As incertezas de 2008 |
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO
Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.
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RODRIGO AKIO YAMAKIFERNANDÓPOLIS - SÃO PAULO EM 28/02/2008
São novos tempos que devem enterrar de vez os produtores sem qualificação, sem estímulo e planejamento. Seleção do plantel e sanidade deverão ser os pilares para a nova era da pecuária leiteira, que exigirá leite em quantidade e com qualidade.
A idéia de imputir ao preço da ração como sendo o vilão da atividade é errônea, mas satisfaz o produtor despreparado. Vejo muitos produtores fabricando silo de milho para fornecer a um rebanho para produzir de 6 a 8 litros. Não vejo produtores discutindo a dieta, somente o preço do concentrado. E as ações governamentais? Incentivam e pesquisam como realizar uma ordenha manual bem feita para elevar a qualidade. Ora, por que não discutir o crédito, os juros e impostos para abaixarem o preço das ordenhas mecânicas e popularizarem a todos? É melhor trocar as geladeiras do país para preservar um leite tirado na mão. Produtores do nosso Brasil! Estudem mais, se qualifiquem, pois poderão ser descartados como uma vaca "véia", com mastite e de pé ruim. |
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GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCOJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 27/02/2008
Prezado Marcello:
Cada vez mais, com tristeza, vemos aumentar a distância entre o texto da Normativa 51 e a realidade, a ponto de, ainda uma vez, considerarmos que a lei é de primeiro mundo para ser aplicada no terceiro. Se analisarmos o cenário campesino brasileiro, que, até pouco tempo (pouco mesmo), sequer registrava os contratos individuais do trabalho, não quitava impostos nem se preocupava com a saúde do trabalhador, poderemos atingir ao desvelo da asssertiva acima expendida. Sabemos nós que a grande maioria de nossos pecuaristas de leite é formada por pequenos proprietários, que têm espaço exígüo, praticam uma criação familiar, sem empregados e que, dificilmente, poderá arcar com os ônus da aquisição de ordenhadeiras e tanques de expansão e, muito menos, de ampliar seu rebanho. Todavia, no conjunto, estes representam grande parte do volume de leite auferido pelos laticínios e, temos que dizer, a certeza de que a indústria poderá impor o preço ao produto, porque eles vivem, com exclusividade, da produção e são obrigados a entregá-la pelo preço que vier. Para eles, pagamento por qualidade é como a "jornada nas estrelas": não passa de ficção, ainda que possível. Em assim sendo, entendo muito difícil a instalação, definitiva, da Normativa 51 em solo pátrio, sem subsídios ou outros incentivos que, sabemos nós, não virão. Parabéns pelo excelente artigo. GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG |
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LUCAS ANTONIO DO AMARAL SPADANOGOUVÊA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 26/02/2008
Ótimo artigo! O produtor de leite precisa entender que gestão, controle de custos e planejamento estratégico, não são mais linguagem puramente empresarial. Todos nós devemos estar atentos a este tipo de controle, e quando me refiro a custos, não são somente os da ração, mas, eletricidade, óleo diesel, mão de obra, água, medicamentos, ( mastite pricipalmente), semen ou touro, culturas para formação de volumosos, observação crítica sobre o melhor sistema, pasto, semi-confinamento ou confinamento, abordagens geradoras de custos.
Julgo que o tempo do caderno de anotações na fazenda já passou, é preciso se utilizar da tecnologia na fazenda, existem softwares gratuitos disponíveis para controle e gerenciamento de fazendas leiteiras, sendo um deles o LACTUS, por sinal bastante abrangente. Me utilizo dele e de outro dentro do sistema de controle de minhas propriedades. Ajudam muito no conhecimento real de custos e resultados. Com toda certeza é loucura não se ter noções exatas de custos de produção, não se trata deero livro caixa, com singelas anotações de entradas e saídas, mas de plano de custos mesmo, com rateio por atividade e setor, de forma a se chegar à apuração mais fina do custo real do litro, qualquer coisa acima de 0,18/0,20 centavos significa redução de margem de lucro. Outra observação pertinente, não é o número de animais (vacas) que permitem ganhos com o leite, mas a qualidade das mesmas. Parabéns Marcelo, MAIS UM ARTIGO MUITO BOM. |
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DANIELE CRISTINE BEURONSÃO MIGUEL DO OESTE - SANTA CATARINA - PESQUISA/ENSINO EM 23/02/2008
Parabéns pelo artigo, principalmente pelo alerta de custos, uma vez que mesmo com alta do preço do litro de leite precisamos ficar atentos ao aumento de outros produtos que afetam diretamente os custos para o produtor.
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EVERTON GONÇALVES BORGESIBIÁ/ MG - MINAS GERAIS - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 09/02/2008
É necessário um bom aumento nos preços, pois os custos estão cada vez maiores. A alimentação é o que sempre mais pesa, aliadas aos fatores que pouco consideravamos, tais como: minerais (grande alta), medicamentos, produtos de limpeza, energia elétrica, óleo diesel e a mão de obra cada vez mais cara e pior.
Parece que o preço do leite está muito bom, temos que acompanhar os elevado custos. |
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NELSOMAR PEREIRA FONSECAMUTUM - MINAS GERAIS - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 29/01/2008
Esperamos que os preços subem, pois os custos, como disse, subiram muito, principalmente para a nossa região, que não é grande produtora de milho, e não produzimos soja, algodão, citros, trigo etc. (todo importado de outras regiões), aumentando os custos do produto com o transporte.
Temos a satisfação de informar que foi inaugurada uma filial do Laticínios Porto Alegre em Mutum, em 02/12/2006, com capacidade de industrial de 300 mil litros dia e que está programada para inaugurar em maio proximo (2008), uma indústria de soro e leite em pó, com capacidade de 500 mil litros dia. O município de Mutum está agora precisando de investimentos em frigoríficos, pois a região é grande produtora de gado de corte, de suínos, e pode vir a ser um grande produtor de aves, estimulando a cadeia produtiva de grãos, uma vez que tem grande extensão territorial, solos férteis na região que consideramos baixada, pois o municípo é também grande produtor de café arábica e colinon. Sabemos que a cadeia produtiva do leite gera o desenvolvimento de outros setores, mas não podemos ficar muito eufóricos com os preços, temos que diminuir os custos e lutar junto às associações, sindicatos dos produddtores, trabalhadores e representantes da agricultura familiar, como os conselhos municipais de desenvolvimentos rurais sustentável (CMDRS), e FAEMGs, FETAEMGs e CNA, que cobram taxas dos produtores, para implantar definitivamente, e o mais rápido possível IN51. Até hoje temos transpote de leite em latões e até mesmo em bombonas. Com pagamento diferenciado pela qualidade, como temos para outros produtos, iria agregar um valor para cobrir as despesas e estaria incentivando aqueles que não estão preocupados com a qualidade a praticarem o mínimo de seu dever, pois são produtores de alimentos. Poderia ser feita talvez uma campanha a nível nacional de divulgação para o consumidor sobre o valor da qualidade do produto que está sendo consumido, focando a qualidade do produto, como fazem com a cerveja, refrigerantes etc., colocar o leite na nas novelas e outros programas de tv, incentivando o consumo. Você já viu na novela alguém oferecer um uísque, certo? E já viu oferecerem um copo de leite a alguma visita? |
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