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As incertezas de 2008

MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

EM 28/01/2008

9 MIN DE LEITURA

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Previsões são sempre difíceis de serem feitas, especialmente quando se referem ao futuro, já ironizava o físico dinamarquês Niels Bohr.

Nesse momento, em especial, a frase de Bohr cai como uma luva. Nunca foi tão arriscado fazer previsões acerca do mercado de leite: 2008 vem em seqüência a um ano absolutamente anormal no que se refere ao comportamento do mercado de lácteos, tanto na esfera externa, em que os preços atingiram níveis recordes, com elevações de mais de 100% em relação ao ano anterior, como na interna, em que os preços pagos pela matéria-prima atingiram pico superior a US$ 0,40/litro na média Brasil, algo impensável há pouco tempo. Os direcionadores dessa subida no mercado interno foram igualmente inéditos: após uma alta inicial provocada pelo leite em pó, fruto principalmente das elevadas cotações internacionais, foi o longa vida que rompeu barreiras históricas e chegou a ser vendido a mais de R$ 2,50 o litro, jogando no lixo o senso comum de que preços ao consumidor acima de R$ 2,00/litro não seriam factíveis.

A rápida elevação dos preços do leite longa vida pagos pelo consumidor foi seguida por uma queda igualmente rápida, iniciada em agosto, complementada pelos episódios de fraude que ganharam o noticiário nacional, em início de outubro. Nessa conjuntura, em que os preços externos deram sinais de também terem atingido seus picos, finalizamos 2007 com os preços ao produtor em queda. Ainda assim, em 2007 os preços nominais foram quase 30% superiores aos preços de 2006, sinalizando um ano de recuperação, apesar das fortes e inéditas emoções.

Dois aspectos básicos estiveram por trás do movimento de alta que se iniciou em meados de 2006, perdurando por um ano e, mesmo caindo, se mantendo acima das médias históricas: primeiro, o forte crescimento da economia mundial, em especial nos países emergentes, Brasil incluso; segundo, a elevação dos custos de produção, fazendo com que custos abaixo de US$ 0,15/litro fossem coisa do passado na grande maioria dos países, senão todos.

O crescimento continuado do PIB mundial na casa dos 5% ao ano, chegando a até mais do que o dobro disso em países muito populosos, como a China, estimulou a demanda por diversos produtos, entre eles os lácteos, cuja elevação de oferta foi brecada por problemas climáticos, como na Austrália e na Argentina, pelas políticas de governo, como na Argentina novamente ou na Europa, pela dificuldade de conversão de terras em produção de leite, como na Nova Zelândia, ou ainda pela competição com outras culturas, como nos EUA. Com isso, os estoques foram consumidos e o efeito foi a inédita elevação dos preços. Há que se considerar ainda que a resposta em produção de leite frente às condições de mercado não é imediata, pois há a necessidade de mais animais e planejamento alimentar para colher a produção futura.

A elevação dos custos dos insumos, por sua vez, exerceu sua parcela de contribuição: preços mais altos de fertilizantes, petróleo, grãos,mão-de-obra e terras colocaram o leite em novos patamares de custos. Esse aspecto, que deve continuar neste ano, nos remete a uma constatação importante: ainda que estejamos acostumados a relacionar a rentabilidade da atividade com os preços recebidos, a análise agora deve ser mais ampla, uma vez que os custos também subiram e não necessariamente os valores mais altos implicam em maior lucro ao produtor.

Nesse sentido, o gráfico 1 traz os valores de Receita Menos o Custo de Ração (RMCR) deflacionados, sendo o custo da ração calculado a partir de uma mistura de milho e farelo de soja, fornecido na proporção de 1:3 em relação à produção de leite. Apesar dos preços do leite em dezembro de 2007 terem sido quase 10 centavos por litro mais altos do que em julho de 2005, a RMCR foi menor, fruto dos custos de alimentação mais elevados.

