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Dinâmica do crescimento do mercado de lácteos no Brasil nos últimos anos

MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

EM 14/04/2009

6 MIN DE LEITURA

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O Brasil tem verificado um crescimento considerável no mercado de lácteos, que remonta pelo menos ao final da década de 80. De 1989 a 2000, o mercado total, calculado com base na disponibilidade interna de leite, cresceu em média 2,95% ao ano, subindo levemente para 3,04% no período entre 2000 e 2008 (estimando-se uma produção de 27,4 bilhões de litros em 2008).

O crescimento do mercado tem duas variáveis: o aumento da população e o crescimento per capita, isto é, por habitante. Ambas contribuíram para o desenvolvimento do mercado. O gráfico 1 mostra que no período entre 1989 e 2000, a população cresceu 1,59% ao ano, sendo responsável por cerca de 54% do crescimento do mercado, enquanto que, no período seguinte, cresceu 1,43%, respondendo por 47% do aumento. O consumo per capita, por sua vez, cresceu 1,33% entre 1989 e 2000, subindo para 1,59% no período mais recente.

Clique na imagem para ampliá-la.

É possível traçar algumas conclusões iniciais. O crescimento populacional tem sido uma variável relevante para o desenvolvimento de mercado, o que sem dúvida é um trunfo relevante para as empresas atuantes no mercado interno. Porém, não nos iludamos: a população crescerá porcentualmente cada vez menos, fruto da diminuição da taxa de natalidade. A segunda conclusão é que o consumo per capita tem ganho importância nos últimos anos, justamente em um período em que o PIB brasileiro cresceu, havendo melhoria da distribuição de renda.

Porém, devemos abrir um pouco os dados antes de concluir. De 1994 para 1995, em função do Plano Real, o consumo per capita cresceu 14%. Se tirarmos esse ano, o crescimento no período anterior fica na casa dos 0,3% ao ano, contando uma história muito diferente. Em outras palavras, tivemos uma mudança de patamar de 94 para 95, mas no geral andamos de lado nessa variável. Já nos últimos cinco anos, com exceção de 2006 para 2007, quando o crescimento foi de apenas 0,2%, conseguimos crescer mais de 2% ao ano no consumo per capita, o que é significativo. Na realidade, nesse período mais recente, 60% do aumento do mercado deveu-se ao maior consumo per capita.

Mas o gráfico 1 nos mostra mais dados interessantes. O primeiro deles é que o mercado formal, representando o leite inspecionado, teve uma dinâmica totalmente distinta nos dois períodos. Enquanto de 1989 a 2000 o crescimento foi de 2,3% ao ano (menor do que o crescimento do mercado total), entre 2000 e 2008 a evolução foi de significativos 5,8% ao ano! Isso explica em parte o aumento dos investimentos no setor leiteiro nos últimos anos (evidentemente, a disponibilidade de capital para investimentos e aquisições e o grau de fragmentação do setor também ajudaram).

O gráfico 2 dá uma ideia visual do que aconteceu de 2000 em diante. Enquanto o mercado formal cresceu de 2000 a 2007 nada menos do que 5,78 bilhões de litros, a produção informal aumentou, segundo os dados oficiais do IBGE, apenas 581 milhões de litros, ou 10 vezes menos. Não temos ainda os dados da produção total de leite em 2008, mas se considerarmos o forte crescimento de 7,5% no mercado formal e uma estimativa de 5,0% na produção total, o fosso continua aumentando.
Pode-se, a princípio, dizer que a produção informal também cresceu no período, o que, pelos dados, é verdade (usei o termo produção e não mercado, pois a produção informal engloba o leite que ficou na fazenda, além de não termos as informações relativas ao mercado informal em si).

Clique na imagem para ampliá-la.

Novamente, antes de concluirmos, vamos abrir os dados. Nos últimos 4 anos, a produção informal encolheu cerca de 300 milhões de litros, enquanto a produção formal cresceu 4,18 bilhão de litros. Na verdade, apenas de 2001 para 2002 houve forte crescimento da produção informal: 1,15 bilhão de litros. Sem os dados desse ano, a produção informal teria encolhido 569 milhões de litros.

