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Nível de vácuo na teteira afeta a velocidade de ordenha

POR MARCOS VEIGA SANTOS

MARCOS VEIGA DOS SANTOS

EM 07/01/2009

3 MIN DE LEITURA

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A avaliação do nível de vácuo de um equipamento de ordenha pode ser efetuada em diferentes localizações. Essas medições seguem padrões estabelecidos pelo Conselho Nacional de Mastite dos EUA (NMC - National Mastitis Council) e pelas Normas ISO (International Organization for Standardization). No Brasil, os padrões legalmente usados sãos os baseados nas normas ISO 3918: 1996, cuja regulamentação foi definida pela Instrução Normativa Nº 48, 12/08/2002, do MAPA (https://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=2458).

De maneira resumida, a medição do nível de vácuo no sistema de ordenha pode fornecer informações importantes sobre o sistema de produção (bomba de vácuo) e regulação (regulador) de vácuo. É consenso entre os especialistas que o local mais adequado para uma avaliação do efeito do nível de vácuo sobre a saúde da glândula mamária e eficácia de ordenha é no copo da teteira, quando o sistema está sob uma condição normal de uso.

A interpretação dos resultados da flutuação de vácuo no copo da teteira depende dos procedimentos realizados, sendo que a recomendação é que as avaliações sejam feitas no mínimo de 5 a 20 segundos, durante o pico de fluxo de extração de leite das vacas. É recomendável a avaliação de um mínimo de 10 vacas por rebanho, selecionadas aleatoriamente.

O vácuo médio na teteira, quando avaliado durante o pico de fluxo de leite, é um parâmetro para saber se as vacas são ordenhadas de forma gentil (sem agressões ao tecido mamário), rápida e completa. As recomendações de faixas de variação para esse parâmetro, de acordo com a Norma ISO, é de 32 kPa a 42 kPa, enquanto que o NMC recomenda faixa de variação de 35 a 42 kPa. É importante destacar que ambas as faixas descritas são apenas recomendações e não exigências rígidas e absolutas, uma vez que diversos fatores podem interferir nesses resultados, como: a velocidade de ordenha, a extração completa do leite, o tipo de teteira e o tipo de equipamento usado.

Pode-se perceber que as faixas de variação recomendadas para as normas ISO são ligeiramente menores que para os EUA. Entre as razões para esta diferença, temos a tendência de maior tamanho dos rebanhos e maior demanda por ordenhas rápidas nos rebanhos americanos. Deve-se levar em conta, contudo, que:

- Níveis de vácuo maiores aumentam a velocidade de ordenha, mas podem ser mais agressivos e resultar em ordenha incompleta.
- Níveis de vácuo menores proporcionam uma ordenha mais tranqüila (gentil) e completa, mas mais demorada.

É interessante notar que o vácuo na teteira é inversamente proporcional ao fluxo médio de leite, já que com o aumento do fluxo de leite ocorre redução do nível de vácuo na teteira. Quando a unidade de ordenha é colocada na vaca antes do início da ordenha ocorre grande aumento no nível de vácuo, e na medida em que o fluxo de leite aumenta esse vácuo sofre redução. Quando se aproxima do final da ordenha, momento no qual o fluxo de leite é reduzido, o nível de vácuo aumenta e tende a se aproximar do vácuo de trabalho do sistema.

Em um rebanho leiteiro, em razão da diversidade de velocidade de ordenha das vacas, o nível médio de vácuo na teteira deve ser ajustado visando atender um objetivo específico de cada rebanho em termos de velocidade de ordenha, sem prejudicar a saúde das vacas. Sendo assim, a recomendação dos especialistas é de que rebanhos que tem prioridade no aumento da velocidade de ordenha devem ajustar o sistema de ordenha de modo que o nível médio de vácuo da teteira fique acima do limite inferior (32 ou 35 kPa) para as vacas com ordenha mais rápida (com maiores taxas de fluxo de leite). Já os produtores com maior preocupação com a ordenha completa e gentil podem ajustar o sistema de ordenha para que o vácuo na teteira fique logo abaixo do limite superior (40 ou 42 kPa) para as vacas com ordenha mais lenta (menores fluxos de leite).

Fonte:

Claw vacuum is most direct measure of milking system´s effect on the cow. Udder Toppics (NMC), v.31, n.5, p.2, 2008.
Douglas J. Reinemann, Norman Schuring, and Robert D. Bade. Methods for Measuring and Interpreting Milking Vacuum, ASABE International Dairy Housing Conference, Minneapolis, Minnesota, USA, (2007).