Gráfico 1. Variação da RMCR, em reais/vaca/dia, deflacionada pelo IGP-DI


Mas o que esperar, então de 2008? O ano já se iniciou com preços ao produtor cerca de 40% mais elevados do que 2007. Porém, parte da conjuntura que criou o mercado de 2007 não está mais presente ou, ao menos, inspira muitos cuidados. Os preços recordes para os lácteos estimularam a produção; no Brasil, até setembro, a produção inspecionada subiu 6,9%; nos Estados Unidos, de julho em diante, a produção foi de 3 a 4% maior do que no mesmo mês do ano anterior, o que é altíssimo para os padrões norte-americanos; a União Européia deve aumentar em 2% as rígidas cotas de produção de leite, potenciamente colocando mais 3 bilhões de kg no mercado. Preços altos, obviamente, estimulam a oferta.

O aumento da produção norte-americana, concentrada em soro de queijo e leite em pó desnatado, prontamente reduziu - e muito - os preços dessas duas commodities, afetando depois a manteiga e, eu menor grau, queijos e leite em pó integral. Nesse momento, as cotações externas em queda, talvez em busca de um novo equilíbrio entre as médias dos últimos anos e os picos de 2007, trazem sombras para as perspetivas no que se refere aos preços dos lácteos. Por enquanto, as cotações de leite em pó integral, principal produto exportado, ainda estão atrativas, embora tenham caído 23% desde setembro, atingindo US$ 4300/tonelada. Em linhas gerais, a tonelada de leite em pó exportada por US$ 4000 e câmbio de R$ 1,80, permitiria uma remuneração máxima pela matéria-prima de R$ 0,73/litro.

Além desse cenário específico relacionado ao leite, o agravamento da situação econômica dos Estados Unidos provavelmente reduzirá o crescimento econômico mundial. O FMI já havia, em outubro, revisado sua previsão de crescimento do PIB mundial de 5,2% para 4,8%; com a possível recessão americana, é sensato pensar em crescimento ainda menor. Como a economia americana representa 30% do PIB mundial e é o destino das exportações de muitos países, em especial novamente a China, justamente um dos vetores do crescimento do consumo de lácteos, o menor crescimento econômico dos EUA pode refletir nestes países, indiretamente afetando o consumo de lácteos. A Rússia, maior importador de queijos do mundo, seria outra possível vítima dessa situação. Hoje, ainda é cedo para estimar a extensão dos efeitos; no entanto, o efeito deve ser negativo na economia mundial, ainda que diversos países como o Brasil estejam hoje bem mais preparados para lidar com as crises.

Dentro desse cenário, onde a perspectiva de um menor crescimento econômico internacional encontra alguma recuperação de oferta de leite no mundo, ainda que relativamente modesta, o que se depreende é que provavelmente não teremos os picos no mercado internacional como em 2007. Se os preços vão cair mais, e para quanto, é outra - e hoje imprevisível - questão.

A importância do cenário externo para o Brasil reside no fato de que, a cada ano que passa, a tendência é que aumentemos nossa parcela de leite exportada, pois a produção vem crescendo sistematicamente mais do que o consumo. Assim, a transmissão de preços entre os mercados externo e interno tende a ser mais efetiva. Neste ano, a produção deve continuar subindo: o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) espera aumento recorde de 8% ou 2,14 bilhões de litros, o maior que já tivemos na história.

Talvez haja exagero nessa previsão, ainda mais considerando este início de ano turbulento. Porém, é fato que entramos 2008 com o setor estimulado. O produtor teve um ótimo 2007 e inicia 2008 com preços bem mais elevados do que janeiro passado. Um longo período de preços em alta estimula o investimento em matrizes (que, aliás, seguem valorizadas) e na produção de alimentos. De certa forma, o leite de amanhã já está sendo produzido hoje.