Deve-se tomar cuidado com a aplicação do termo "formalização" do leite. O que os dados mostram é que a produção não inspecionada pouco se desenvolveu no período recente, ao contrário do que ocorreu com a produção inspecionada. Porém, não é possível dizer se houve ou não formalização do leite. Talvez os mecanismos que desenvolveram o mercado inspecionado não tenham sido aplicados aos produtores que estavam na informalidade. É possível que, enquanto os produtores inseridos no sistema receberam estímulos para se desenvolver, os não inseridos vêm sendo, aos poucos, eliminados do mercado, seja pela maior informação por parte do consumidor, seja pela conveniência e cada vez melhor distribuição dos lácteos no país, seja pela inspeção, seja pela existência de outras alternativas para sobrevivência por parte do produtor, ou até mesmo pelo fato dos filhos encontrarem outras oportunidades e não desejarem permanecer em uma atividade sem apoio e sem perspectivas.

Sem desconhecer que há potencialmente um problema social embutido nessa questão, o fato é que o mercado de produtos lácteos industrializados tem crescido bastante nos últimos oito anos. Se não é uma taxa chinesa, é bem superior ao crescimento da economia brasileira no período.

Esse crescimento, no entanto, não reside apenas no desenvolvimento do mercado interno. O gráfico 1 mostra ainda que enquanto no período de 1989 a 2000 a produção cresceu 3,18% ao ano, praticamente acompanhando o crescimento do mercado, no período seguinte o aumento foi de 4,19% ao ano, muito superior aos 2,65% de crescimento do mercado interno. Como explicar isso?

Nessa década, verificamos um rápido processo de substituição das importações e um início da inserção do Brasil como exportador no mercado internacional. Em 2000, para ficar em um exemplo, o saldo entre exportações e importações, convertido em equivalente-leite, foi de 1,45 bilhão de litros negativos, equivalente a 6,7% do mercado interno total. Já em 2007, o saldo foi de 522 milhões de litros positivos, isto é, exportações acima das importações. Tudo somado, nesse período crescemos além do aumento do mercado em si, cerca de 2 bilhões de litros, sendo dois terços via ocupação do espaço do produto importado e um terço pelo desenvolvimento da exportações. Esses dois bilhões de litros responderam por 28% do crescimento da industrialização interna.

Esses dados todos nos permitem tecer algumas conclusões finais.

1) A produção total (formal mais informal) tem crescido a taxas mais altas nos últimos anos principalmente em função do processo de substituição de importações e fomento às exportações. Isto nos indica que essas duas variáveis são relevantes para a manutenção da alta taxa de crescimento da produção. Vale lembrar que, se de um lado o processo de substituição das importações já se completou, estamos nesse momento diante de um substancial aumento das importações, sob o risco de, ao menos nesse ano, fazermos o caminho inverso do até então traçado.

2) O mercado interno tem tido impulso significativo em função do forte dinamismo do mercado inspecionado. A produção informal talvez seja uma "reserva técnica" de mercado, isto é, uma fatia sobre a qual podemos crescer sem necessariamente aumentar o consumo per capita de lácteos. Até quando essa verdade vai existir, é algo difícil de dizer. Na realidade, nem temos informação a respeito do real mercado informal, visto que parte significativa dessa produção não é comercializada.

3) Dito isso, é fundamental desenvolvermos o mercado interno através do aumento do consumo per capita. Depender do crescimento populacional será cada vez menos atrativo, visto que a população reduzirá a taxa de crescimento nos próximos anos, embora ainda cresça. Inovação, custos, qualidade, marketing institucional e outras ações pré-competitivas são os caminhos para que o consumo per capita seja elevado.

Ainda que essa análise não contemple o valor, em reais ou em dólar, do desenvolvimento do mercado pelo fato dessas informações não estarem disponíveis, é possível, através dela, termos uma boa ideia da dinâmica do crescimento do mercado de lácteos nos últimos anos. O período entre 2000 e 2008 é significativamente distinto do período anterior, explicando o aumento do interesse no setor lácteo por parte de empresas de outros segmentos, bem como fundos de investimentos.

P.S.: Este editorial foi republicado devido a alterações em alguns números que, no entanto, não afetam as conclusões gerais da análise anteriormente feita.

MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.

