ainda não encaram leite como negócio, pois não é assim que o ensinam na Universidade.

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