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Alguém viu o amido por aí?

ESALQLAB

EM 13/09/2017

2 MIN DE LEITURA

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 Laerte Cassoli
ESALQLab - Departamento de Zootecnia
ESALQ/USP
 
 
O último lugar em que gostaríamos de achar o amido, seria nas fezes. Altos teores desse nutriente nas fezes indicam que os microrganismos ruminais e o animal não conseguiram digerir, e portanto, o aproveitamento dessa importante fonte de carboidrato e energia é considerada ineficiente. 



Mas qual seria o valor ideal? Recomenda-se valores abaixo de 3%. Estudo demonstrou que a cada unidade percentual acima disso, vacas deixam de produzir cerca de 0,3 kg de leite por dia (Ferguson, 2005). Na figura abaixo podemos observar o que acontece com a produção de leite em função do aumento do amido fecal.

Gráfico 1. Redução da produção de leite (kg/vaca.dia) em função do aumento do amido fecal (Ferguson, 2005).

Existem vários fatores que podem contribuir com a baixa digestibilidade total do amido ofertado aos animais. Por exemplo, no caso da silagem de milho, a intensidade de processamento do grão é um deles. Grãos mal processados são poucos digeridos e acabam sendo eliminados nas fezes.

Estudos demonstram a relação negativa entre o KPS (Kernel processing score) e o amido fecal. Ou seja, quanto maior o KPS (silagem de milho com grãos bem quebrados), menor será o amido perdido nas fezes (Braman, 2015), conforme apresentado na figura abaixo.


 
Gráfico 2. Correlação entre KPS e amido fecal em 47 rebanhos (Braman, 2015)

Justamente por isso, o KPS é um importante indicador da qualidade do processamento da silagem. Mas afinal, o que é o KPS? Ele expressa a porcentagem do amido que está presente na porção da amostra que passou por uma peneira com diâmetro de 4,75 mm. Grãos bem processados passam pela peneira e levam a um maior KPS. O KPS pode ser interpretado conforme figura abaixo:

Figura 1. Como avaliar o KPS da silagem de milho

 
Duas silagens com o mesmo teor de amido, podem ser totalmente diferentes para o animal em função da disponibilidade desse amido, aferido pelo KPS. Isso impactará diretamente no teor do amido fecal e consequentemente no desempenho animal.

Monitorar o KPS, no caso da silagem de milho, e o teor de amido fecal é uma prática importante para quem deseja maximizar a produção de leite dos animais.

 

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TÂNIA VIEIRA

EM 28/05/2018

Boa tarde,
Poderia me informar qual artigo de Ferguson (2005) foi usado como referência? Gostaria de lê-lo.

Obrigada!
CARLOS ANDRE GRIMM DE FARIA

LONDRINA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 18/09/2017

Otimo, artigo, simples e direto
Parabéns ao autor.
ESALQLAB

PIRACICABA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/09/2017

Olá, Lucas! Agradecemos pelo comentário. O KPS e o amido fecal são indicadores importante, mas por outro lado é "olhar pelo retrovisor", uma vez que a silagem já está pronta e sendo consumida pelos animais. Existem testes bem interessantes que voce pode realizar no campo, como por exemplo: colher 1 litro do material picado, esparramar numa superficie e contar o numero de grãos inteiros ou quebrados ao meio (Flis, 2014 - DairyOne Improver). Essa contagem deve ser de no máximo 2. Seria interessante repetir esse procedimento várias vezes durante o processo.
Um abraço,
Laerte
LUCAS REICHELM COSTA

PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 17/09/2017

Boa noite Larte. Primeiramente parabéns pelo artigo, muito bom mesmo. Uma dúvida, teria a possibilidade de se fazer algo prático no campo, no dia a dia da fazenda para termos um valor aproximado do KPS? Digo, sem ter em mãos o aparelho, para que possamos ter uma noção do aproveitamento do amido pelos animais?

Um abraço!
ESALQLAB

PIRACICABA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/09/2017

Olá, Thiago. Agradecemos pelo comentário,
Abraço, Laerte
THIAGO BERNARDES

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 15/09/2017

Excelente artigo Laerte. Informações seguras, curto e simples de ler.
Abraço, Thiago

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