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Seremos competitivos na exportação de lácteos? Parte 1 - O cenário externo

MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

EM 28/08/2009

6 MIN DE LEITURA

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Nessa semana, participei de um evento fechado promovido pela DPA para discutir a competitividade do leite brasileiro. Podemos ser realmente grandes exportadores de lácteos? Se sim, o que precisa ser feito?

São questões objetivas, mas complexas. Para discuti-las e encontrar possíveis caminhos, a empresa reuniu especialistas de outras cadeias produtivas que passaram suas experiências sobre o ganho de competitividade destes setores, bem como profissionais envolvidos com o setor lácteo. Estiveram presentes como palestrantes André Nassar, do Icone, Marcello Moreira, da Cargill, Antônio Jorge Camardelli, do JBS Friboi, Paulo Machado e Flávio Portela Santos, ambos da ESALQ, Paulo Carvalho, da UFRGS, Glauco Carvalho, da Embrapa Gado de Leite, eu e dois fornecedores da DPA, um de Minas Gerais e outro do Rio Grande do Sul, que apresentaram a estrutura de suas fazendas e seus custos de produção. Estiveram presentes também dirigentes de alguns dos principais laticínios do país e lideranças setoriais.

O artigo que desenvolvo a seguir representa a minha visão sobre a questão da competitividade, que não necessariamente é a visão de todos os participantes do encontro.

Há várias formas de se competir no mercado. Utilizando os conceitos clássicos de estratégia competitiva, uma empresa pode competir com base em custos ou em diferenciação. Na competição por custos, a empresa consegue ofertar no mercado um produto com a qualidade desejada e com menor custo do que os concorrentes. No caso da diferenciação, o sucesso decorre da inovação no desenvolvimento de novos produtos e investimentos na criação de marcas e reputação.

Considerando que estamos falando do mercado de commodities, nosso jogo é a competição custos, logicamente que dentro dos padrões de qualidade exigidos pelo mercado. E, hoje, considerando os preços externos, o câmbio e os preços internos, estamos longe de poder competir por custos, considerando preços externos de menos de US$ 0,25/kg de leite. O gráfico 1 mostra a relação entre nosso preço em dólar e a variação da taxa de câmbio. Percebe-se que, a partir de 2002, o leite se dolarizou: a variação da taxa de câmbio explica muito do preço do leite em US$ no mercado interno.



Há três possíveis análises decorrentes dessa situação: 1) os fatores exógenos - câmbio e/ou preços dos lácteos mudarão e ganharemos novamente competitividade; 2) esses fatores não mudarão significativamente e, portanto, estaremos fora do mercado internacional de lácteos como exportadores; e 3) os fatores não mudarão mas temos como competir, reduzindo custos de produção (logicamente que remunerando adequadamente a todos os agentes), considerando que cerca de 83% do custo de produção do leite em pó é leite, de forma que esse é o principal item a ser trabalhado.

É difícil apostar que nossa competitividade virá de mudanças no câmbio. O crescimento da economia brasileira tende a atrair investimentos externos e, ao menos se as coisas não andarem bem nos cenários internacional e interno, o real tende a se manter valorizado. E, de qualquer forma, depender do câmbio para ter competitividade é algo pouco sustentável, uma vez que é uma vantagem competitiva facilmente imitável e sujeita a políticas econômicas de governos que podem mudar as regras do jogo de uma hora para a outra. Portanto, embora o câmbio tenha um papel muito relevante e possa jogar por terra as estratégias de competição, por melhor que sejam, parece pouco sensato e confortável depositar nessa variável a fonte de nossa competitividade.

Vamos então ao segundo fator fora de nosso controle e que afeta nossa competitividade: os preços externos dos lácteos. Qual será o patamar de preços futuros, se é que se pode dizer que haverá um patamar?

De um lado, há evidências de que a maior parte do leite produzido no mundo, inclusive aquele que hoje ganha espaço no mercado internacional, não consegue ser produzido aos preços atuais de US$ 0,22 a 0,25/kg. Desta forma, deduz-se que em algum momento os preços voltarão a subir, caso contrário não haverá leite para ser transacionado entre os países. A questão é saber quando e, mais importante, para quanto.

Para começar a responder essa questão, iniciamos com o fato de que parcela significativa do leite comercializado entre países é carregado de subsídios para viabilizar a exportação, o que cria uma situação artificial, permitindo que os baixos preços permaneçam. Dessa forma, é uma questão-chave saber se realmente os subsídios à exportação praticados pela União Europeia serão extintos em 2013, como acordados, ou se serão mantidos diante dos baixos preços.

