Crise de identidade no setor lácteo |
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO
Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.
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SAVIOBARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 28/08/2009
Boa noite Marcelo;
Parabéns pela visão de futuro tão coerente com a nossa realidade. Acredito que a partir do momento em que os crescimentos anuais da nossa produção interna nos colocar em uma situação de excesso permanente, independente da nossa sazonalidade, teremos que entender o que faz a diferença para exportarmos com rentabilidade. Evidencio alguns pontos a seguir: Qualidade: Hoje somos muito vulreráveis às variações de câmbio e de preços externos mesmo tendo um custo relativamente baixo em comparação a diversas partes do mundo. Acho que essa vulnerabilidade existe porque ainda exportamos preço. Não somos referencial de qualidade entre os compradores internacionais, por isso entendo que deveriamos intensificar o treinamento de produtores e o monitoramento das indústrias com o objetivo de atingirmos o padrão desejado para nos tornarmos mais competitivos; Marketing: O setor é ainda muito carente de estratégias para o aumento do consumo interno. O baixo consumo per-capita nos torna mais dependentes das exportações, e como exportamos preço sempre nos vemos desvalorizados em momentos de maior excesso de produção frente ao consumo interno. Recentemente uma marca de bebida de soja lançou uma propaganda em horário nobre da principal emissora do país evidenciando que aumentou o teor de cálcio da bebida e que "seria", portanto, um substitutivo do leite, sendo mais saudável por ser de soja. Pergunto então: Aonde estamos nós? Produtores, industriais, representantes comerciais, fábricas de embalagens e insumos. Nós vivemos do setor e estamos aqui discutindo para onde a maré vai nos levar. Se promovermos nosso produto no mercado interno e aumentarmos que seja, 3% do consumo per-capita, acredito que vamos postergar por mais bons anos a necessidade de exportação constante e a qualquer preço. Estamos acostumados a ouvir: Vamos vender leite para a China ou, vamos vender para o Oriente Médio. Mas não ouvimos: vamos aumentar um copo de leite per-capita/dia no consumo interno. Não temos uma representatividade de classe que nos permite captar uma importância financeira de cada elo da cadeia com o objetivo de marketing coletivo. Porque? Somos um setor de alto faturamento, grande participação no mercado, produção em quase todos os cantos desse país. Quanto representaria R$ 0,001 por litro de leite produzido, rateado entre Indústria e Produtores. Acho que estamos amadurecendo, só o fato de termos esse espaço do MilkPoint para debatermos, liderados por um visionário como o Marcelo, já é uma grande evolução para um setor que ainda engatinha na busca por seu espaço e representatividade. Que venham os dias melhores, e que não sejam por acaso, mas sim por merecimento. Um abraço a todos; Sávio Santiago <b>Resposta do autor:</b> Bom dia Sávio, Concordo em 100% com seus comentários. Vou escrever hoje um artigo de continuidade a esse que você comentou e espero poder contribuir para esse debate que você tão bem levantou. Abraço, Marcelo |
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JULIANO ALARCON FABRICIOFRANCISCO BELTRÃO - PARANÁ - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 22/08/2009
Futuro do leite tem varios, mas uma verdade: Preço x Custo: preço e mercado não estão a nosso controle, mas custo sim; portanto, pensando em mercado nacional ou internacial temos que ter nosso custo o menor possivel, mas lembrarmos que o custo tem que estar associado com renda, porque custo sozinho não que dizer nada.
Abraço Marcelo. |
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CARLOS MARCELO SAVIANIEM 06/08/2009
A velha questao de sempre: o preco do leite! Se olharmos para tras ele sempre se comportou desta forma, como uma teia de aranha, como em todos os casos de commodities de alta volatividade. Todos reclamam quando o preco esta baixo como agora, mas se esquecem dos excelentes precos de 2008.
