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Sistemas de ordenha robotizados - uma perspectiva europeia - Parte 1

POR MARCOS VEIGA SANTOS

MARCOS VEIGA DOS SANTOS

EM 27/10/2000

2 MIN DE LEITURA

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Sistemas de ordenha robotizados (SOR) foram inicialmente idealizados por futuristas, mas atualmente parecem se tornar uma realidade na Europa. Existe um crescente aumento no número de rebanhos leiteiros que adotam este tipo de ordenha, o que pode ser indicativo de que estes sistemas vieram para ficar, pelo menos nas condições européias, uma vez que diversos aperfeiçoamentos nesta tecnologia estão atualmente disponíveis.

O uso de sistemas robotizados de ordenha teve seu início em rebanhos leiteiros da Holanda desde 1992. Atualmente, estima-se que cerca de mais de 500 rebanhos utilizam estes sistemas, concentrando-se principalmente na Holanda e demais países da Europa. Recentemente, um simpósio internacional realizado na Holanda em agosto, 2000, que contou com mais de 250 participantes de mais de 20 países, discutiu os principais aspectos relacionados com o funcionamento dos sistemas automatizados de ordenha.

Muitos dos problemas técnicos iniciais destes sistemas, os quais estavam relacionados principalmente ao acoplamento das teteiras foram resolvidos através da utilização de novas tecnologias, o que tornou possível a adoção mais ampla destes equipamentos.

É importante enfatizar os principais problemas e dificuldades encontrados nestes sistemas de ordenha, os quais trazem como principal vantagem a redução do gasto com mão-de-obra e maior conforto para o funcionário, sendo que na Europa de forma geral, estes são os próprios proprietários. A seguir destacaremos os principais pontos críticos destes sistemas de ordenhas.

Qualidade do Leite

Diversos trabalhos de pesquisa apresentados no simpósio indicam que a qualidade do leite produzidos nestes sistemas é pior que aquela do leite produzidos em sistemas convencionais, sendo que em poucas situações a qualidade pode ficar fora dos parâmetros mínimos da legislação dos países europeus. Os principais parâmetros estudados foram a contagem bacteriana total, contagem de células somáticas do tanque, crioscopia e concentração de ácidos graxos livres no leite (um teste para quantificar a lipólise do leite).

Os diversos parâmetros de qualidade do leite tiveram uma piora significativa depois da adoção dos sistemas de ordenha robotizados em muitos rebanhos da Holanda. Exemplificando, em virtude da necessidade de linhas de limpeza maiores para a limpeza automática do sistema, alguns problemas de água residual podem ocorrer o que afeta negativamente a crioscopia do leite.

Por outro lado, os resultados de pesquisa indicam que não há aumento da prevalência da mastite com o uso destes sistemas em comparação com os sistemas convencionais. No entanto, um dos principais problemas identificados é com relação à dificuldade de higienização dos tetos sujos antes da ordenha, o que poderia resultar numa contagem bacteriana total do leite elevada. Paralelamente, os sistemas de limpeza precisam de melhorias devido às longas linhas de leite que são características de sistemas automáticos de ordenha.

Podemos concluir que à medida que novas tecnologias são adotadas nos sistemas automáticos robotizados de ordenha, estes problemas de qualidade do leite produzidos tendem a diminuir e assim o seu uso pode ser adotado de forma mais ampla. No entanto, nas nossas condições, a implantação destes sistemas parece estar bastante distante da nossa realizada, uma vez que o nosso principal problema é que a grande maioria do leite produzido (entre 90-95%) ainda é ordenhada manualmente em condições precárias de higiene.

Fonte

Mark Varner - University of Maryland - Dairy-L.

MARCOS VEIGA SANTOS

Professor Associado da FMVZ-USP

Qualileite/FMVZ-USP
Laboratório de Pesquisa em Qualidade do Leite
Endereço: Rua Duque de Caxias Norte, 225
Departamento de Nutrição e Produção Animal-VNP
Pirassununga-SP 13635-900
19 3565 4260

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