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O desafio das políticas públicas para o leite no Brasil: afinal, o que queremos, como setor? |
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO
Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.
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SAULO GUIMARÃES MALTA JUNIORRECIFE - PERNAMBUCO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 13/01/2013
A Conferência foi muito importante onde foi elaborado um documento e entregue em mãos aos Ministros da Agricultura e o de Desenvolvimento Agrícola .Parabéns aos Deputados Domingos Sávio e os demais que participaram do evento.Não que esse documento vá ser a salvação do Setor Lacteo do Brasil mais com certeza foi apresentado a demanda do setor ao Governo .
Saulo Malta -Presidente do Sindicato dos Produtores de Leite de Pernambuco. |
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCOJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 08/01/2013
Prezado Marcelo Pereira de Carvalho: Enquanto mantivermos o assistencialismo acima do profissionalismo e continuarmos a achar que o produtor de leite deve ser, sempre, o analfabeto, o coitadinho, o necessitado das políticas de vale escola, vale leite, vale gás, vale tudo, enfim, trocar profissionalismo por votos, não poderemos nos tornar os exportadores de lácteos que temos condição de ser.
Enquanto permanecermos com pena dos que devem sair do mercado, por causa de seu amadorismo, e entendermos que o pequeno produtor pode ser ineficiente porque não tem condições de ser o contrário, estaremos sujeitos aos comandos de um mercado predatório que nos assassina cotidianamente. O Brasil não precisa de quantidade de produtores, mas, sim, de qualidade dos mesmos. Hoje, temos milhões de produtores para volumes ridículos de produção, enquanto o certo seria alguns poucos, mas que tivessem expressão, qualidade e perspectivas. Urge a adoção da pecuária leiteira profissional, com escala de produção e viabilidade econômico-financeira de sistemas. Não dá mais para produzir um "leitinho, com umas vaquinhas, numa fazendinha qualquer": precisamos produzir leite, com animais especializados e num sistema profissional, se quisermos, ainda, deixar de ser "colônia de republiquetas sulamericanas" que fazem o que querem e nos massacram, como atualmente tem lugar. Precisamos deixar de brincadeiras e passar a encarar a atividade com a necessária seriedade ou fechar as nossas porteiras. Um abraço, GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG =HÁ OITO ANOS PRODUZINDO QUALIDADE= |
NELSON JESUS SABOIA RIBASGUARACI - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE EM 07/01/2013
Marcelo,
Parabéns pelo artigo! Sua analise é muito equilibrada. O documento com 135 propostas e 12 resumidas a meu ver deve ser apoiado para que as discussões continuem e quem sabem a classe dos produtores de leite possa responder a pergunta que você colocou, " afinal o que queremos como setor?". Acho muito ruim que tudo isso tenha acontecido pela iniciativa e liderança de politicos, nosso setor não esta sabendo se organizar e no final a politica de satisfazer a todos e não resolver nada vai prevalecer. Os produtores de leite estão subordinados a entidades de classe estritamente POLITICAS, desde as Federações de Agricultura do Estados, CNA e OCB, cujas lideranças tem como prioridade manter seus cargos/empregos e não tem coragem de defender especificamente um setor de produtores como o do leite. Qual é o peso politico do nosso setor? Sera que esta sendo respeitada a equivalencia pelo nosso peso sócio/econômico, qual a atuação da ASSOCIAÇÂO BRASILEIRA DOS PRODUTORES DE LEITE? (Existe?) Você escreveu muita coisa que nosso setor não tem coragem de defender, parabéns! |
VICENTE ROMULO CARVALHOLAVRAS - MINAS GERAIS - TRADER EM 06/01/2013