O que o setor precisa sao de mecanismos de hedge, justamente para tentarmos achatar este sobe e desce para o produtor, tornando o preco mais estavel e previsivel. Marcelo, o setor nunca pensou em uma "bolsa do leite" na BMF, como temos com a carne? Um Abraco, Saviani <b>Resposta do autor:</b> Olá Saviani, Obrigado pela mensagem. O setor já pensou sim, há vários empecilhos, entre eles (o principal, acho) é que o setor não tem negociações diárias de leite. O spot é negociado a cada 15 dias e são poucos agentes. Acho que vai demorar para termos algo parecido com a carne, se é que teremos. Talvez haja alguma outra solução nesse sentido que você falou, diminuindo a incerteza futura, que é um problema crônico do setor. Abraço, Marcelo |
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FABIANA RODRIGUES BITTENCOURT DE SOUZAPORTO VELHO - RONDÔNIA - PRODUÇÃO DE LEITE EM 03/08/2009
É impressionante a nossa situação ecônomica na produção de uma matéria prima essencial para a sobrevivencia humana, pois todos nós crescemos e nos fortificamos atraves dela. O que será que aconteceria se todos os produtores de leite parassem de produzi-los, como seriam nossas refeições sem o leite, manteiga, doce de leite, o pudim, a coalhada e todos os outros pratos que sem ele não seriam mais feitos?
Nossas crianças com certeza seriam bem mais desnutridas e os adultos que sobrevivessem teriam os ossos como porcelanas - altamente delicados, e outras doenças mais. E assim nos dedicamos e as vezes até pagamos para a produzir o alimento mais nobre e barato da face da terra com amor que este deve ser enviado por Deus, pois é uma luta que não desistimos e lutamos com a esperança de um reconhecimento do valor real do nosso precioso leite. Acho que só se houvesse uma paralização de alguns meses de todos os produtores de leite do Brasil, nossos governantes conseguiriam enxergar o verdadeiro valor desta produção. Agradeço a você Marcelo por todos os ótimos artigos escritos, os quais sempre nos concientizam do verdadeiro cenário da produção leiteira. Abraço, Fabiana. |
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MARCOS ALEXANDRE SILVAJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS EM 27/07/2009
Oi Marcelo,
Concordo com você em suas ponderações. Mas tambem acredito que não dá para traçar nenhum planejamento, sem antes resolvermos as questões que afetam a produção. Nosso produtor de leite é na verdade um "apostador". Realiza investimentos na melhoria da produção e quando vai receber o pagamento por ela, descobre que mal cobriu os custos, ou nem isso. Entregar primeiro e só depois saber quanto vai receber é brincadeira. Não vai haver grandes surpresas, o produtor anda desconfiado para realizar grandes saltos. Pela importância social que a atividade representa, pela dedicação daqueles que devotam a vida para a produção de leite e melhoramento genético, acho sinceramente que merecem mais respeito do "mercado" e dos senhores políticos no poder. Quem quiser uma produção leiteira crescente, capaz de exportar lácteos no topo do ranking mundial, deve botar primeiro na retina do produtor, um cenário de confiança e possibilidades de geração de receita na fazenda. Não há produção sem lucro e atividade estável. Eles (os produtores), já estão cansados de atirar no próprio pé. A partir daí, de políticas mais estáveis para "dentro da porteira", suas considerações devem surtir um efeito prático fantástico. Abraço a você e seus leitores. |
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MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHOCAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 24/07/2009
Prezado Marcelo
Qual o futuro da economia? V ou W? Talvez WwWw? De fato ninguem sabe, e a única certeza é que teremos que conviver com uma realidade volátil, que exigirá das cadeias produtivas. Me parece perfeita sua colocação de que a única maneira de se preparar para uma conjuntura incerta e volátil é mirar no longo prazo, e se preparar para os cenários possíveis para que se possa ajustar o planejamento no sentido de minimizar os efeitos dos fatores incontroláveis que irão surgindo. Você pergunta: aonde queremos de fato chegar? E mostra que a partir da resposta a essa pergunta e de uma radiografia do setor precisamos definir as áreas prioritárias de ação para construir, a varias mãos, a nossa competitividade da cadeia produtiva, que é essencial para lidarmos com um futuro incerto e realidade volátil. Eu