Outras questões caracterizam o mercado internacional de lácteos. O primeiro aspecto é que se trata de um mercado relativamente pequeno, representando apenas 5% do total produzido no mundo. Leite é um produto de consumo local, cuja produção cresce aonde o consumo cresce, o que tende a manter essa relação entre produção e exportação mais ou menos como é hoje, por um bom tempo. Além disso, os países importadores são basicamente países em desenvolvimento e os gastos com alimentação perfazem parte significativa da renda das famílias. Com isso, eventuais aumentos de preços de alimentos geram retração considerável na demanda.

Essas características nos remetem à conclusão de que um aumento significativo de preços no mercado externo, como o ocorrido em 2007, gerará um estímulo à produção global que, caso não seja consumida localmente, precisará ser exportada, saturando rapidamente o pequeno mercado externo, que gira pouco mais de 40 bilhões de litros anuais (uma vez e meia a produção brasileira). Como os preços altos tendem a desestimular o consumo nos países importadores, a saturação do mercado é ainda mais rápida. Foi o que ocorreu em 2008 e início de 2009, o que explica porque o leite foi das commodities que mais caiu, voltando a níveis pré-elevação de preços, como está no gráfico abaixo.



O que pode mudar esse quadro? Como já mencionado, um dos fatores seria a política de subsídios da União Europeia e Estados Unidos. No entanto, é provável que caso isso ocorra, uma possível perda de participação destes países no mercado internacional geraria no médio prazo mais uma reorganização dos participantes do que uma elevação significativa dos preços, dada a elasticidade-renda do produto.

Outro fator que poderia estimular preços mais elevados seria o aumento da renda per capita na África e na Ásia, principalmente e que, em dado momento, não teria como ser abastecido localmente. Nessa situação, o mercado internacional cresceria e abriria espaço para países que estão em uma faixa de custos mais alta (considerando as limitações de crescimento dos players mais competitivos), resultando em preços médios estruturalmente mais elevados.

Há, ainda, a questão da elevação dos custos de produção, que forçaria uma mudança estrutural de preços, mas que não necessariamente colaboraria para elevar nossa competitividade.

Em algum grau, as previsões trabalham com essa tendência. A FAO e a OCDE, em seu Outlook 2008-2017, preveem preços dos lácteos 40 a 60% mais elevados do que no decênio anterior. Isso resultaria em preços médios ao redor de US$ 3.000 a tonelada de leite em pó, sempre lembrando que a alta volatilidade desses valores será provavelmente um componente importante no mercado.

Considerando que essa análise faz sentido, a pergunta que fica então é se conseguimos crescer nossa produção de leite (e em tese esse crescimento só ocorrerá se a atividade for atrativa economicamente) a ponto de nos tornarmos exportadores estruturais, considerando preços de US$ 3.000/tonelada e câmbio, digamos, entre R$ 1,80 e R$ 2,00, que resultariam hoje em um preço de equivalência da matéria-prima entre R$ 0,55 e R$ 0,60/litro? Se sim, onde e como esse leite será produzido? O que mais temos de fazer como cadeia produtiva para competir nesse mercado, à luz do que outros setores fizeram e do que o setor leiteiro de outros países vem fazendo?

No próximo artigo, que prometo escrever nos próximos dias, vou discorrer sobre esses aspectos e fatores que podem ou não definir nossa competitividade, e que foram objetos de discussão do evento promovido pela DPA.

Peço a você que reflita também sobre a questão para que possamos criar nesse espaço um debate que possa orientar o setor.

MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.

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THOMAS STRAUSSS

SÃO PAULO - SÃO PAULO

EM 10/09/2009

Caro Marcelo,
Seu artigo é excelente e oportuno, infelizmente sinto que temos que responder a sua pergunta inicial com um claro e honesto: NÃO podemos ser realmente grandes exportadores de lácteos enquanto o preço do leite continua dolarizado e o Real supervalorizado. 30% ou mais de supervalorização da nossa moeda é um desastroso desestímulo para qualquer produtor. Durante 80 anos uma multinacional dominou o mercado brasileiro sozinho importando milhares de toneladas de leite em pó cada ano, depois as importações por vários motivos cairam e cairam e esta mesma multinacional se retirou parcialmente do mercado entregando 50% das suas unidades lácteas para sua concorrente na forma de uma JV com a DPA. Este e outros fatos mostram claramente que para as indústrias lácteas internacionais o mercado brasileiro hoje é pouco atrativo. Nossa chance é atender cada vez melhor e com mais inovações o mercado local e fazer produtos como WPC e outros que poderiam geram lucros também para os integrados das respectivas indústrias para num momento de desdolarização do preço do leite atacar o mercado externo com produtos novos.

