Qual é o futuro do leite brasileiro? |
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO
Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.
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RAMON BENICIO LIMA DA SILVANITERÓI - RIO DE JANEIRO EM 03/04/2010
Prezados amigos,
Interessante como estamos sempre a correr ao redor de um tema bastante controverso: Sistemas de produção. Eu gosto sempre de revisar as informações a respeito do tema visitando o site do USDA, impressiona como eles coletam, organizam, distribuem e analisam as informações sobre a pecuária de leite nos EUA. Não sei se um dia teremos esta capacidade. Um dos projetos mais interessantes chama-se "Small Farm Funding Resources" nele os pequenos produtores podem preencher um formulário eletrônico, listando algumas informações básicas sobre sua atividade, algumas informações sócio-economicas familiares. A interação governo-produtor é direta, sem interferencia. Em paralelo o produtor tem a sua disposição inúmeros cursos de aprimoramento de forma a cumprir as exigências/metas do programa no qual se inscreveu. Lá o produtor corre atrás do seu aprimoramento e dos programas que o governo americano disponibiliza. Lá eles já sofreram o suficiente. Quem viu o filme "Vinhas da Ira" ou o documentário sobre as nuvens de poeira que assolaram os EUA nas décadas de 10 e 20 sabe perfeitamente do que falo. Eles estão tentando integrar todos os sistemas de produção, buscando a otimização em todos os níveis. afinal um grande rio existe por que seus afluentes, sejam córregos ou rios caudalosos, continuam perenes e protegidos. Vai abaixo um link de um trabalho interessante produzido pelo USDA, muito atualizado e com uso de ferramentas matemáticas: http://www.usda.gov/oce/forum/2010_Speeches/Presentations/CessnaJ.pdf Um grande abraço Ramon Benicio |
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PAULO ROBERTO VIANA FRANCOJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 27/03/2010
A Agritura familiar esta ligda na producao de leite, porque todo produtor so sera viavel com producao eleveda por area e o programa Balde Cheio e uma alternativa para todos os produtores. Basicamente a mudanca comeca pela qualidade do volumoso, com uso correto das forrageiras em sistema intensivo, por que toda propriedade tem area a serem sistematizadas e intensificadas. Depois de ler o exelente artigo, fico mais convecido de que a mudanca nos produtores e mais de atidude, para em seguida ser tecnica. Recomendo aos produtores fazerem contato com FAEMG para conhecer o programa, por que todos os produtores devem ter um programa de acompanhamento, ter assistencia tecnica continua, para avaliar a viabilidade da atividade. Abracos Paulo Viana
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GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCOJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 10/01/2009
Prezado Marcelo: Os apologistas do leite a pasto, parecem estar nos tempos dos latifúndios, onde a terra era farta e as pastagens a perder de vista. Gostaria de saber deles como o Sr. José das Couves vai criar gado de leite a pasto, tendo ele, apenas e tão somente, três alqueires de terra acidentada na zona da mata mineira, a ponto de valer a pena? Se ele não confinar seu rebanho e não plantar os três alqueires (não contando o espaço destinado às matas e benfeitorias) com cana, milho para silagem e algum capim para implementar o trato, não passará dos trinta litros/dia, inviabilizando a produção. Por isso, as panacéias são muito pessoais, ou seja, a "mezinha" que cura um doente pode matar o outro.