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WILMA TANADINE

SÃO PAULO - SÃO PAULO - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 09/11/2010

Gostaria de receber informações das indústrias de laticínios, Brasil,Argentina, Chile e Uruguai, por exemplo empresas produtoras de queijos, faturamento, nº funcionários, linha de produção etc.. é possível ?
ANDRÉ NEIVA LIBOREIRO

SETE LAGOAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 04/05/2009

Parabéns pelo artigo Dr. Marcelo!
Gostaria que você escrevesse e explicasse um pouco sobre o projeto Láctea Brasil do qual você faz parte.

Obrigado
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/04/2009

Prezado Marcelo: Como já tive oportunidade de dizer em outras ocasiões, o maior problema da indústria de lácteos no Brasil não é a ampliação do mercado externo para os nossos produtos, mas sim a conscientização do mercado interno de que consumí-los é essencial à vida e à saude das pessoas, afinal o consumo "per capita", no Brasil, é irrisório. Se tivéssemos uma adoção de medidas de Governo e de "marketing" voltadas para este sentido, não precisaríamos estar sempre à mercê dos estoques mundiais e, nós produtores, não estaríamos nesta sempre louca gangorra de preços, que dilapida todo o planejamento que se possa fazer ao longo do ano, em face da instabilidade mercadológica.

Assim, se não arregaçarmos as mangas e passarmos a implementar medidas severas de divulgação do nosso produto - fazê-las sair da ideologia e do papel para a prática, ou seja, em palavras outras, deixar de ficar só falando e passar a agir - em horários nobres de televisão e páginas centrais de jornais e revistas, vamos sempre estar com a solução encontrada mas sem que a mesma se materialize, tal como aquele que perdeu uma agulha no escuro e vai procurar no claro.

Parabéns por mais esta preciosa lição.


GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
RODRIGO ALVIM

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 28/04/2009

Caro amigo Roberto Jank Jr.,

Muito grato por concordar com nosso posicionamento com relação ao Marketing para o leite, em nosso país.
Na realidade estamos apenas tentando dar prosseguimento ao trabalho iniciado por um grupo, criador da LÁCTEA BRASIL, do qual você fez parte desde o início.

De qualquer forma o apoio de pessoas mais que empreendedoras, pró ativas no setor como vocês da AGRINDUS, é sempre muito importante, pois nos motiva a perseguir o sucesso deste projeto.

Grande abraço,

R.Alvim
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/04/2009

Parabéns pela análise Marcelo. E faço minhas as palavras do Rodrigo.
PAULO CÉSAR DE CAMARGO

CURITIBA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 21/04/2009

Caro Marcelo,

Gostaria de opinar e contribuir como consumidor.
Acredito que o marketing é essencial, porém precisamos da disponibilidade de alternativas de consumo e de produtos de qualidade. Conheço mais de uma pessoa de idades entre 04 anos e 60 anos que viveram no exterior e que deixaram de tomar leite quando retornaram ao Brasil com depoimentos bem objetivos: " o leite no Brasil tem cheiro e gosto ruim".

Felizmente conheço leites brasileiros que não se enquadram nesta categoria, porém, não os encontro facilmente na modalidade que me interessa.

Não podemos aceitar como meros expectadores a idéia de que brasileiro não gosta de leite.

Um abraço
Paulo César de Camargo
Coordenador do projeto RIPASUL
JOSÉ GERALDO ALVES

CURITIBA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 20/04/2009

Prezado Marcelo, gostei muito do artigo. Informo que tenho repassado suas reflexões aos grupos de produtores com os quais trabalho. Concordo que podemos dinamizar os mercados locais e regionais. Precisamos fortalecer nossas marcas junto aos consumidores. Divulgar o quanto o setor leiteiro se profissionalisou, o quanto o mesmo contribui para o desenvolvimento das economias do estado.
ANDRÉ GAMA RAMALHO

BATALHA - ALAGOAS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/04/2009

Prezados Marcelo e Rodrigo Alvin,

Diante de tantos fatores que influenciam a nossa atividade, ter um "consultor" e um representante do quilate de vocês, nos da confiança e segurança.

Através da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do leite e Derivados de Alagoas, estamos conseguindo aperfeiçoar o relacionamento entre produtor, indústria, instituições de ensino, financeiras e de fomento ao aprendizado (SEBRAE, SENAI, SENAR), além de orgãos governamentais.