Na indústria, notícias concretas e boatos envolvendo aquisições de empresas e investimentos de fundos e de empresas de outros segmentos vêm inundando o setor lácteo com um otimismo que não se conhecia, ao menos na história recente.

Todo esse ambiente fomenta a produção de leite e, de um lado, depende da continuidade da forte demanda, seja interna, seja externa. Feitos os comentários a respeito das variáveis envolvidas no comportamento da demanda externa, ficamos então com as dúvidas sobre a demanda interna. Além de alguma repercussão da conjuntura externa, isto é, do menor crescimento mundial podendo afetar a economia brasileira, como admitiu o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, agora estamos diante da possibilidade de racionamento de energia, algo que vem sendo comentado menos do que deveria e que pode ter repercussões negativas no crescimento econômico. O possível racionamento de energia, assim como o caos aéreo, nos lembra da dificuldade que temos em planejar nosso futuro e também do quanto não somos preparados para crescimentos acima dos famigerados 2 a 3% anuais, dos últimos 20 anos.

No mesmo sentido, o crescimento da produção de leite também coloca dúvidas sobre as atuais condições do parque fabril de lácteos no país. Em dezembro de 2006, o Cepea/USP indicava que o nível de capacidade ocupada dos laticínios era de 78,9%. De lá para cá, a produção, segundo o índice de captação de leite do Cepea, cresceu 15,9% ou por volta de 8,6 milhões de litros/dia. Se assim for, estaríamos agora próximos do limite, caso as informações estejam corretas e caso não se tenha elevado a capacidade industrial de leite no Brasil. Logicamente houve aumento da capacidade industrial,mas quanto? E, se o USDA estiver certo (leia aqui) e tivermos mais 2,14 bilhões de litros ao final de 2008 (5,86 milhões de litros diários), as novas fábricas serão suficientes? Hoje, conversando com as indústrias do Sudeste, vê que muitas delas estão operando no limite, inclusive terceirizando parte da produção (a exceção parece ser o longa vida, que tem capacidade ociosa). Para a entressafra, provavelmente não teremos problemas, mas para outubro em diante, fica a dúvida: teremos fábricas suficientes? Ou, ainda, a capacidade fabril estará instalada nas áreas onde a produção mais cresce, ou o leite terá de ser transportado, às vezes sujeito a rupturas como as recentemente verificadas nas alterações tributárias que tornam pouco atrativas a venda de leite refrigerado para São Paulo? Esta seguramente não é a principal questão de 2008, mas, no caldeirão de incertezas, entra como mais uma variável.

Vê-se, portanto, que 2008 já nasce coroado de incertezas, tornando difíceis as previsões. Mesmo assim, é possível apostar em algumas possibilidades. A primeira é que a subida de preços verificada em 2007 pode ocorrer mais cedo em 2008, ainda que não se atinjam os picos verificados em setembro. Na média, o primeiro semestre de 2008 deve apresentar preços algo superiores a 2007. Para o segundo semestre, porém, o céu fica mais nebuloso. Aumento de produção, possível desaceleração da economia, risco real de racionamento de energia (a não ser que chova muito) e dúvidas sobre o crescimento de nosso parque industrial de lácteos são aspectos que sinalizam um segundo semestre mais complicado.

De qualquer forma, 2008, na média, tende a ser mais um bom ano para o setor, embora com fortes emoções em função da possível maior volatilidade. Boa gestão, controle de custos e acompanhamento das variáveis de mercado farão a diferença.

MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.

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LUÍS RICARDO HÜBNER

TEIXEIRA SOARES - PARANÁ - ESTUDANTE

EM 22/10/2008

Afinal, só esperamos que não voltemos aos velhos e suados tempos de "cota" e "extra-cota", com os problemas que ocorrem com esta queda repentina no preço do leite.
RODRIGO AKIO YAMAKI

FERNANDÓPOLIS - SÃO PAULO

EM 28/02/2008

São novos tempos que devem enterrar de vez os produtores sem qualificação, sem estímulo e planejamento. Seleção do plantel e sanidade deverão ser os pilares para a nova era da pecuária leiteira, que exigirá leite em quantidade e com qualidade.