Feliz o Antônio Carlos Guimarães Costa Pinto em suas divagações acima expendidas. As realidades são muito distintas no Brasil, tal como num caleidoscópio. Mas uma vaca que produza mais de quarenta litros/dia, seja o sistema que for, nunca dará prejuízo. Infelizmente, via de regra, só as confinadas podem atingir este patamar, porque ingerem a dieta necessária para tanto. Parabéns e um abraço, GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO FAZENDA SESMARIA -OLARIA - MG |
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ARNOLDO DE CAMPOSBRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS EM 29/12/2008
Caro Marcelo,
A reflexão é pertinente, ela vem ocorrendo há muito tempo. Acho que a sua análise ainda carece de maior profundidade quando trata da agricultura familiar. A competitividade dela não se dá apenas pelo baixo custo de produção e pela baixa dependência de insumos externos, mas também pela sinergia com outras atividades na propriedade, sendo a sua remuneração dada pelo conjunto da propriedade e não apenas pelo leite. Isso permite atravessar os momentos de crise com menos dificuldades que para os demais. As vezes uma visão mais simplista da agricultura familiar leva ao raciocínio de que há baixa remuneração dos fatores de produção. Nem sempre é o caso. Muitas vezes o produtor de leite tem nível de vida compatível com alto IDH, possuindo bens, acessando serviços e tendo longevidade. Essa capacidade de combinar sistemas de produção tornando competitiva a sua participação em atividades específicas, como é o caso do leite, considero uma fortaleza que deve ser potencializada pelas políticas públicas no longo prazo. É um bem do país. Nem todos podem contar com esse tipo de potencial. Pequenos investimentos podem resultar em grandes aumentos de produtividade. Abraço e bom 2009, Arnoldo <b>Resposta do autor:</b> Caro Arnoldo, Obrigado pela mensagem, cujo teor faz bastante sentido. Certamente, há outros aspectos envolvidos na competitividade da agricultura familiar, como essa complementariedade de atividades que contribui para viabilizar a agricultura familiar. De qualquer forma, a baixa remuneração dos fatores de produção, em minha opinião, deve ser uma preocupação. Curiosamente, o artigo surgiu de uma conversa via fone com o Arnaldo Bandeira, da Emater-PR, em que levantamos essas questões. Um abraço a você e um ótimo 2009. Marcelo |
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ANTONIO CARLOS GUIMARAES COSTA PINTOBELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 07/12/2008
Caros colegas
O assunto que mais se discute é qual sistema de produção: a pasto ou confinamento. O que definirá qual sistema é o preço da terra, ou seja, onde a terra for barata, pasto. O contrário, confinamento. Pois não adianta reduzir custos na produção se o custo do seu imobilizado for muito alto. Tem o custo de oportunidade de outras atividades (milho, soja, cana, etc). E tem ainda o custo da mão de obra na região. Então este discurso de gado a pasto não tem fundamento algum para comparações com produção de outros paises. É muito infeliz a comparação da produção de 5 vacas na India contra 5000 nos EUA. Tem que observar a qualidade de vida deste produtor com a do outro. Agora, a partir do momento que voce está produzindo, tem que tirar ao máximo de cada animal, pois senão estará perdendo sua capacidade produtiva. Deveríamos lutar pela volta de cotas de produção, para mantermos o mercado normalizado e o produtor protegido. Abraços |
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DUILIO MATA DE SOUZA LIMABOM SUCESSO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 07/12/2008
Parabéns pelo artigo Marcelo.
Apesar de concordar com muito do seu artigo, quero opinar a respeito da cadeia leiteira brasileira haja visto que desde 2000, quando comecei a trabalhar diretamente com a atividade, estes sobressaltos no valor pago ao produtor ocorrem com uma frequência assustadora. São alguns meses com bons preços e muitos meses com valores muito baixos. Vejo que apesar de todo o potencial de crescimento do Brasil, ficam as seguintes perguntas no ar: Será que a IN 51 não passa a vigorar por que quando a demanda é menor do que a oferta qualquer leite se faz necessário recebê - lo? E quando a oferta esta maior que a demanda o preço pago é tão ruim que não se tem condicões de exigir padrão nenhum? Na minha opinião, o primeiro passo é regulamentar como se entra no mercado leiteiro, uma vez que qualquer pessoa adquirindo animais e em qualquer propriedade sem regra nenhuma basta ligar para uma empresa captadora de leite e passa a ser produtor. Como que podemos falar em padrões de qualidade, em regras de mercado, se não existe nenhuma no nosso país. Como posso pedir a algum produtor para melhorar padrões se em nosso país não existe padrão nenhum. È um absurdo um país falar em ser exportador tendo regras diferentes para as suas regiões produtoras como a IN 51 mostra. Para mim, fica um certo preconceito em relação ao mercado sendo que sempre se fala em melhorias do setor e os produtores grandes ou pequenos estão cada vez mais empobrecidos e esta realidade é muito preocupante, não. |
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L. FERREIRA DE AGUIARPATROCÍNIO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 05/12/2008
O caminho certo para ter êxito como produtor de leite no Brasil, foi apontado com muito brilhantismo pelo sábio especialista em pecuária de leite a pasto da Nova Zelandia, Dr. Colin Holmes, em um dia de campo em Uberlândia MG, no ano de 2005.