Começamos a montar um "mapa estratégico". A questão marketing para incentivar consumo foi bastante discutida. O leite é importante para Alagoas, pois é a 2ª atividade do agronegócio do estado.

Um exemplo concreto de sucesso do marketing para lácteos, foi o do estado de Goias, que aumentou em 16% o consumo interno.

Nos colocamos a disposição para ajudar no que for possível.

André Gama Ramalho
Sindicato dos Produtores de Leite
RENATO CALIXTO SALIBA

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/04/2009

Prezado Marcelo,

Parabéns pela facilidade com que você escreve aquilo que a gente pensa e as vezes temos dificuldade de passar para o papel. Concordo que não existe maneira melhor de aumentar o consumo de lacteos no nosso País a não ser com markting. A iniciativa é muito boa, não temos outra saída. A concorrência não é fácil, enquanto a concorrencia tem muita facilidade, pois os seus produtos são todos a base de água e as máquinas fazem tudo, enquanto que produzir leite não é fácil. Portanto temos que sempre trabalharmos a qualidade. Precisamos fazer caixa para colocar o Marketing dos lácteos no mercado o mais rápido possível. Não será fácil, pois muitos produtores acham que vamos gastar dinheiro e não que vamos fazer um fantástico investimento. Tenho certeza absoluta que o marktig irá surpreender a todos, com o aumento do consumo e em consequencia os preços se estabilizarão e depois terão um aumento gradual.
GLAUCIO GURGEL SPINOLA

OUTRO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 15/04/2009

Caro Marcelo,

Ler suas palavras nos dirije ao caminho certo; realmente sou convicto de que o marketing é uma das principais soluções para o aumento do consumo do leite, sem ele os concorrentes (cervejas e refrigerantes) nadam de braçada, é lamentavel ver jogadores de futebol darem entrevistas e ao fundo vermos propaganda de cerveja, que ao contrario do leite causam tragédias e doenças à população. Este projeto tem que sair do papel urgente e nós da indústria, junto com produtores, fornecedores de matéria prima, etc, entrarmos com coração para apoiar esta ideia. Lembremos que o personagem marinheiro Popay foi fruto dos produtores de espinafre no intuito de aumentar o consumo, e também como dizia um ex-presidente norte americano, "ainda que me restase um dolar, eu investiria em propaganda".

Um Abraço,

Gláucio Gurgel Spínola
Montes Claros - Minas Gerais - Industria de laticinio
Coopagro - Cooperativa Agro-pecuária Regional de Montes Claros
JOSÉ ANTÔNIO BERNARDES

LAGOA DA PRATA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 15/04/2009

Caro Marcelo,

Dizer da qualidade de seu artigo, para nós que o conhecemos, seria reduntante, pois você sempre trata das questões do setor com muita propriedade e conhecimento acurado.
Gostaria entretanto de aproveitar sua análise para também, fazendo côro ao Rodrigo Alvim e ao Max, ratificar minha convicta opinião de que temos primeiro que investir em tentar aumentar o nosso consumo interno, daí a importancia da Láctea Brasil. Temos potencial para tal.

Todovia e, principalmente neste momento, precisamos unir esforços para tentar minimizar, no limite do possível, a entrada de leite importado, que tem prejudicado sobremaneira a industria brasileira, e por conseguinte o produtor nacional.

<b>Resposta do autor:</b>

Caro José Antônio,

Muito obrigado pelos comentários, especialmente vindo de alguém que milita no setor há tempos e conhece como ninguém esse mercado.

Por isso, suas opiniões sobre o marketing são muito relevantes. O próximo passo é as empresas que estão na Láctea se cotizarem para fazer aquele projeto (ou outro, que seja) para a entidade, incluindo pesquisa de mercado com consumidores para orientar as ações de propaganda, além de definir as áreas de atuação, forma de contribuição e estrutura administrativa.

Forte abraço,

Marcelo
HAROLDO MAX DE SOUSA

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/04/2009

Marcelo,

Brilhante interpretação do mercado lácteo nacional desses últimos anos.

Gostaria apenas de dizer que, por mais que nos tornemos competitivos na exportação de lácteos, o setor terá sempre sua sustentação maior no mercado interno. Como a disputa por espaço na barriga do consumidor está a cada dia mais acirrada, é imprescindível a discussão e adoção do Marketing Institucional do Leite no Brasil.