A idéia de imputir ao preço da ração como sendo o vilão da atividade é errônea, mas satisfaz o produtor despreparado.

Vejo muitos produtores fabricando silo de milho para fornecer a um rebanho para produzir de 6 a 8 litros. Não vejo produtores discutindo a dieta, somente o preço do concentrado.

E as ações governamentais? Incentivam e pesquisam como realizar uma ordenha manual bem feita para elevar a qualidade. Ora, por que não discutir o crédito, os juros e impostos para abaixarem o preço das ordenhas mecânicas e popularizarem a todos?

É melhor trocar as geladeiras do país para preservar um leite tirado na mão.

Produtores do nosso Brasil! Estudem mais, se qualifiquem, pois poderão ser descartados como uma vaca "véia", com mastite e de pé ruim.
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/02/2008

Prezado Marcello:

Cada vez mais, com tristeza, vemos aumentar a distância entre o texto da Normativa 51 e a realidade, a ponto de, ainda uma vez, considerarmos que a lei é de primeiro mundo para ser aplicada no terceiro. Se analisarmos o cenário campesino brasileiro, que, até pouco tempo (pouco mesmo), sequer registrava os contratos individuais do trabalho, não quitava impostos nem se preocupava com a saúde do trabalhador, poderemos atingir ao desvelo da asssertiva acima expendida.

Sabemos nós que a grande maioria de nossos pecuaristas de leite é formada por pequenos proprietários, que têm espaço exígüo, praticam uma criação familiar, sem empregados e que, dificilmente, poderá arcar com os ônus da aquisição de ordenhadeiras e tanques de expansão e, muito menos, de ampliar seu rebanho.

Todavia, no conjunto, estes representam grande parte do volume de leite auferido pelos laticínios e, temos que dizer, a certeza de que a indústria poderá impor o preço ao produto, porque eles vivem, com exclusividade, da produção e são obrigados a entregá-la pelo preço que vier. Para eles, pagamento por qualidade é como a "jornada nas estrelas": não passa de ficção, ainda que possível.

Em assim sendo, entendo muito difícil a instalação, definitiva, da Normativa 51 em solo pátrio, sem subsídios ou outros incentivos que, sabemos nós, não virão.

Parabéns pelo excelente artigo.

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
LUCAS ANTONIO DO AMARAL SPADANO

GOUVÊA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/02/2008

Ótimo artigo! O produtor de leite precisa entender que gestão, controle de custos e planejamento estratégico, não são mais linguagem puramente empresarial. Todos nós devemos estar atentos a este tipo de controle, e quando me refiro a custos, não são somente os da ração, mas, eletricidade, óleo diesel, mão de obra, água, medicamentos, ( mastite pricipalmente), semen ou touro, culturas para formação de volumosos, observação crítica sobre o melhor sistema, pasto, semi-confinamento ou confinamento, abordagens geradoras de custos.

Julgo que o tempo do caderno de anotações na fazenda já passou, é preciso se utilizar da tecnologia na fazenda, existem softwares gratuitos disponíveis para controle e gerenciamento de fazendas leiteiras, sendo um deles o LACTUS, por sinal bastante abrangente. Me utilizo dele e de outro dentro do sistema de controle de minhas propriedades. Ajudam muito no conhecimento real de custos e resultados.

Com toda certeza é loucura não se ter noções exatas de custos de produção, não se trata deero livro caixa, com singelas anotações de entradas e saídas, mas de plano de custos mesmo, com rateio por atividade e setor, de forma a se chegar à apuração mais fina do custo real do litro, qualquer coisa acima de 0,18/0,20 centavos significa redução de margem de lucro.

