Seguindo a mesma linha de raciocínio desenvolvida pelo grupo do Prof. Thatcher, o grupo do Prof. Stevenson, da Universidade de Kansas, EUA, também avaliou a utilização de ECP associado à estratégia de pré-sincronização em protocolos de sincronização de ovulação em tempo fixo em vacas em lactação (Use of ECP in a presynchronized timed artificial insemination protocol for lactating dairy cows J. Dairy Sci., vol. 84, suppl. 1/2001, pg. 248).
Para testar se o ECP pode substituir o GnRH do final do protocolo de sincronização de ovulação, vacas em lactação foram agrupadas por semana de parição e distribuídas nos tratamentos, em semanas alternadas.
Todas as vacas foram pré-sincronizadas com 2 injeções de PGF2a (Lutalyse; 25mg; IM) dadas com intervalo de 14 dias (35 ± 3 e 49 ± 3 dias pós-parto)
Vacas em ambos os grupos receberam uma aplicação de GnRH (Cystorelin, 100 mcg, IM), considerado dia zero, com 63 ± 3 dias pós-parto. Sete dias depois (70 ± 3 dias pós-parto) foi feita aplicação de PGF2a (Lutalyse; 25mg; IM).
Vacas sorteadas para receberem o protocolo Ovsynch (n = 157) receberam a segunda aplicação de GnRH no dia experimental 9 (72 ± 3 dias pós-parto) e foram inseminadas 24 horas depois.
Vacas sorteadas para receberem o protocolo ECPsynch (n = 164) receberam ECP (Pharmacia, 1mg, IM) no dia experimental 8 (71 ± 3 dias pós-parto) e foram inseminadas 48 horas depois.
Os protocolos utilizados foram:
Ovsynch (n=157)= PG---14d---PG---14d---GnRH---7d---PG---48h---GnRH---24h---IA
ECPsynch (n=164)= PG---14d---PG---14d---GnRH---7d---PG---24h---ECP---48h---IA
A prenhez foi verificada 37 a 44 dias após a IA, por palpação retal.
A fase do ciclo estral no início do tratamento e ciclicidade foram determinadas por observação prévia do cio.
Houve interação tratamento e demonstração de estro (P<0,01), sendo que a taxa de prenhez para as vacas que demonstraram estro foi de 32,8 ± 8,2% (n=28) para o grupo Ovsynch e de 40,4 ± 4,1% (n=127) para o grupo ECPsynch, e de 26,8 ± 3,8% (n=129) e 6,6 ± 5,7% (n=57), respectivamente, para as vacas não observadas em cio. Menor número de vacas do grupo Ovsynch em relação ao ECPsynch expressaram sinais de estro.
A taxa de prenhez das vacas que iniciaram o protocolo de sincronização entre os dias 5 e 12 do ciclo estral foi maior do que nas vacas que estavam em outras fases do ciclo ou em fases desconhecidas (P<0,02).
Baseado nestes resultados de taxa de prenhez na 1a IA sincronizada após o PVE, pode-se concluir que os tratamentos com ECP ou GnRH como hormônios ovulatórios em protocolos de sincronização da ovulação são similares.