Todas as políticas públicas e/ou a + de uma centena de propostas aludidas, relativamente ao setor lácteo, até mesmo na remota hipótese de uma pequena parte das mesmas conseguirem a ser atingidas. O leite, por ser parte do rol das diversas matérias prima e/ou dos produtos perecíveis, onde resta ao produtor poucas alternativas, dentre estas, exemplificativamente, a de agregar valores ao mesmo, na busca de encurtar o caminho até o consumidor final, assumindo os riscos desta delicada e complexa agregação ou, entregar seu produto a quem estiver no ramo desta agregação e pelo preço que interessar ao mesmo ou, será que existem outras alternativas? A não ser migrar para outra atividade, suportando os ônus desta migração, que além de não ser fácil , é dolosa, como em tese, não acontece na migração agrícola, dentre outras, salve melhor juízo. Em matéria de leite, quem já está na atividade e com sessentão como eu, nada melhor que ouvir e ler de tudo que envolve a questão e ir se adaptando ao sistema que melhor venha atender/adaptar a sua propriedade, sempre na busca de reduzir seus custos de produção, que amanhã, obrigatoriamente, terá que ser menor ou igual ao de hoje. E, espero não ter que conviver com um cenário de 1,3 milhão de produtores, com escala mínima de 1000 litros dia, como sustentam alguns dos articulistas. Quer coisa melhor e mais gratificante que ficar uns dias de férias, ir para o salão do hotel e ver aquele farto café da manhã, com diversos derivados do leite e os hospedes, sem exceção, saboreando tais derivados e, vc anonimamente ali, sabendo que aqueles derivados, em uma conjutura geral, em parte, é resultado de seu árduo e sofrido trabalho. Tomara que não aconteça uma migração em massa dos produtores de leite. Um dia destes, estava em um restaurante e, lá encontrei uma jovem que trabalhava numa empresa de insumos e começamos a trocar algumas conversas destes papos de produtor rural e vendedor de produtos inerentes a atividade, Pelas tantas perguntei a ela, e ai, a turma que vc visita/dá assistência está chorando muito, ela disse, ora se tá, exceto os produtor de leite, que nem tem mais lágrimas para chorar. No âmbito do agro, a coisa não é mole. Vejamos, no atual momento, a turma do citro. Mas já viveram bons tempos. E, como produtores de leite, também, já vivemos bons tempos, sejamos sinceros. E, porque não vivermos na esperança que melhores tempos ainda virão. Abraços a toda equipe da milkpoint , os que acessam seus artigos e, notadamente, a todos os produtores de leite, com votos de melhoras em 2013.
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FELICIANO NOGUEIRA DE OLIVEIRABELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 03/01/2013
Prezado Marcelo,
Como técnicos e vivenciando as várias situações e tentativas de solução frente aos desafios por que passa o setor lácteo ao longo de décadas e, portanto, como componentes neste processo, às vezes temos a impressão de que já nos sentamos nessa mesma cadeira, nessa mesma sala de projeção e já vimos este filme. Mais grave ainda, quando um amigo, na cadeira ao lado, comenta com você: " - Tudo em vão. O que prevalece são os interesses dos segmentos com maior poder de barganha." Mas é claro que embora não possamos ser ingênuos, não nos abatemos ou entregamos os pontos por comentários como estes. Somos da turma que ainda ousa em acreditar que podemos e vamos aprimorar todo este processo. E é pensando desta forma que acreditamos que o documento gerado, com suas 135 proposições, precisa, deve e merece ser aprimorado, conforme você mesmo coloca. Ou seja, apesar de todos os pesares - conhecidos de todos, temos um documento, que pode, numa primeira vista ser percebido tão somente como uma "lista de reivindicações", mas que na realidade deve ser entendido como mais uma grande oportunidade de convergência de interesses, legitimadas pelos segmentos representados, e que agora precisam, como você disse, de se estabelecer claramente foco e prioridade para cada ponto registrado e de forma determinante, partirmos para a AÇÃO, todos os segmentos, público e privado, numa comunhão de trabalho e de expectativa de resultados positivos. Se, de fato, a Subcomissão do Leite estiver convicta da importância do trabalho a ser feito, nele se envolvendo inteiramente, e do retorno que o mesmo pode proporcionar ao país, e com isso CONQUISTAR efetivamente a confiança e a credibilidade de todos os segmentos envolvidos (mesmo com os conflitos inerentes e próprios do sistema agroindustrial), certamente teremos um avanço consistente e um horizonte mais seguro e de melhores perspectivas para todos os envolvidos na atividade. |