Quando perguntado sobre o cruzamento de jersey com holandês, ele disse que deveriamos deixar de imitar os modelos de produção de outros paises e criarmos o nosso próprio sistema com gado a pasto, sem querer criar raças puras européias ou cruzamentos feitos nesses paises. E citou o quanto poderia ser vantajoso para nós cruzarmos gado gir leiteiro com touros holandeses, nas palavras dele o mais rústico com o mais produtivo. Se temos terra, sol, tecnologia para produzir alimentos com preços bem menores do que os de paises de clima temperado e mão de obra relativamente barata. Não justifica criarmos gado confinado consumindo grande quantidade de ração. Parece uma grande vantagem contar que tem um rebanho com média diária de vinte ou trinta litros, quanto maior o número mais bonito, só que no fim do mês a coisa fica feia pois a conta fecha no vermelho, e o prejúizo também é maior. Quanto mais se produz mais oferta e menores preços, é a lei de mercado. E ainda temos que engolir o relativismo dos governantes e burocratas de plantão, que querem nos impor um preço de referência de R$ 0,47 e paga a seus eleitores de carteirinha R$0,70. E o mercado nos paga por volume produzido, quanto mais se produz mais recebe por litro, assim o médio produtor, aquele que paga um funcionário, nunca vai ter chance de crescer, a menos que consiga fornecer sua produção para os programas governamentais. No Brasil de hoje tem que ter grandes extensões de terras para produzir barato, ou praticar a chamada agricultura familiar; ser médio no Brasil, é caminhar para o abismo da falência. Ou se é grande ou se vive debaixo do manto protetor do estado sindicalista de plantão. |
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RAYMUNDO REGNER DE OLIVEIRA FILHOCRISTALINA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 04/12/2008
Prezado Dr. Marcelo,
Fiquei impressionado pelo ideal nível dos missivistas, na abordagem do assunto e na inteligibilidade da escrita, que não mediram palavras em reconhecer as virtudes do seu tão bem posto artigo. Entendo que persistem, sem resposta, as minhas indagações, o que dá razão a quem escreveu que a atividade depende da opção pelo gado a pasto, minimizando custo, e da administração doméstica ou familiar, que em nada contribui para o crescimento da atividade, sendo a antítese do esperado desenvolvimento nacional. No inter-relacionamento produtor/cooperativas ou indústrias de laticínios, a bilateralidade contratual inexiste, levando aquele a conjeturas sobre utópicas diminuições do custo relacionado aos insumos, em expectativa de que possa superar os odiosos obstáculos que se originam de fatores inatingíveis por uma ação isolada, concluindo-se, pois, sobre a carência de uma ação organizada daqueles que, na cadeia produtiva do leite, primeiro produzem. Seria muito bom que o assunto fosse abordado em toda a sua extensão, inclusive considerando aqueles argumentos que suscito nos meus comentários acima publicados. Atenciosamente, Regner |
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ROBERTO ANTONIO PINTO DE MELO CARVALHOBELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 03/12/2008
Marcelo, meu abraço e parabéns por mais um oportuno e competente artigo.
