Conforme definição, o queijo para ser chamado Gruyère não pode ter nenhum orifício, nenhuma olhadura. O autêntico queijo suíço deve ser produzido com leite cru da região dos Alpes, durante o verão. É um queijo de massa semidura e que depois de pronto deve permanecer nas caves de maturação por no mínimo 5 meses para desenvolver o sabor característico. Sua textura é lisa, tem a crosta (casca) espessa e bem definida – como a da foto.
A confusão se dá, porque os franceses produzem os queijos Comté e o Emental entre outras variedades, com um método de fabricação parecido com o queijo suiço, mas que pela sua composição final , origem do leite e tecnologia de fabricação, produzem várias olhaduras de tamanhos variados na massa do produto durante a maturação. Estes queijos também são conhecidos pelo nome genérico de gruyère.
Os produtores do queijo suíço, para evitar essa ambiguidade e manter a autenticidade, conseguiram para “seu” Gruyère, em 2001, o certificado AOC (Appellation d’Origine Contrôlée), o qual estabelece que apenas o queijo produzido em determinadas áreas geográficas do país e seguindo uma tecnologia específica podem levar esse nome. No entanto a Suíça entrou com o pedido de AOC tarde demais e outros países já haviam denominado queijos de tecnologias similares como Gruýere. Mas, resumindo a história e com disputas geográficas à parte, o fato é que o gruyère suíço não tem olhaduras: se tiver olhadura é um gruyère francês, não suíço!
Dicas para escolhar um bom Gruyére Suiço:
• Um bom gruyère deverá ter no mínimo 5 meses de maturação para que seja possível perceber seus aromas e sabores, portanto fique atento à data de fabricação do produto.
• Os queijos brasileiros são denominados “tipo gruyère” e são fabricados com leite pasteurizado conforme legislação brasileira. A maioria das marcas apresenta olhaduras pois são inspirados na tecnologia francesa e não suíça.
• Sirva o gruyère com pães, uvas verdes, um vinho tinto de sua preferência. Também fica ótimo gratinado ou derretido!