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Deposição profunda de sêmen no útero e seu efeito na taxa de concepção em vacas de leite

POR JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

JOSÉ LUIZ M.VASCONCELOS E RICARDA MARIA DOS SANTOS

EM 16/12/2004

2 MIN DE LEITURA

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Vários estudos têm avaliado diferentes estratégias para melhorar a concepção em vacas leiteiras de alta produção. Uma das estratégias citadas na literatura é a inseminação artificial profunda. Existem dados na literatura que mostram que os resultados de deposição profunda de sêmen no útero são controversos. Alguns estudos indicam aumento da taxa de concepção enquanto outros não.

O objetivo desse estudo foi determinar o efeito da inseminação artificial profunda nos dois cornos uterinos na taxa de concepção em vacas de leite. Este estudo (The effect of deep intrauterine placement of semen on conception rate in dairy cows. Diskin, et al. (2004) J. Dairy Science, vol. 87, suppl. 1, p. 257) foi realizado durante dois anos, envolvendo 6 inseminadores em cada ano, sendo que 4 deles trabalharam nos dois anos. Todos os inseminadores foram treinados antes do início do experimento em cada ano.

As vacas foram inseminadas no corpo uterino ou profundamente nos dois cornos uterinos (50% do palheta de sêmen de cada lado), alternadamente. Foram colhidos dados de 1860 inseminações em 37 rebanhos em 2002 e 1586 inseminações em 24 rebanhos em 2003. O diagnóstico de prenhez foi realizado por ultra-sonografia entre os dias 28 e 60 após a IA. Os dados foram analisados pelo PROC CATMOD incluindo no modelo as variáveis tipo de IA (IA no corpo uterino vs. IA profunda nos dois cornos uterinos), ano, inseminador e as interações.

Não foi detectada interação entre de tipo de IA/inseminador/ano, tipo de IA/ano nem inseminador/ano na taxa de concepção. Foi detectado efeito (P<0,02) da interação entre tipo de IA e inseminador na taxa de concepção, com evidência de aumento (+11,4%; P<0,05), decréscimo (-4 a -6%; P<0,05) ou de não efeito (P<0,05) da IA profunda nos dois cornos uterinos na taxa de concepção, dependendo do inseminador.

A análise retrospectiva dos dados dos 61 rebanhos mostrou que o aumento na taxa de concepção após a IA profunda nos dois cornos uterinos foi mais evidente em rebanhos com baixa taxa de concepção após a IA no corpo uterino.

Este estudo indicou que o efeito da IA nos cornos na taxa de concepção não é uniforme e é dependente do inseminador e que pode estar relacionada a taxa de concepção do rebanho.

São necessários mais estudos para investigar a relação entre inseminador, técnica de IA e taxa de concepção do rebanho, antes de fazer uma recomendação generalizada.

JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

Médico Veterinário e professor da FMVZ/UNESP, campus de Botucatu

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JÚLIO CÉSAR BARBOSA DA SILVA

MINAS GERAIS

EM 31/12/2004

Caro professor Zequinha tenho acompanhado a dinâmica folicular de doadoras superovuladas e como rotina as insemino através da via intracornual profunda. Procuro inseminar nos momentos pré-ovulatórios. Não é fácil identificar esse estágio atraves da ultra-sonografia mesmo trabalhando com sincronizadores de ovulação. O que tenho notado é que vacas submetidas ao mesmo protocolo chegam à ovular com diferença, em alguns casos acima de 6 horas de diferença. Já houve alguns casos curiosos em que inseminei uma vaca superovulada recém ovulada e tive uma recuperação muito boa de estruturas viáveis.

Tenho notado uma diminuição sensível no número de estruturas degeneradas e não fertilizadas ao longo desse trabalho e feito uma economia de sêmen, principalmente de touros caros, que agradam o criador.

<b>Resposta do autor:</b>

Júlio César, Bom dia. Bom saber que você já esta utilizando desta técnica, porem gostaria de saber se você tem a proporção de machos e fêmeas em vacas que você insemina mais próximo da ovulação vs mais distantes da ovulação.

Zequinha.

<b>Resposta do Júlio:</b>

Caro professor,

Estarei fazendo um levantamento detalhado na próxima semana entre alguns clientes e algumas raças que trabalho para lhe passar. Inclusive tenho utilizado o Mr. POI 75 da Pilar sexado com bons resutados na produção de embrião. Em um dos trabalhos a doadora produziu 21 estruturas, 18 viáveis, 15 prenhezes diagnosticadas precocemente, 1 mortalidade embrionária na confirmação do diagnóstico, 13 fêmeas e 1 macho. Utilizei 2 doses congeladas com 3 milhões de sptz.

Desculpe-me pelo atraso na resposta, pois estive descansando para enfrentar esse ano que promete muito.

Um abraço, Júlio

ANTONIO VILELA CANDAL

JACAREÍ - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/12/2004

Caros colegas;

Sempre tive esta desconfiança.

Em vacas de Baixo Índice de Concepção isto poderia ser uma alternativa.

Vou iniciar um estudo em minha Fazenda, o resultado depois comento.

Meu inseminador é muito bem preparado e estamos com 1,57 doses de Semên por prenhez. Identificar os cornos e fazer uma deposição profunda não será problema.

As vacas as quais soferão esta técnica, são animais de potencial alto de descarte por baixo índice de fertilidade e sendo assim, caso sofram possíveis ferimentos e ou infecções, não causarão muitos prejuízos.

CANDAL

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