Meu modo de ver: não pode existir, para produção de leite economicamente sustentável, um modelo único para o Brasil. Baseados na bem colocada comparação entre o criador de 5 vacas na Índia e a fazenda de 5000 vacas nos E.U., vamos comparar os criadores de 10 ou 1000 vacas no Brasil (para ficar com números bem "brasileiros", e entre eles, e as diversas escalas intermediárias). Pode haver um modelo viável, diferente para cada uma dessas escalas. A escala e o respectivo modelo dependerão da disponibilidade de cada um dos fatores de produção, coordenados e harmonizados pelo principal, a capacidade relativa de gerenciamento. No Brasil, são muito poucos os que podem adotar o modelo norte -americano de gado europeu ossudo e frágil, mantido em free stalls. Aqui entro mais uma vez com a propaganda da raça Girolando: de boa genética, pode propiciar a mágica flexibilidade de produzir em condições lucrativas no tempo das "vacas magras" ou das "vacas gordas". A boa genética garante expressivo aumento de produção quando o bom preço do leite recomenda o manejo intensivo; a rusticidade mediana garante a condição de produzir a pasto se o preço baixo para isso sinaliza. Essa raça já existe, sem depender sempre do cruzamento com as raças geradoras, o Gir e o Holandês, o que muitas vezes traz dúvidas para o criador quando quer manter o grau de sangue entre 5/8 e 3/4 holandês. A resposta, em parte lembrada pelo colega L. Aguiar, de Arcos, está pronta: touros puros sintéticos da raça Girolando, ou mesmo 5/8 ou 3/4, através de inseminação (para os que a ela têm acesso) ou monta natural, usando bons reprodutores, registrados, de criatórios confiáveis. Vamos usar a nossa raça tropical e ganhar a flexibilidade que o mercado exige, e ainda por muito tempo, exigirá. Sucesso! Roberto Melo Carvalho |
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ROBETO AMARAL RODRIGUES ALVESBOA VISTA - DISTRITO FEDERAL EM 02/12/2008
Não há como deixar de solidarizar-se com os demais comentaristas sobre o excelente conteúdo do tema, até porque encerra uma visão articuladamente positiva e futurista do autor - Marcelo. Se graficamente as perspectivas para o leite são boas, quais seriam, por extensão ou por dedução do autor, os preços minimos a serem praticados já em 2009, para possibilitar a chegada desse novo porvir de "leite e mel" sonhado para o Planalto Central, na visão de Dom Bosco que escreveu "aparecerá neste sítio a terra prometida de onde fluirá "leite e mel".
Abraços candangos Roberto Rodrigues Alves. Brasilia - Planalto Central |
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JOÃO TADEU GREJIANINGUARACIABA - SANTA CATARINA - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 02/12/2008
Marcelo,
Parabens pelo artigo sobre qual o futuro do leite. Eu tambem entendo que quem tiver uma boa gestão na sua propriedade e, principalmente nós no Brasil, que temos o previlegio de ter um clima e solo muito melhores do que paises que oferecem seu produto (leite) com custo baixo e, qualidade. |
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MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHOCAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 01/12/2008
Caro Marcelo
Parabens pelo artigo "Qual o futuro do leite brasileiro?", onde você mostra muito bem as principais cartas que influenciarão o "jogo" do leite brasileiro. Parte desse jogo dependerá dos jogadores que estão dentro do agronegócio brasileiro. Com relação a esses jogadores, que fazem parte do agronegócio brasileiro, creio que o futuro poderá ser promissor se houver entendimento que ninguem pode ganhar só, que a guerra fiscal prejudica a todos pois distorce a competitividade real, que a fraude tem que ser abolida e que a qualidade do leite e lácteos é fundamental, que a prioridade deve ser focada no mercado interno e que o crescimento das exportações, sem dúvida é importante, será obtida como um bonus se o foco principal for o crescimento do mercado interno, a melhoria da qualidade do leite e lácteos, e a competitividade em todos os elos da cadeia produtiva. No entanto, o jogo também dependerá de jogadores internacionais que sequer fazem parte do agronegócio do leite. São os grandes jogadores, que influenciarão o futuro do mundo e que definirão se as mudanças pós crise serão reais, abrindo novos caminhos, ou se serão apenas para trocar seis por meia dúzia. É dificil mudanças reais se os grandes jogadores insistirem que o mundo deve ter apenas 7 países que contam (G7) e que o resto é o resto e deve gravitar em torno deles. Em 1944, como consequência de duas guerras mundiais e da crise de 1929, foi realizada a célebre conferência de Bretton Woods, tentando mudanças para melhorar a combalida economia das nações. Mas na realidade o que lá aconteceu foi uma troca de 6 por meia dúzia, quando a proposta de Keynes foi rejeitada por oposição frontal do chefe da delegação dos USA (país que na época já tinha a hegemonia mundial e já era o maior credor do mundo), Harry Dexter White, que colocou a proposta vencedora que resultou na criação do FMI e do Banco Mundial. Quando a