MARCOS VEIGA SANTOS

Professor Associado da FMVZ-USP

Qualileite/FMVZ-USP
Laboratório de Pesquisa em Qualidade do Leite
Endereço: Rua Duque de Caxias Norte, 225
Departamento de Nutrição e Produção Animal-VNP
Pirassununga-SP 13635-900
19 3565 4260

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DANILO BORGES

MUTUM - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/08/2023

Colegas, o q poderia causar falhas nos pulsadores eletrônicos q passam a bater somente um lado ? Considerando que são 24 v, amperagem dentro do especificado.
PATRICIA SANTOS BARBOSA

LAJEDO DO TABOCAL - BAHIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 01/03/2021

Como faço pra pra bomba de vácuo balde ao pé chegar a 50 kpa?
FERNANDO OLIVEIRA REIS

MACHADINHO D'OESTE - RONDÔNIA - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA LATICÍNIOS

EM 08/01/2020

Boa tarde professor aqui na ordenha q tenho está com problemas de vacuo fica abaixo de 20 ja mecho em tudo e descobri q a perca do vacuo esta no transgeridor mas ainda não consegui descobrir onde esta perdendo esse vacuo no tranferidor pode me ajudar ou alguém q saiba para poder me dar uma dica ?
MARCOS VEIGA SANTOS

PIRASSUNUNGA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 10/01/2020

Prezado Fernando, neste caso específico, haveria a necessidade de um técnico em manutenção de equipamentos de ordenha ir até a fazenda e fazer uma avaliação. Infelizmente, não é possível fazer qualquer orientação de longe, neste caso, atenciosamente, Marcos Veiga
GLEYDSON COELHO

CURITIBA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 20/03/2018

Bom dia, Professor;

Uma ordenha acima do nível do mar a bomba de vácuo sofre interferência na ordenha ou seja gastando mais energia por conta da elevação na chave disjuntora e por conta disto gerando um consumo maior.
Estou em Inácio Martins PR a 1240 metros do nível do mar e eventualmente temos falta de energia e por conta disto usamos geradores de energia para esta falta e meu gerador vem apresentando falhas um técnico local me informou que é por conta do nível do mar que afeta a bomba de vácuo a tornando mais lenta e com isto o aumento da amperagem e gasto de energia e do gerador.
Pode por gentileza me orientar...
Obrigado desde de já.
MARCOS VEIGA SANTOS

PIRASSUNUNGA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 26/03/2018

Gleydson, existe uma tabela de correção, quando se vai fazer o dimensionamento da bomba de vácuo em altitudes acima do nível do mar, pois a bomba vem com uma vazão que é calibrada ao nível do mar. Esta tabela está nas normas do CBQL para equipamento de ordenha (não sei se este material está disponível online). Para o seu caso, existe a necessidade de uma correção de 1,28 (ou seja tem que ter 28% a mais de vazão na bomba, em litros/minuto em nível de vácuo de 50 kPa) para que a bomba gere a quantidade de vazão a ser necessária para um equipamento de ordenha instalado na altitude de 1240 m. Sendo assim, esta bomba vai ter mais gasto de energia em razão do maior dimensionamento. Atenciosamente, Marcos Veiga
UELTON JUNIOR

EM 30/01/2018

Olá cleber tenho ordenhadeira a muitos anos aqueles estalos são os pulsadores de cima da tampa ou no cano não sei como é a sua, mais pode usar 50 de vácuo tá de bom tamanho não judia das vacas nem DEMORA muito.
MARCOS VEIGA SANTOS

PIRASSUNUNGA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 05/02/2015

Prezado Volmir,



O nível de vácuo é sim um dos fatores que, quando estiver fora dos limites recomendados (muito alto ou muito baixo), pode resultar em aumento de risco de novos casos de mastite.



Dentre os principais problemas associados com alteração dos níveis de vácuo do sistema, podemos destacar: mau dimensionamento de bomba de vácuo e regulador de vácuo; deficiência de funcionamento de regulador de vácuo.



As recomendações de níveis de vácuo, de acordo com o sistema de ordenha são:

Linha alta       44-50 kPa

Linha com garrafão central     44-50 kPa

Linha baixa     42-46 kPa

Balde ao pé     44-50 kPa



No entanto, gostaria de destacar que o funcionamento do equipamento de ordenha é apenas um dos fatores (geralmente não é o principal) que podem resultar em aumento da mastite e consequentemente da CCS do rebanho. Sendo assim, a minha sugestão é de que o equipamento de ordenha seja avaliado por uma pessoa especializada para definir a necessidade ou não de manutenção, para adequação do nível de vácuo do sistema ou de outros problemas (pulsação, troca de teteiras, dminesionamento).



