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Ordenha robotizada e os sistemas de tráfego das vacas

POR FERNANDA ANTUNES

EDUCAPOINT

EM 28/03/2024

4 MIN DE LEITURA

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As ordenhas robotizadas tem se tornado uma tecnologia cada vez mais comum. O sistema é uma das alternativas quando há escassez de mão de obra nas fazendas leiteiras e, para a adoção dessa ferramenta, é necessário entender quais são as possibilidades de funcionamento do sistema como um todo, a fim de identificar o que melhor se adapta às condições da fazenda.

Existem duas principais opções de tráfego das vacas em sistemas de ordenha robotizados, o tráfego ou fluxo livre e o tráfego ou fluxo guiado. Os dois tipos de tráfego interferem diretamente na rotina das vacas leiteiras, em graus diferentes.  

 

Mas o que é o tráfego de vacas?  

O tráfego ou fluxo é a movimentação dos animais nas áreas disponíveis do sistema de confinamento, que envolve as áreas de descanso, a pista de alimentação, e as áreas de deslocamento até a ordenha robotizada.  

 

Tráfego livre  

Nesse tipo de tráfego, a vaca escolhe o que fazer e quando fazer. Ou seja, a vaca pode escolher quando visitar o robô de ordenha, quando ir para a área de descanso ou para a pista de alimentação. Nesse tipo de tráfego, a vaca pode responder com a maior produção de leite por dia, visto que ela possui acesso livre à comida.  

Todavia, no tráfego livre pode existir maior ocorrência de vacas que precisam ser conduzidas até o robô para serem ordenhadas, já que elas possuem a liberdade de escolha. Esse problema pode ser praticamente inexistente quando há um bom manejo nutricional e o fornecimento de condições ideais para a rotina das vacas.  

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Não menos importante, os animais devem estar sadios e livres de enfermidades, isso porque, dificilmente um animal se deslocará por livre e espontânea vontade até a ordenha quando estiver sentindo algum desconforto.  

No vídeo abaixo, é possível observar uma situação que poderia ser entendida como o cenário ideal na rotina das vacas em fazendas com ordenha robotizada. É possível identificar que alguns animais encontram-se na área de descanso, em repouso, outros na pista de alimentação e com alguns animais direcionando-se para a ordenha. Ou seja, as vacas têm a possibilidade de realizar atividades diferentes no momento que desejarem. 

Tráfego guiado 

No tráfego ou fluxo guiado, os animais têm o acesso restrito às áreas do sistema que estão inseridos. O tráfego é dirigido com portões de direção única, bloqueando a rota entre as áreas de descanso e de alimentação. Dessa forma, quando os animais saem da área de descanso, precisam obrigatoriamente passar pelo robô que vai identificar se ela precisa ou não ser ordenhada.  

Após a vaca passar por essa seleção, ela pode ser direcionada para a pista de alimentação ou então voltar para a área de descanso.  

Como tráfego guiado, ainda existe o sistema conhecido como “milk first” ou “leite primeiro” onde os animais passam por um portão de pré-seleção que vai direcionar as vacas que estão aptas para a próxima ordenha, dessa forma elas vão para a sala de espera, ou, as que não estão aptas são direcionadas para a pista de alimentação. Esse sistema é interessante porque a quantidade de vacas que entram no robô é menor, isso porque somente as aptas são direcionadas, reduzindo o tempo de espera dos animais

Outra opção é “feed first” ou “alimento primeiro”, que também consiste em um tráfego guiado, onde a vaca tem acesso à pista de alimentação primeiro, e só pode retornar para a área de descanso através de um portão de seleção que direciona os animais que estão aptos para a ordenha até o robô e os não aptos para a área de descanso.  

 

Qual é o melhor tráfego para a fazenda?  

A escolha do tipo de tráfego deve ser pautada em uma avaliação correta das características específicas de cada fazenda. A escolha do tipo de tráfego interfere diretamente na eficiência da rotina na fazenda e no conforto da vaca.  

Se por um lado o tráfego guiado pode melhorar a frequência dos animais até a ordenha, por outro, pode alterar o comportamento alimentar dessas vacas com as restrições de número de visitas até a pista de alimentação, além de interferir no tempo que as vacas passam deitadas, em repouso.  

No tráfego livre, os animais podem ter mais conforto por ter a possibilidade de escolha da atividade a ser realizada, sendo um fator importante quando se trata no tempo de descanso da vaca. Todavia, nesse sistema o número de recusas no robô é maior, já que que não existe um portão pré-seleção que direciona a vaca que está apta ou não para ser ordenhada. Isso pode comprometer o desempenho do sistema.  

No entanto, é crucial compreender que os animais necessitam de um período de adaptação, independentemente do sistema adotado. Durante a fase inicial, após a implantação do sistema, a rotina pode não se desenrolar da maneira ideal, o que é considerado normal durante o processo de adaptação. É de extrema importância que os animais passem por essa fase de transição, pois caso contrário, toda a rotina futura estará comprometida.

 

 

Fonte consultada: Fluxos em fazendas leiteiras: entenda os diferentes sistemas. Sara Godoy, EducaPoint. 

 

FERNANDA ANTUNES

Engenheira Agrônoma pela Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC/CAV.

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PAULO XAVIER

TOMAZINA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/04/2024

Parabéns pela matéria
FERNANDA ANTUNES

SALETE - SANTA CATARINA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 22/04/2024

Obrigada, Paulo. Continue nos acompanhando por aqui, abraços!

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