Grande abraço.

Max

<b>Resposta do autor:</b>

Caro Max,

Obrigado pela participação e comentário. É dessa visão que realmente precisamos por parte de lideranças conscientes como você. Tenho certeza que, dessa maneira, o projeto vai adiante.

Grande abraço,

Marcelo
RODRIGO ALVIM

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 14/04/2009

Parabéns Dr. Marcelo.

Mais uma análise lúcida e bem fundamentada do amigo. É claro que explorar o nosso mercado interno, via, sobretudo, o aumento de consumo per capta, é um trunfo que poucos outros países produtores têm. Somos quase 200 milhões de habitantes que ainda consomem pouco leite. Quanto poderemos crescer?

Entretanto não podemos perder o foco das exportações. Certamente seremos no futuro, se Deus quiser breve, o País que poderá estar atendendo a retomada do aumento da demanda que, com certeza, estará ocorrendo em um momento pós crise. Claro que o aumento nas exportações depende de ações de governo promovendo a vinda de missões estrangeiras, auditando e certificando novas indústrias, ampliando nossa capacidade em atender demandas. Como também, fazem-se necessários acordos sanitários, sem os quais não poderemos exportar para países, por vezes na "porta de nossa cozinha", como Costa Rica, Honduras, Porto Rico, e outros mais da América Latina, importadores pequenos, mas que o somatório de suas compras se torna interessante.

Penso, entretanto, que não basta custos, qualidade ou inovação; claro, são indispensáveis! Mais que isto, obrigatórias! Mas, mais difícil que produzir, certamente é VENDER.

Nesse sentido, e após tantos rodeios, gostaria de valorizar mais uma das ações que você reputou importante e que atribuo ser fundamental, MARKETING.

Temos feito, e você tem sido peça chave nisto, um esforço incomensurável em viabilizarmos nossa LÁCTEA BRASIL, estamos em um momento de avaliarmos e construirmos um projeto para a entidade, custeado por um grupo pequeno de Cooperativas e Indústrias, que acreditam na necessidade e importância desta ação no crescimento e abertura de novas oportunidades para o nosso setor.

O passo seguinte da elaboração de um projeto para a LÁCTEA BRASIL, será colocá-lo em prática, e aí não serão meia dúzia de empresas que irão viabilizá-lo.
Portanto, o maior desafio está por vir, a capacidade de arregimentarmos indústrias de laticínios e insumos, cooperativas e produtores a acreditarem que esta é a ferramenta que impulsionará o crescimento de um consumo praticamente estagnado a mais de 10 anos, e abrirá portas para o leite brasileiro no disputado mercado internacional.

Que não percamos o entusiasmo e a convicção do caminho certo! Poderemos estar próximo de realizar um antigo projeto, necessitamos mais que nunca da participação de todos.

Rodrigo Alvim
Presidente da Láctea Brasil

<b>Resposta do autor:</b>

Caro Rodrigo,

Obrigado pela participação e pelos comentários, com os quais concordo em gênero, número e grau.

Nesse processo de arregimentação, é fundamental o engajamento de lideranças importantes como você, que representam o produtor - um dos principais beneficiados pela expansão do mercado. Com essa visão e essa postura ativa, tenho certeza de que o projeto se viabilizará. Afinal, toda cadeia produtiva organizada, como o leite pretende ser até por necessidade, conseguiu se reunir em torno de ações pré-competitivas de defesa e promoção de seu produto. Vamos em frente!

Grande abraço,

Marcelo
JOSÉ HUMBERTO ALVES DOS SANTOS

AREIÓPOLIS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/04/2009

Parabens Marcelo. É isso aí!

Se me permite, acho que faltou dar enfase aos programas sociais do governo federal (mais agressivos a partir de 2002), que estão diretamente relacionados com distribuição de renda. A impressão que tenho é que o povo sabe que tem que consumir, e quando existe renda, ele consome. Agora, a prioridade no consumo depende não só da renda como do nível de educação formal.

<b>Resposta do autor:</b>

Obrigado Zé Humberto,

É verdade, os programas sociais foram e têm sido importantes nesses últimos anos, mais um aspecto que, do ponto de vista de desenvolvimento do mercado, preocupa, pois se houver descontinuidade, o impacto é significativo.

Abraço,

Marcelo

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