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Possíveis mudanças no perfil da produção de leite no Brasil

MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

EM 16/12/2011

7 MIN DE LEITURA

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Um dos objetivos do MilkPoint, desde seu início em abril de 2000, é levantar pontos relevantes para a estruturação do setor e que não haviam sido abordados antes, ou pelo menos não de forma abrangente. Tendências que não estão ainda tão claras, ameaças e oportunidades futuras estão entre estes pontos.

A concepção de um desses possíveis pontos começou a se delinear no Interleite 2011, realizado em Uberlândia/MG. Certo dia, ou melhor, certa noite, estávamos alguns produtores do Brasil e quatro produtores norte-americanos em um bar, conversando sobre a atividade. Os norte-americanos, que juntos produziam algo em torno de 5 milhões de litros/dia (sim, o número é esse; se fossem um laticínio, seriam o terceiro do Brasil), começaram a considerar a hipótese de investir no Brasil, começando "pequeno", com umas mil vacas em lactação.

Falamos para eles que não era tão simples assim. Afinal, aqui não eram os Estados Unidos. Para eles, essa diferença era algo difícil de compreender. Porque o Brasil ainda não "tinha acontecido" no leite? E, para eles, acontecer era atrair grandes investidores, ter mega-fazendas com alta produtividade, eficiência e sustentabilidade, enfim estar preparados para suprir a demanda crescente, com qualidade e custos competitivos.

Fiquei com esse dilema para resolver. Porque, no espaço de 17 anos, entre o primeiro Interleite e o último, um produtor como Ron St. John cresceu quase 9 vezes (de 2 mil para 17 mil vacas), ao passo que grandes produtores brasileiros talvez tenham dobrado de tamanho no mesmo período, sem o mesmo dinamismo? O último levantamento do Top 100, que reúne os 100 maiores produtores de leite do país, indicou modesto aumento de 1,8% sobre a produção de 2009; no ano anterior, aumento ainda menor: 0,75%. O que acontece com nossa capacidade de expansão nesse tipo de propriedade, que deve vender o leite melhor e ter acesso a mais tecnologias, custos mais baixos de insumos e outras vantagens competitivas?

Ao mesmo tempo, pode-se argumentar - corretamente - que nossa produção cresce, e significativamente. Os dados do IBGE indicam crescimento de 4,43% de 2000 a 2010, um dos mais altos do mundo e acelerando-se em comparação à década anterior, quando o crescimento, já considerável, foi de 3,18%.

Ou seja, o Brasil tem acontecido sim no leite. E porque temos que seguir o modelo norte-americano ou qualquer outro de produção em larga escala, se nossa produção cresce de forma consistente, a ponto de atrair investimentos na área industrial e chamar a atenção de empresas que não estão ainda presentes em nosso mercado? Porque não podemos ter nosso crescimento baseado em centenas de milhares de pequenos produtores, como historicamente tem acontecido, sendo o leite sempre considerado a atividade mais relevante do ponto de vista social, quando se fala nas atividades agropecuárias?

É nesse ponto que a análise do cenário futuro pode destoar da análise do presente ou do passado. O Brasil mudou muito nesses últimos 15 anos e muito do que se fala e se discute no setor está ancorado em uma realidade que vai deixando de existir.

Não é apenas a produção de leite que cresce, mas também a economia brasileira (aliás, é interessante como o leite acompanha o crescimento do PIB), o emprego, a renda, as oportunidades. Nesse contexto, o aumento da renda nas camadas mais pobres da sociedade eleva o custo de oportunidade da mão-de-obra, com impacto em uma atividade intensiva em mão-de-obra como o leite (obviamente que esse mesmo trabalhador com renda mais elevada é quem garante o crescimento do mercado, como já havia proposto Henry Ford, há quase 100 anos). O problema é real e está sendo sentido pelas propriedades: recentemente, uma notícia sobre a falta de mão-de-obra teve grande repercussão no MilkPoint.

A mudança não se reflete apenas na questão da dificuldade de mão-de-obra, mas também da própria continuidade da atividade por parte da geração seguinte. Com apenas 6% de desemprego e com a multiplicação das opções de ensino, como faculdades regionais que abrem novas perspectivas, muitos filhos de produtores de leite não continuarão na atividade, sem que isso signifique que engordarão as filas de desempregados nas cidades (ou seja, aquela associação histórica de êxodo rural com pobreza talvez não caiba nessa nova realidade, pelo menos da forma como se concebia).

Nesse sentido, para permanecerem na atividade é importante que aumentem a produção e a produtividade, afinal 20 vacas não são mais suficientes para compensar o custo de oportunidade do trabalho. Esse produtor precisará investir - e aqui entra mais um fator que força nessa direção: o custo de oportunidade da terra, à medida que a abertura de novas áreas torna-se mais difícil e que a competição da produção de alimentos com madeira, combustível e outras finalidades se intensifica, elevando o preço da terra e, assim, estimulando por essa via também o aumento da produtividade.