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHOCAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 31/12/2012
Prezado Marcelo
Parabens pelo artigo. De fato 135 propostas, algumas contraditórias, é um exagero e o estabelecimento de 12 medidas prioritárias melhora um pouco o documento. Mas tenho as seguintes considerações a fazer: 1) para mim é estranho que não tenha sido colocado nas medidas prioritárias o combate à brucelose e tuberculose, sem o que preconiza a IN 62 em termos de leite livre de tuberculose e brucelose será implementado; 2) Mais importante do que estabelecer medidas prioritárias é criar os mecanismos que possibilitem parcerias público-privadas para que de fatu essas medidas sejam implementadas; 3) como você bem disse na sua colocação sobre meu comentário na matéria "Produtores farão protesto contra a importação", é preocupante movimentos setoriais organizados por políticos, que não tem todo o entendimento do cenário, sem uma participação muito ativa das lideranças e associações setoriais, o que parece que não vem acontecendo. A pergunta "o que queremos para o setor leiteiro" tem duas respostas possíveis: 1) Um setor com muitos milhares de produtores, onde o aspecto social prevaleça sobre as produtividade e competitividade, que só será sustentável com pesados subsídios do Governo; 2) Um setor com um número de produtores relativamente pequeno, onde prevaleça a produtividade e a competividade. É importante que o Governo e a cadeia produtiva, principalmente a indústria, dem a resposta a essa pergunta com transparência e honestidade, para que cada um de nós produtores possa decidir se deve continuar produzindo leite ou procurar outra atividade. Seria muito bom se em 2013 os produtores de leite tivessem a resposta a essa pergunta. Grande abraço Marcello de Moura Campos Filho Presidente da Leite São Paulo |
EDUARDO AMORIMPATOS DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 31/12/2012
Parabéns Marcelo pelo brilhante artigo. Tivemos um ano terrível praticamente trabalhando no vermelho torcendo pela queda dos preços do farelo de soja, do milho, do caroço de algodão, pela diminuição das importações de produtos lácteos, e sofrendo com pesados encargos trabalhistas aliados a uma mão de obra escassa e desqualificada. Mas temos que ser otimistas. Desejo a você e a todos colegas do Milkpoint um 2013 repleto de saúde, harmonia e prosperidade.
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VALTER ANTONIO BRANDALISETREZE TÍLIAS - SANTA CATARINA - ESTUDANTE EM 30/12/2012 Valter Antonio Brandalise Santa Catarina Estão de parabéns os deputados Domingos Sávio e Celso Maldaner, que ergueram a bandeira do leite no Brasil, e deram voz e vez em Brasilia. A paticipação da indústria na redação deste documento foi muito importante, mesmo porque juntamente com os produtores vivem o dia-dia do leite, e sentem na pele os problemas do setor no Brasil. O documento apresentando talvez não seja o ideal, mas acreditamos ser o inicio de um processo de mudança. Sabemos também que falar e fácil, criticar também, mas resolver os problemas, apontando soluções viáveis, é que não é fácil em um país continente como o nosso. Parabéns pela iniciativa. |
ANTONIO MARCOS DE MESQUITA SILVACACONDE - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 30/12/2012
Politicas publicas é muito importante, o Sebrae possuia a vaca move que percorria as propriedades, de uma hora para outra desapareceu. Temos solicitado para voltar, mas o pedido do produtor não chega no alto escalão do Sebrae. Outra injustiça é pagar mais por volume e não por qualidade.
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HELDER DE ARRUDA CÓRDOVACASTRO - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO EM 28/12/2012
O principal insumo para o produtor de leite ou política pública, ao meu ver, é o conhecimento como ferramenta para profissionalização da classe como forma para ter acesso as diversas tecnologias e as fontes de financiamento para melhoria do seu sistema de produção (alimentação, sanidade, manejo, instalações, genética, ambiente, qualidade do produto final, etc.).
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