penso da mesma forma, e então pergunto: como fazer isso? A minha resposta a essa pergunta, que tenho colocado em vários artigos, é que precisamos de um grupo permanente e agil para podermos estabelecer uma política e planejamento do setor leiteiro adequada à realidade e volatilidade do nosso tempo, que permita ao setor leiteiro equilibrio e sustentabilidade econômica a todos os elos da cadeia produtiva. No meu modo de ver esse grupo deve ser constituido com representantes do Governo, dos produtores, da indústria e do comércio, sendo que o papel do Governo deve ser de coordenação e mediação para que se possa harmonizar eventuais divergências e assegurar o equilibrio e sustentabilidade a todos os elos da cadeia produtiva, principalmente o da pecuária leiteira, que é o elo mais fragil mas a base para a competitividade de toda a cadeia. Concordo com o Guilherme A. de Mello Franco que sem um apoio efetivo do Governo, que precisa assumir um papel de coordenação e mediação, e sem a conscientização dos produtores de leite e dos outos elos da cadeia, é muito provável assistirmos o holocausto da produção de leite nacional e voltarmos a ser grandes importadores de leite para abastecer o mercado interno. Temos outras resposta a essa pergunta: como fazer isso? Seria muito bom que todos que tenham resposta diferente coloquem na mesa para discussão, para que possamos escolher, no menor tempo possível, o caminho para que todos os elos da nossa cadeia produtiva de leite e derivados possam ter sustentabilidade e competitividade ao enfrentar um futuro incerto e de realidade volátil. Grande abraço Marcello de Moura campos Filho Presidente da Leite São Paulo <b>Resposta do autor:</b> Olá Marcello, Obrigado pelos comentários, realmente seria importante trabalhar as questões de longo prazo. Grande abraço e ótimo final de semana, Marcelo |
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RONALDO PEREIRA GUIMARÃESBELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 24/07/2009
O problema brasileiro crônico é a falta de entendimento das autoridades, não só dos problemas dos produtores de leite, mas de fundamentos básicos de administração. Então ficamos sempre à deriva, esperando por um futuro que ninguém sabe mais como será. Produtores de leite no Brasil, menos ainda.
Bom, de corrupção é bom nem falar... |
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LUCIANO DI CARLO BOTELHO DIASOURO PRETO DO OESTE - RONDÔNIA - PRODUÇÃO DE LEITE EM 22/07/2009
Infelizmente, Sr. Marcelo, o nosso setor é cobra comendo cobra, não há interesse de união dos produtores, ficamos a mercê dos empresarios do leite; nós produtores não sabemos o que vale o nosso produto, nosso leite fica 50 dias nas mão do laticinio, ai quando chega o dia do pagamento do leite é que ficamos sabendo o que iremos receber por litro produzido.
Essa situação só vai mudar quando houver interferencia do governo, estipulando preço minimo do leite, de acordo com cada região, é claro. Assim nós produtores podemos nos organizar, assim sabemos o que temos em caixa. Esperamos, Marcelo, de pessoas como você e outras mais que estão no topo junto com outras pessoas que tem influencia no setor, que possam fazer alguma coisa para mudar isso. Se não houver uma união entre empresa e produtor, que é o dono da materia prima tanto descutida (leite), o Brasil nunca vai ter uma produção estavel, nós produtores de leite somos pessoas empreendedoras, quando nosso produto está sendo valorizado nós investimos pesado, sempre querendo o aumento da produção; agora quando os preços estão lá embaixo a vontade é de abandonar tudo e mudar de atividade. Espero que vários produtores parem e analisem o que falei, a união faz a força, nossos politicos que estão na bancada ruralista, que a maioria é produtor, façam alguma coisa para o setor. O setor leiteiro é responsável por varios empregos em nosso país, direta e indiretamente. |
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EDMAR RAIMUNDO DOS SANTOS SILVACURVELO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 22/07/2009
Quando o assunto é preço pago ao produtor, diversas opiniões surgem e, assim sendo a minha é: Na década de 80 um litro de leite na padaria, um litro de gasolina na bomba e uma cerveja no bar tinham preços praticamente iguais. Com o tempo, a mudança foi acontecendo e hoje tá onde está. Um litro de leite ao produtor vale o equivalente a um litro de óleo queimado. (lixo que não há onde descartar).