Grande Abraço !
AFRANIO DE SOUZA MAGALHAES

JI-PARANÁ - RONDÔNIA - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 07/09/2009

Parabens pelos artigos!

Acredito que se as empresas de laticinios, governo e produtores destinasse parte de seus lucros com o marketing de seus produtos divulgando a importancia do leite na dieta alimentar e desenvolvesse ações para para fidelizar seu fornecedor de materia prima com suporte tecnico para obter produtos com qualidade, e auxiliando em ações para reduzir os custos de produção, resolveriamos parte dos problemas como aumentar o consumo interno e consequentemente o mercado externo.


Abraços!
RODRIGO THÜRMER AZEVEDO

CHAPECÓ - SANTA CATARINA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 30/08/2009

Caro Marcelo,

Parabéns pelo artigo.
Se possível gostaria que abordasse a sua opinião sobre a importância da vigilância sanitária em prol da qualidade exigida no mercado externo, e também o assunto do baixo consumo nacional na linha Láctea, será que esse não seria o caminho mais curto para a tão desejada estabilidade?
Desde de já agradeço pela atenção.
Abraço
EDUARDO MACIEL FURQUIM

CORDISLÂNDIA - MINAS GERAIS

EM 29/08/2009

Gostei muito deste artigo e confesso que fiquei muito animado com essa perspectiva de competitividade no mercado externo. Na minha opinião, antes disso temos de criar o habito de beber leite. É uma questão cultural, pois renda para isso o brasileiro ja tem. O grande problema é que a turma parece que está mais no refrigerante e no suco. Esses dias vi uma propaganda de leite de soja que falava das vantagens de não ter lactose. Achei um absurdo. Voltando à competitividade; temos de trabalhar desde já com a qualidade de nosso leite. Se todos os produtores se preocuparem com isso a missão ja estará cumprida. Colocar qualidade no leite é moleza. Basta querer e trabalhar em cima disto.
SAVIO

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 29/08/2009

Bom dia Marcelo;

Na minha opinião a competitividade por um mercado externo abastecedor de países em desenvolvimento é determinada por apenas um aspecto; preço. Teremos que ser competitivos em preço para vendermos para países em desenvolvimento e alguns em situação até pior que a nossa. Hoje não somos e talvez nunca seremos.

O mercado externo que vale a pena concorrer, não conseguimos atender por não nos enquadrarmos nos padrões de qualidade dos grandes exportadores mundiais.

Como comentei em um editorial anterior, acho que essa discussão sobre competitividade externa passará a ser mais frequente em nosso ramo porque entraremos em breve em uma situação de excesso de produção permanente, por conta dos crescimentos anuais de produção interna serem maiores que o crescimento de consumo interno em nosso país.

Aí entra a questão que me aflinge: Se temos um mercado interno com tantas possibilidades de crescimento, se estamos entrando em uma posição de excesso constante, se ainda não atingimos os padrões de qualidade dos maiores países exportadores para brigarmos por mercados mais rentáveis e interessantes, porque não valorizarmos o mercado interno?

Recentemente uma empresa uruguaia, como noticiou o MilkPoint, adiou seus planos de instalar uma unidade de produção no Brasil por conta da limitação que o governo brasileiro impôs à importação de leite em pó daquele país. Repito, nosso mercado interno é muito promissor, eles queriam produzir leite uruguaio aqui dentro.

Uma outra empresa, produtora de bebida de soja, desenvolveu uma bebida com teor de cálcio equivalente ao calcio do leite e anunciou no horário nobre da Globo: "Aumentamos a quantidade de cálcio e não tem lactose", querendo claramente ocupar espaço do leite nos mercados pelo país à fora.
Acredito que antes de entrarmos em uma fase de "revolução" exportadora, que na verdade nada mais é que desova de excessos, deveríamos nos utilizar de uma organização de setor em virtude de captarmos recursos financeiros dos demais agentes de mercado lácteo para uma campanha de marketing coletivo. Se aumentássemos em 3% nosso consumo per-capita ficaríamos bons anos longe do canibalismo do mercado externo.