Essa transformação já está acontecendo e representa uma prova para o crescimento do setor leiteiro em uma realidade distinta daquela verificada em décadas passadas, quando o leite crescia, porém muito mais associado à única opção para pequenos produtores familiares, do que como opção eleita entre várias alternativas disponíveis. Quer um exemplo dessa transformação? A repercussão de projetos como o Balde Cheio é um deles, ao permitir que sejam dadas condições e estímulo para que estes pequenos produtores permaneçam na atividade e possam competir com outras alternativas mesmo em áreas de terra mais cara e oportunidades de trabalho.

E os dados oficiais confirmam as mudanças pelas quais estamos passando. Paulo Martins escreveu recentemente o artigo Quem desiste de produzir leite?, que já é um dos artigos mais comentados do MilkPoint, com mais de 100 postagens.

Analisando os dados do Censo 95/96 e 2006/07, ele mostra que a faixa dos produtores de menos de 50 litros/dia encolheu de 1,5 milhão para 1,0 milhão, isto é, cerca de 500 mil pequenos produtores ou deixaram a atividade ou mudaram de faixa, passando a produzir mais de 50 litros/dia.

Sem dúvida, há o problema social dos que deixaram a atividade, principalmente se o nível de escolaridade for baixo e a faixa etária mais avançada, cabendo à sociedade e ao governo lidarem com a questão, que é relevante. Mas não tende a ser um problema de produção.

O que chama a atenção nesses dados é que a proporção do leite produzido pelos produtores acima de 200 litros, isto é, os "grandes", encolheu: representavam 28% da produção em 1995/96 e passaram a representar 20,1% em 2006/07. De 34 mil produtores, passaram a ser 14 mil. Sua contribuição em volume pouco se alterou no período.

É nesse ponto que argumento o desafio que temos. Considerando que o pequeno (esse de menos de 50 litros, para usar as faixas do IBGE) não representará a base do crescimento da produção, pois a geração seguinte terá outras maneiras mais interessantes de ganhar a vida, e que o grupo dos grandes perde participação, como o leite continuará crescendo a taxas de 3-4% ao ano, para fazer frente à demanda que certamente continuará elevada?

Analisando novamente os dados apresentados por Paulo Martins, fica evidente que a resposta neste período esteve na faixa intermediária, de 50 a 200 litros, que passou de 10,5% dos produtores para 18,6%; de 35,9% da produção para 53,2%. Porém, os dados do Censo não captaram a brutal elevação nos preços dos alimentos ocorrida a partir de 2007, quando a agricultura voltou a fazer parte da agenda prioritária dos governos. Como esse produtor responderá a essa nova realidade, em que cana-de-açúcar, madeira, outras atividades e mesmo o emprego urbano ganham força? Estes produtores conseguirão fazer a transição para a etapa seguinte?

Nesse novo contexto, um dos caminhos para mantermos o crescimento, a meu ver, está justamente no que chamamos de ambiente de investimentos na atividade. Que estruturas sociais existem e que estimulam ou afastam os investimentos? Esse é um tema que ganhará importância crescente não só no Brasil, mas em diversos outros países. Em um mundo de oportunidades, não bastam as condições naturais para produção, mas sim todo um contexto de fatores que precisam existir para que o investidor (produtor) decida pelo investimento no leite.

Estamos aqui falando da existência de ferramentas de gestão de risco (ex: mercados futuros e contratos de longo prazo, indexados de forma transparente); regras do jogo claras e consistentes (o que, afinal, será da IN 51?); disponibilidade de capital a custos competitivos; seguro rural; disponibilidade de matrizes em quantidade e qualidade; assistência técnica; custos para automação; serviços de qualidade, etc.

Assim com a concepção desse raciocínio começou no Interleite, continuará no Interleite. Tanto em Chapecó (3 a 5 de abril), como em Uberlândia (11 a 13 de setembro), trataremos dessa questão em profundidade, pois acreditamos que dela dependerá o sucesso futuro da atividade.

MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.

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LUCIANO PAULINO JUNQUEIRA

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/12/2011

Meu caro Marcelo,

(Sou produtor de leite de vaca)

Pelos seus números e se esta proporção, aproximadamente, ainda se mantiver, hoje, entre legal e ilegal devemos estar produzindo hoje  +/- 30 bilhões de litros de leite ano.

Deste total, +/- 21% ou seja 6, 5 bilhões pelos chamados grandes produtores e 23,5 bilhoes pelos produtores de menos de 200 litros dia.

São principalmente os chamados pequenos que abastecem a maioria das industrias de laticinios do Brasil, com uma capilaridade difícil de ser atingida por qualquer orgão, a não ser por eles mesmo e seus transportadores, quer de tanques ou de latões.