Entretanto, outros fatores devem ser considerados. Quanto à cerveja e à gasolina, são produtos com alta taxação (impostos) e a grande diferença vai ao Governo. Quanto às cooperativas, acredito que sofrem tanto quanto nós produtores. Umas ganham mais, muito mais, mas convenhamos são extremamente eficientes. Outras em situação difícil, suas diretorias sofrem, se não financeiramente, sofrem na opinião pública. Isto posto, vamos ao meu ponto de vista quanto ao causador do incansável problema do leite no Brasil. Conhecem pessoas que não sabem ao certo o que fazer com dinheiro, não têm limite, vivem às custas de "atos secretos", "lavagem de dinheiro" etc, etc. Me perdoem aqueles que se enquadram aqui, mesmo porque não sou especialista e posso estar "redondamente" enganado, não quero e nem tenho a pretensão de em algum momento ser o "descobridor" de um problema tão complexo, mas repito, é apenas minha opinião. Pois vai, aqueles indivíduos em determinado momento compram um grande número de animais, investem alto, produzem muito e o mercado não absorve o excesso, aí vem a queda de preços, aí as pessoas saem como entraram, "às escuras", e/ou criam vacas como animais de estimação, como terapia. O Governo jamais vai contra este procedimento, pois o preço baixo em certos momentos é benéfico e estratégico. Há grandes produtores em situação difícil e há grandes produtores que nada os afetam. Em tempo. Lembro que há também pessoas comprometidas com o setor e há exceções em minha citação. |
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NELSON JESUS SABOIA RIBASGUARACI - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE EM 21/07/2009
Marcelo
Pelo seu artigo entendi que o 7o Congresso Internacional do Leite não trouxe nada de novo, mais uma frustação. Sua analise, no artigo, me parece verdadeira, não existe "Planejamento Estratégico" para o setor do leite, somente existe reação a fatos ocorridos, não existe interesse de se definir aonde e como queremos chegar, acho que é porque o segmento é composto de um % muito alto de pequenos "extratores" de leite, que sobrevivem esgotando todos o pequenos recursos de seus rebanhos e de suas terras, claro que a médio prazo eles param e aí entram outros e assim o ciclo vai rodando e a produção do Brasil é sempre maior do que o mercado pode absorver, e aí vem os baixos preços. Me parece que só teria futuro a atividade se o governo tivesse algum interesse em fiscalisar a qualidade e eliminar aqueles que compram leite "in natura" fora de padrões mínimos de qualidade. Não dá para competir com produtores que não aplicam as tecnologias basicas para uma produção sustentável. <b>Resposta do autor:</b> Caro Nelson, O debate foi sim interessante, mas no sentido de expor os problemas mais do que as soluções. Já é um começo. Abraço, Marcelo |
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NELSON JOSE DANTAS COLENTEÓFILO OTONI - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 20/07/2009
Fico extremamente assombrado quando leio sobre as perspectivas sobre o futuro do leite no Brasil. È realmente assombrador comparar o preço do litro de leite e ver que vale menos que uma garrafa de 1/2 litro de agua mineral, menos que um cafezinho, menos que uma dose de pinga e por aí vai. Agora com o cambio caindo certamente haverá uma avalanche de ofertas de leite importado desembarcando no Brasil. E nós produtores, com um custo de produçao nas alturas, mendigando por alguns centavos às nossas cooperativas e compradores enquantos as mesmas enchendo seus cofres com o abuso de preço ao consumidor.
Mas, pensando bem, quem está sendo abusado, nós produtores que recebemos R$ 0,68 por litro ou o consumidor que está pagando R$ 3,00 nos supermercados. Até quando esse sofrimento? |
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GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCOJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 20/07/2009
Prezado Marcelo: Eu estava inscrito no VII Congresso Internacional do Leite, mas, por problemas profissionais, não pude comparecer. Queria muito conhecê-lo, trocar ideias, pessoalmente. Mas, infelizmente, não foi possível, desta vez.
Quanto ao seu novo e brilhante artigo, divirjo da opinião do empresário indiano, Ramalinga Raju, pois o futuro, pelo menos para nós, produtores de leite brasileiros, continua o mesmo, ou seja, inexistente, desde que mantidas as ideologias que comandam o mercado interno, as políticas mercadológicas que desprezam o preço mínimo e não oferecem condições oficiais para a elevação dos níveis de produção. Todavia, Philipe Kotler foi preciso ao dizer que "quando tínhamos as respostas, mudaram as perguntas". É assim que sempre nos sentimos, quando o assunto é pecuária de leite, no Brasil. Custamos a aprender a responder o que nos falta no setor e quando, finalmente, achamos a resposta, a pergunta já se nos afigura nova, indecifrável como o enígma da esfinge, antes de Édipo. Finalmente, "construir a competitividade" será o mesmo que malhar em ferro frio, sem o apoio das autoridades constituídas, sem a conscientização do produtor de que precisa reagir, sem a certeza de que se tudo se mantiver como está, não haverá mais o que dizer, porque o silêncio das porteiras lacradas, tal como nos filmes de ficção científica, será o símbolo do holocausto da produção nacional. Um grande abraço, GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG |
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