Outra observação pertinente, não é o número de animais (vacas) que permitem ganhos com o leite, mas a qualidade das mesmas. Parabéns Marcelo, MAIS UM ARTIGO MUITO BOM.
DANIELE CRISTINE BEURON

SÃO MIGUEL DO OESTE - SANTA CATARINA - PESQUISA/ENSINO

EM 23/02/2008

Parabéns pelo artigo, principalmente pelo alerta de custos, uma vez que mesmo com alta do preço do litro de leite precisamos ficar atentos ao aumento de outros produtos que afetam diretamente os custos para o produtor.
EVERTON GONÇALVES BORGES

IBIÁ - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 09/02/2008

É necessário um bom aumento nos preços, pois os custos estão cada vez maiores. A alimentação é o que sempre mais pesa, aliadas aos fatores que pouco consideravamos, tais como: minerais (grande alta), medicamentos, produtos de limpeza, energia elétrica, óleo diesel e a mão de obra cada vez mais cara e pior.
Parece que o preço do leite está muito bom, temos que acompanhar os elevado custos.
NELSOMAR PEREIRA FONSECA

MUTUM - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 29/01/2008

Esperamos que os preços subem, pois os custos, como disse, subiram muito, principalmente para a nossa região, que não é grande produtora de milho, e não produzimos soja, algodão, citros, trigo etc. (todo importado de outras regiões), aumentando os custos do produto com o transporte.

Temos a satisfação de informar que foi inaugurada uma filial do Laticínios Porto Alegre em Mutum, em 02/12/2006, com capacidade de industrial de 300 mil litros dia e que está programada para inaugurar em maio proximo (2008), uma indústria de soro e leite em pó, com capacidade de 500 mil litros dia.

O município de Mutum está agora precisando de investimentos em frigoríficos, pois a região é grande produtora de gado de corte, de suínos, e pode vir a ser um grande produtor de aves, estimulando a cadeia produtiva de grãos, uma vez que tem grande extensão territorial, solos férteis na região que consideramos baixada, pois o municípo é também grande produtor de café arábica e colinon.

Sabemos que a cadeia produtiva do leite gera o desenvolvimento de outros setores, mas não podemos ficar muito eufóricos com os preços, temos que diminuir os custos e lutar junto às associações, sindicatos dos produddtores, trabalhadores e representantes da agricultura familiar, como os conselhos municipais de desenvolvimentos rurais sustentável (CMDRS), e FAEMGs, FETAEMGs e CNA, que cobram taxas dos produtores, para implantar definitivamente, e o mais rápido possível IN51. Até hoje temos transpote de leite em latões e até mesmo em bombonas.

Com pagamento diferenciado pela qualidade, como temos para outros produtos, iria agregar um valor para cobrir as despesas e estaria incentivando aqueles que não estão preocupados com a qualidade a praticarem o mínimo de seu dever, pois são produtores de alimentos. Poderia ser feita talvez uma campanha a nível nacional de divulgação para o consumidor sobre o valor da qualidade do produto que está sendo consumido, focando a qualidade do produto, como fazem com a cerveja, refrigerantes etc., colocar o leite na nas novelas e outros programas de tv, incentivando o consumo. Você já viu na novela alguém oferecer um uísque, certo? E já viu oferecerem um copo de leite a alguma visita?
PAULO FERNANDO ANDRADE CORREA DA SILVA

VALENÇA - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/01/2008

Marcelo,

Um único gráfico no artigo! O mais importante para o produtor especializado. Excelente análise. Obrigado.

Paulo Fernando. APLISI.
GUSTAVO SOUZA A. DE MOURA

COROMANDEL - MINAS GERAIS - MÉDICO VETERINÁRIO

EM 28/01/2008

Parabéns por mais um ótimo artigo, Marcelo, principalmente a conclusão, que chama a atenção para a necessidade da visão empresarial do produtor de leite.

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