Penso que, somente quando a maioria destes laticinios julgarem importante ter uma  IN 51 funcionando por estarem sendo cobrados e sentirem falta daquela qualidade em seus produtos e exigirem o seu funcionamento dos seus fornecedores é que ela realmente acontecerá, até lá será um mero documento para discussão!
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 20/12/2011

Obrigado a todos pelos comentários, que complementam a análise, com exemplos e visões interessantes sobre a questão. Acho que estamos diante de uma grande mudança que ocorrerá nos próximos anos. Veremos!
PAULO R. F. MÜHLBACH

PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 19/12/2011

Creio que a renda mensal e planejável propiciada pela atividade leiteira é o fator principal do crescimento daqueles fornecedores na faixa dos 50 a 200 litros diários, como bem observado, responsáveis por mais 50% da produção.

Nesse estrato, os investimentos necessários não são de grande vulto,  sendo até possíveis com recursos próprios. Mesmo que esses investimentos sejam insuficientes para um salto em volume e produtividade, interessam ao pequeno produtor, pois a renda mensal ajuda a manter a propriedade (onde o leite geralmente é uma das alternativas de renda).  Além disso, o pequeno rebanho representa uma "poupança", da qual pode-se lançar mão em períodos críticos e de baixa remuneração do leite.

Acredito que a grande maioria dos produtores dessa faixa mantenha-se em compasso de espera, sem, ainda, profissionalizar-se totalmente, definindo seus objetivos na medida em que infra-estrutura disponível, sucessão, e, principalmente, o preço do leite se caracterizar por uma política consolidada. A partir daí, teremos mudanças marcantes no perfil de produção.
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 19/12/2011

Olá Mykel,



Obrigado pelo comentário. O maior produtor do mundo é Louis Bettencourt, com 2,2 milhões de litros/dia e 62.00 vacas em lactação, em diversas fazendas de Idaho, EUA. Ele era um desses quatro. Os outros eram Dennis Dougan, com 25.000 vacas; Ron St. John, com 17.000 e John Pagel, com 4.500. Mas realmente somando todas essas vacas, o valor mais correto seria 4 milhões de litros/dia - o que já é muito alto de qualquer forma.
CLAUDIO NAPOLIS COSTA

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 19/12/2011

Caro Marcelo,

Bela análise; suscinta, mas profunda o suficiente para motivar uma discussão sobre o assunto. O perfil como dizes, é um retrato da estrutura, moldada pelas tendências temporais, que podem ser ações/eventos pontuais, ou ainda decisões/medidas (empresarias/públicas) com efeitos/impactos  de curto ou longo prazos nos sistemas produção (estrutura).

Você enumerou várias, com exemplos. Um excelente ponto de partida e me permita, ao meu ver, reforçar que devem continuar a se orientar pela segmentação, ou melhor dentro dos diferentes estratos, pois seus efeitos impactam e/ou são percebidos diferentemente pelos agentes (produtores) de cada um deles, seja pela sua formação, capacidade de resposta (recursos, de modo geral) e a inerente estrutura no momento X para evoluir para um novo estágio ou patamar (estrutura) de produção no futuro Y (se suficientemente motivado/convencido). O horizonte de impactação poderia ser também ter uma escala de avaliação.

Exemplo, quando da implantação da IN51, se estabeleceu 2010 como referência de novos indicadores de qualidade, mas não me lembro de ter havido análise ou acompanhamento de metas (e nem que alguma instituição tenha se motivado a realizá-la) . A Rede Brasileira de Qualidade de Leite (laboratórios) foi reforçada, ampliada com muito esforço e dedicacação de uns poucos. Havia sensibilidade e determinação de dirigentes que estavam no MAPA até o fim do governo passado (era uma condição necessária, mas não foi suficiente). O resultado está aí, não alcançamos nossos objetivos/metas. Por quê? Faltou o quê? Era importante promover essa análise, ao invés de apenas o seu adiamento (Eu vivi uma experiência recente e posso afirmar alguns pequenos e médios laticínios/indústrias não tiveram interesse e não tinham estratégia orientada para a IN51, preferindo não pagar pela qualidade, talvez até para justificar o fato de , como argumentavam, tolerarem o "baixo padrão (?), desconhecido" e assim adotarem preços menores, baixos. Qual teria sido o papel da fiscalização mais pontual, não punitiva mas orientadora, muitas vezes sugerida, mas não implementada? Todos, nas discussões, nos discursos, nos relatos diziam da importância da qualidade. Sim, a qualidade, ao lado da eficiência técnico-econômica ou da produtividade são quesitos fundamentais da competitividade. E o mercado externo está ainda oportuno, mas sem competitividade não chegaremos a ele, de forma sustentável. Parodiando o futebol não é suficiente chegar à Série A, tem que ter competência, padrão de qualidade, para lá ficar e não ser rebaixado. O antigo jargão "o importante é competir" não funciona no mundo dos negócios. Talvez, acho que seja "é fundamental ter competitividade".

