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Histórico de KPS das silagens brasileiras

ESALQLAB

EM 31/01/2023

3 MIN DE LEITURA

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É de conhecimento geral que a silagem de milho é o principal volumoso utilizado para o confinamento de bovinos de corte e leite no Brasil. Portanto o monitoramento e análise da qualidade deste ingrediente se torna uma informação crucial aos produtores.

No entanto, a avaliação da composição da silagem, embora valiosa, não é a única informação importante na hora de formular dietas e criar o planejamento para seu uso.

Não basta o amido estar presente na silagem, é necessário que o animal consiga aproveitar esse nutriente. Caso o grão de milho tenha sido mal processado durante a colheita, haverá baixa digestibilidade e maior excreção do amido. A excreção do amido pelas fezes (amido fecal) gera perdas econômicas pelo mal uso do nutriente e maior resíduo ambiental.

A variável mais rotineiramente utilizada para avaliar a disponibilidade do amido na silagem de milho é o grau de processamento do grão presente na silagem de milho. O teste do KPS (Kernel processing score) tem como propósito quantificar a porcentagem do amido da amostra que sob agitação é capaz de passar por uma peneira com crivos de 4,75mm. Quanto maior o KPS, mais facilmente os microrganismos do rúmen terão acesso ao amido no grão de milho, aproveitando mais a energia contida no alimento e podendo aumentar a produtividade dos animais.

Dito isso, é importante lembrar que o KPS é classificado da seguinte forma:

  • Valores de KPS acima de 70% são consideradas excelente;
  • Valores entre 50% e 70% são consideradas adequado e
  • Valores abaixo de 50% são consideradas ruins.

Com o objetivo de conhecer melhor as silagens brasileiras, o ESALQLAB conduziu um levantamento em seu banco de dados em que foi compilado os dados de KPS das 11 mil amostras de silagem de milho recebidas entre os anos de 2019 a 2021 (Figura 1).
 

Figura 1. Classificação do KPS das amostras de silagem de milho recebidas pelo ESALQLAB nos anos de 2019 a 2021.

Classificação do KPS das amostras de silagem de milho recebidas pelo ESALQLAB nos anos de 2019 a 2021

Como evidenciado na Figura 1 as silagens brasileiras ainda em sua maioria não apresentam bons resultados de KPS, sendo a maior parte qualificadas como ruim (46%) ou adequada (46%). Somente 8% das amostras recebidas nos anos de 2019 a 2021 obtiveram grau excelente no índice, sendo a média geral de KPS desse período 50,84%.

Apesar dos resultados ainda há algumas boas notícias. Os dados mostram que há um bom espaço para melhorar durante a colheita da silagem de milho no Brasil, abrindo a oportunidade para prestadores de serviços e as próprias fazenda se destacarem diante de uma média de KPS tão baixa.

Quando avaliamos o histórico dos 3 anos separadamente (Figura 2) se torna claro a evolução do processamento de grão nas silagens brasileiras.

No ano de 2019 cerca de 58% das silagens apresentavam KPS ruim, no ano posterior esse número foi reduzido para 50,59% e por fim em 2021 o valor foi de 32,48%, uma queda relevante e importante para o cenário nacional. Vale ainda ressaltar o aumento de silagens consideradas adequadas e excelentes, essa última mais que dobrado nos anos do levantamento.

Figura 2. Evolução do KPS nos anos de 2019 a 2021.

Evolução do KPS silagem de milho nos anos de 2019 a 2021.
 

Essas melhoras podem ser explicadas por dois motivos: Ao avanço tecnológico na colheita do milho, com o aumento do uso de colhedoras automotrizes, e de processadores cracker, devido a crescente preocupação dos produtores em produzir silagens de qualidade.

Apesar de ainda estarmos distantes da maior proporção do grau de excelência da silagem, com empenho e contínua preocupação aos poucos o objetivo será alcançado.

A veracidade deste fato está que em três anos o número de silagens ruins reduziu 25,5%, demonstrando a contínua evolução do gerenciamento da produção. No entanto, só se gerencia aquilo que se mede. Sendo assim só é possível buscar uma melhoria das silagens ao avaliar seus parâmetros, dentre eles o KPS, e buscando entender os fatores que o influenciam.

E a silagem de milho da sua propriedade, qual o KPS dela?
 

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Autores

Fernanda Scarassati Farias, Maria Daniele Sampaio Oliveira, João Pedro Monteiro do Carmo, Letícia Carolina Bortolanza Soares, Ana Beatriz Rotelli, Daniel Montanher Polizel.

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