proposta de Keynes foi descartada e adotada a proposta americana, Geoffrey Crowther, então diretor da revista "Economist" alertou que o mundo iria lamentar profundamente o fato da proposta de Keynes ter sido rejeitada. A troca de 6 por meia dúzia de fato levou a economia a superar, num primeito momento, as dificuldades, mas levou a economia do mundo num rumo que desembocou na crise atual. O que os grandes jogadores decidirão: mudanças reais ou nova troca de seis por meia dúzia para tapar o sol com a peneira? Penso que a resposta a essa pergunta, que não depende apena de jogadores no Brasil, é fundamental para a resposta sobre uma pergunta formulada no seu artigo sobre o futuro dos pequenos de leite produtores brasileiros, e que influenciará a evolução da produção de leite no Brasil. Abraço, Marcelo |
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REGINALDO CLASEN MACIELCANGUÇU - RIO GRANDE DO SUL - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 01/12/2008
Caro Marcelo,
Achei muito interessante seu artigo e gostaria de contribuir para o crescimento dessa discussão. Trabalhamos com qualificação de produtores de leite desde 1996 e temos a plena convicção de que o crescimento não virá através do emprego de tecnologias mirabolantes, altos investimentos e outros tantos que vimos por aí, mas sim pela mudança de atitude, pela união dos setores ligados ao setor e pelo conhecimento proporcionado ao produtor. De que adianta um grande investimento em instalações e genética se, muitas vezes, não temos conhecimento das reais necessidades do nossos animais, quanto comem e o quanto podem produzir a pasto. Acredito que a salvação da atividade leiteira começa pelo trabalho de qualificação do produtor, pela produção de leite tendo como base o pasto, que é o alimento mais barato que existe e, principalmente, pelo gerenciamento da propriedade como se fosse uma empresa, não importando tamanho. Se tivermos qualificação, produção a baixo custo e gerenciamento, fica menos complicado enfrentar as crises futuras ou até mesmo planejar os investimentos. |
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DOMINGOS ROGÉRIO DONADELSÃO MIGUEL DO OESTE - SANTA CATARINA - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 01/12/2008
Marcelo
Parabens pelo teu artigo. Expõe de maneira clara e isenta de paixões a questão do futuro do leite. Quanto ao futuro dos produtores, uma coisa ao meu ver é certa: sobreviverão aqueles que forem competitivos e, neste sentido, ser competitivo é apresentar entre outros requisitos um baixo custo de produção. Certamente a dependência de insumos externos à propriedade será um fator de pressão sobre os custos de produção. Faço aqui também minha as palavras citadas pelo Helvélcio. Já ví muitos produtores "altamente tecnificados" quebrarem financeiramente com crises, pois a remuneração pela produção não cobria os seus custos. Neste sentido, temos de pensar não apenas em eficiência produtiva e sim na eficiência econômica, pois é esta que assegurará a sobrevivência e o desenvolvimento da atividade leiteira. Assim, vejo como fundamental sistemas de produção que explorem ao máximo o potencial produtivo de pastagens e que o dimensionamento do rebanho esteja de acordo com a produção forrageira da fazenda. Abraços Engº Agrº Domingos Rogério Donadel EPAGRI - São Miguel do Oeste (SC) |
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PAULO MARTINSJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 30/11/2008
Caro Marcelo,
Sem dúvida, esse é o melhor artigo publicado em 2008 e um dos melhores que você já escreveu. Toca num assunto sempre atual, estratégico, porém nunca discutido de modo plenamente racional, com profundidade e sem paixões. Acredito que ainda não havia chegado a hora, até então. O setor evoluiu a partir de 2007, quando passou a exercitar a busca da construção de cenários, de modo sistemático. Agora é hora de prepararmos o salto quântico e começarmos a pensar em construir o longo prazo no presente, construindo uma agenda, em que produtores, industria, governo e academia atuem de modo articulado. Por exemplo, vejo em seu artigo, uma fonte de inspiração para a pesquisa. <b>Resposta do autor:</b> Caro Paulo, Quem escreve sempre aguarda aprovação, e quando ela vem dessa forma e de quem veio, o sentimento é de missão cumprida. Tenhor certeza que, na construção desse futuro, você terá papel muito importante. Grande abraço, Marcelo |
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LUIZ PITOMBOSÃO PAULO - SÃO PAULO - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA EM 29/11/2008
Prezado Marcelo,
Considero as questões apontadas fundamentais e foram muito bem apresentadas em sua complexa relação. É indispensável que os integrantes da cadeia de laticínios do país, em especial os produtores, reflitam e passem a agir também com metas de médio e longo prazo; cada qual com os pés no seu próprio ambiente, mas visualizando um planeta que se transforma e da oportunidades únicas aos "emergentes". Boa parte das cartas já está na mesa! |
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