Espero que encontres respaldo para continuidade da análise, com a profundidade que requer e, como planejas. Que as nossas experiências recentes nos sirvam como referência para decisões/ações efetivas na construção de um novo perfil de produção, com competitividade!

Um abraço.
EDER GHEDINI

TAPEJARA - RIO GRANDE DO SUL

EM 18/12/2011

Sob meu ponto de vista não basta expandir a produção em quantidade, em pouco tempo a oferta será maior que a demanda. É preciso sim, melhorar a qualidade do leite de forma a vislumbrar novos mercados. Precisamos de uma política para o setor, que seja transparente e definitiva. Capacitar produtores, coibir as fraudes, enfim, tratar o leite como um alimento inócuo, e não como uma moeda ou justificativa para a salvação das classes menos favorecidas. O Brasil, precisa ainda fazer o tema de casa, corrigir seus erros e valorizar os que priorizam um protocolo higiênico e sanitário no que tange os aspectos relativos a produção, industrialização e comercialização do leite. Estamos batendo na mesma tecla a muito tempo, essas colocações se tornaram massantes e até certo ponto descaracterizadas. Urge um sistema pontual, organizado e equilibrado demonstrando assim, sua real efetividade na bacia leiteira de nosso país subdesenvolvido.
REGINA CAVEDON MULLER

PALMEIRA DAS MISSÕES - RIO GRANDE DO SUL - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 17/12/2011

A principal diferença entre a produção de leite no Brasil em comparação a países como Estados Unidos, e não tão longe, a Argentina.. é a tecnificação do setor, não somente de tecnologias, maquinários, ferros e azulejos.. e sim a busca do técnico e da tecnologia de produção (genética animal, correta produção de forragem, protocolos de manejo, e sim, a mão-de-obra). O auxilio de um administrador e um estrategista hoje se faz mais que urgente no campo, e nos setores envolvido, como laticínios, fábricas de ração, cooperativas, e me permito incluir nessa lista a politica..

Muito bom este texto, servirá de debate em conversas com colegas!
LUIS EINAR SUÑE DA SILVA

ANÁPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 17/12/2011

Salve Marcelo

Cumprimentos pela excelente análise do mercado do leite no Brasil.

Tenho acompanhado e participado do fórum proposto pelo Paulo Martins.

O sucesso do Interleite 2012 já está garantido novamente.

Grande abraço

Luis Einar Suñe
WILSON MENDES RUAS

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE OVINOS

EM 16/12/2011

Achei a abordagem bastante interessante, por retratar, com propriedade, pontos cruciais do ambiente que vivemos no momento. Eu, que há dez anos atrás produzia cerca de 800 litros dia,  se comparados com os 2.200 litros nos dias atuais, sinto-me mais desafiado a mudar de patamar agora do que no passado. Analisando  possiveis alternativas, essas nos reportam investir em tecnologias, visando ganho de escala, qualidade e redução de mão de obra x qualificação. dado que os custos se elevaram significativamente nos últimos anos. A grande questão é como se comportarão os preços ao produtor. Dessa forma, artigos como esse mais os eventos promovidos pelo MilkPoint muito contribuem para a nossa tomada de decisão.

Wilson Mendes Ruas - Produtor de Leite em Curvelo - MG
DALVA DE OLIVEIRA LIMA

ARAXÁ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/12/2011

Marcelo, gostei do seu artigo.

Tenho uma propriedade de 17 hectares, trabalho com a raça Jersey, produzindo 380 litros/dia; sou certificada pela Embrapa, no programa de Boas práticas na Fazenda, por três anos consecutivos.

Portanto trabalho com qualidade.

A minha dificuldade, igual a de todos os pequenos produtores, é como descreveu: falta de investimentos e uma politica que nos ajude.

Quando procurei fazer um investimento, não encontrei  quem facilitasse.

E como você disse, os pequenos produtores, são em número muito significativo.

Tem tecnologia, a questão é alcançá-las.

É possível produzir muito em pequenas propriedades.

Depois quando desistimos e provocamos o êxodo rural, ficam só os grandes produtores...

MYKEL STEFANNI PEREIRA

CRUZEIRO DO OESTE - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 16/12/2011

Parabéns pelo texto, e por sua contribuição na discussão das causas do leite.

Embora de pouca relevância, um número me chamou atenção. Como 4 produtores americanos conseguem produzir 5 milhões de litros de leite/dia?

Se não estou enganado, o Sr. Ron St John é o maior produtor individual com 17 mil vacas. Se todas vacas tivessem em produção com uma média absurda de 50 litros/dia ele não produziria nem 1 milhão de leite por dia.

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