Se uma empresa processadora de bebida pode pagar 30 segundos no horário nobre da Globo, o que não podemos fazer com um setor inteiro com o volume de faturamento que representamos hoje nos quatro cantos desse país.

Como disse em um comentário anterior acho que os dias melhores devem vir para o nosso setor, mas que não seja por acaso, mas sim por merecimento.

Um abraço a todos;
Sávio Santiago
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/08/2009

Caro Marcelo Carvalho

Parabens pelo artigo, muito oportuno.

No início do seu artigo, antes de iniciar uma analise cuidadosa das possibilidades de termos preços competitivos para exportar o leite como commoditie, você formula uma pergunta: podemos ser grandes exportadores de leite?

Eu acho que tem uma pergunta importante a ser respondida quando pensamos em ser grandes exportadores de leite: qual o espaço para as exportações de leite no mundo? Seria interessante verificar a produção, o consumo e as importações de leite nos vários paises do mundo para avaliar esse espaço.

Interessante também seria avaliar os potenciais compradores do leite brasileiro no mercado internacional.

Óbviamente não serão os paises da Oceania, particularmente a Nova Zelândia, que tem pequeno consumo e suas produções voltadas para a exportação. Com certeza também não serão os USA e os paises da União Européia, que no conjunto tem produção em torno de 225 bilhões de litros ( os sete produtores seguintes no ranking mundial juntos produzem cerca de 177 bilhões de litros ), subsidiam suas produções, tem estoques elevados que precisam desovar subsidiando suas exportações e distorcendo todo o mercado mundial. Com essa concorrência desleal de subsidios para produção e exportação qualquer país que quiser concorrer com estes paises na exportação de leite como commoditie terá que aviltar os preços a seus produtores e colocar em risco a sustentabilidade de sua pecuária leiteira. E não tenhamos ilusões, os subsidios nesses paises desenvolvidos continuarão por longo preço, pois apesar disso seus produtores reclamam do preço que recebem e tem grande força organizacional e política. Na própria Nova Zelândia, grande exportadora e que compete com USA e União Européia no mercado internacional, com todo seu sistema voltado para essa finalidade e para reduzir custos de produção, vemos com frequência reclamações dos preços que recebem.

Mas se quisermos ser grandes exportadores e competir no mercado internacional, quais os paises potenciais para absorver nossas exportações?

Imediatamente passa pela cabeça paises com grande população, como a China, a India e a Rússia. Mas esses paises hoje tem produção maior que a nossa. Na China, a grande vedete no aumento de consumo, também se verificou um grande aumento na produção. Parece que as produção média das vacas leiteiras na China é da ordem de 3.000 kg, o dobro da produção das vacas no Brasil, de cerca de 2.500 kg. Varia noticias evidenciaram o interesse de grandes empresas em investir na produção de leite e lacteos na China. Será que com seu potencial de consumo a China optaria pou uma política de ser grande importadora der leite e lácteos, ao invés de investir na produção de leite e lácteos no próprio país, atividades sabidamente grandes geradoras de empregos e renda? Essa mesma pergunta vale para outros paises de grande população. Essa dúvida me leva à pergunta: será que interessa ao Brasil e à sua pecuária leiteira um crescimento voltado para ser grande exportador de leite?

Acredito que no segmento de seu artigo seria muito interessante uma analise do espaço no mundo para as exportações de leite e uma discussão se interessa ao Brasil e sua pecuária leiteira voltar o crescimento de sua produção para ser grande exportador de leite como commodity.

Grande abraço,

Marcello de Moura Campos Filho

<b>Resposta do autor:</b>

Caro Marcello,

Essa é uma discussão pertinente. O tamanho do mercado externo futuro dependerá de vários aspectos, como colocado no artigo. A principal, creio, é se a produção na África e Ásia será suficiente para abastecer a demanda crescente desses países. O mesmo sobre América Latina. Acho que no curto prazo as oportunidades no mercado externo são modestas e restritas às estratégias de uma ou outra empresa. O vetor mais viável para o crescimento da produção, ao menos no horizonte que enxergamos, é o mercado interno. E, nele, fazemos pouco coletivamente para transformar esse potencial em realidade.

Grande abraço,

Marcelo

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