Atenciosamente, Marcos Veiga
MARCOS FERNANDO HORTENCIO (TUTI)

MARINGÁ - PARANÁ - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 05/02/2015

Existem varias causas para desequilibrio de vacuo, a começar pela teteira, pois sabemos que ordenha quando abre a teteira, e não quando ele fecha, porem para isso temos que ter espaço para o movimento massagem e extração, quanto ao nivel de vacuo para ordenhadeira balde ao pé o recomendado, é 50 kpa, em salas canalizadas, variam de 42 a 46 kpa, e sabemos que a maioria dos problemas de CCS, é proveniente do equipamento de ordenha.
VOLMIR JOSÉ BRUSCHI R

EM 04/02/2015

Meu nome Volmir J.Bruschi, gostaria de saber se o nivel de vácuo pode alterar a contagem de CCS.

Desde ja agradeço  se for atendido. Pois estou muito preocupado com a alta da CCS no meu rebanho.
MARCOS FERNANDO HORTENCIO (TUTI)

MARINGÁ - PARANÁ - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 06/11/2014

Sou técnico há muitos anos participo de muitas palestras e cursos, porem sempre que abro os noticiarios desta revista acho coisas interessantes. um abraço e continuem assim
VANDERLEI DOS SANTOS VIEIRA

EM 02/08/2014

tenho  meia duzia de vacas preciso de uma teteira para uma vaca por vez  
KLEBER

JURUENA - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/03/2012

Então no caso encomendei uma ordenha de fora por que aqui em minha cidade não tem isso ainda e devido isso eu gostaria de saber qual a pressão em libras corretas eu ja vi gente usando 40 42 e ja vi usando até 50.

e tambem não sei se tem algo a ver não sei o nome correto mas quando estou ordenhando tem uns estralinhos, tem um determinado numero de batida por minuto algo assim? Me desculpe a ignorancia mas não tem especialista na cidade.  
ROGERIO SILVA DE LIMA

TEIXEIRA DE FREITAS - BAHIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 11/01/2009

Professor, no resultado do teste CMT, tanto + e +++ cruzes indicam que a vaca está com mastite. Não dá para dizer que a vaca +++ está mais doente do que a vaca com teste +, então qual o resultado prático disso? Se tudo é positivo, então porque diferenciar +, ++ e +++? Se a reação +++ não indica que uma vaca esteja mais doente que uma vaca +, então porque ao fazermos teste CMT numa vaca sabidamente com mastite o resultado é sempre uma reação +++ (minha experiência)? Então as vacas com +++ estão mais proximas de virarem casos clinicos?

Desculpem se o assuto não esta realcioando ao artigo!

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado Rogerio Lima,

O teste do CMT tem como função principal diagnosticar indiretamente as vacas acometidas por mastite subclínica, conforme você menciona na sua mensagem. Sendo assim, um primeiro aspecto do monitoramento da mastite subclínica e saber quantas vacas têm o problema (qual a porcentagem) e nesse caso se considera as vacas positivas (acima de uma cruz: +). Por outro lado, os dados do CMT podem ser classificados em termos de intensidade, o que significa sim que um resultado +++ indica uma intensidade de reação (e consequentemente da lesão ao tecido e das perdas de produção) maiores que uma vaca com reação +.

A intensidade da reação serve para estimar as possíveis perdas de produção e para identificar as vacas com mastite mais intensa (não se pode falar em mais ou menos doente, mas em uma doença em maior ou menor grau de intensidade e de perdas), as quais podem ser selecionadas para cultura microbiológica e posteriormente a outros procedimentos.

Faz muita diferença para o controle de mastite ter maior ou menor porcentagem de vacas com + ou +++ de escore de resultado de CMT. Fica mais fácil entender quanto temos os dados da CCS (eletrônica), que tem uma relação direta com as perdas de produção da vaca (quanto maior a CCS, maior a perda).

No entanto, não se pode garantir ou concluir que uma vaca com CMT +++ terá ou não um caso clínico, pois isso depende dos fatores ligados a capacidade de resposta da vaca e do tipo de agente causador. Esse timo de afirmativa é difícil de ser feita, mas pode-se estimar que uma vaca com mastite clínica tem alta CCS (CMT +++).

Atenciosamente, Marcos Veiga
MARINA A. CAMARGO DANÉS

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 07/01/2009

Olá Professor Marcos,

Não entendi muito bem o procedimento prático dessa conferência do nível de vácuo, será que o senhor poderia detalhar um pouco mais?

Como realizo a medida do vácuo no copo da teteira?

Muito obrigada,
Marina

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado Marina de Arruda Camargo Danés,

Essa avaliação deve ser feita por uma pessoa especializada em checagem de equipamento de ordenha, pois é necessário um vacúometro calibrado. A maneira mais simples de fazer essa avaliação é introduzir uma agulha ligada a uma mangueira, a qual se conecta ao vacuometro, e fazer a avaliação da flutuação de vácuo (próximo a extremidade do teto) durante a ordenha.

A minha sugestão seria procurar o pessoal especializado das revendas e das empresas de equipamentos de ordenha que têm essa capacitação.

Atenciosamente, Marcos Veiga

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