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Como o monitoramento da ruminação pode prevenir doenças uterinas?

EDUCAPOINT

EM 30/07/2019

3 MIN DE LEITURA

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Atualizado em 26/01/2024

O período de transição é um período fundamental para o sucesso de uma vaca leiteira, não só do ponto de vista produtivo, como também, do ponto de vista reprodutivo. Durante este período, a vaca passa por inúmeros desafios nutricionais e metabólicos, que podem resultar em comprometimento da imunidade, ocasionando diversas doenças e distúrbios.

Sabe-se que não existe apenas um fator responsável pelo sucesso ou insucesso nesta fase, uma associação de fatores, são responsáveis por todas estas mudanças e devem ser monitorados de perto e controlados.

Nos Estados Unidos tem sido cada vez mais comum a utilização de monitores de ruminação e atividade em vacas no período de transição. Esse monitoramento é feito com o uso de colar, que, através de microfone, permite que se anote os minutos que a vaca passa mastigando e regurgitando a cada duas horas.


Figura 1: Sistema de monitoramento da ruminação utilizado nos EUA

Pesquisas mostram a alta acurácia desse sistema com relação à observação visual, ou seja, os dados obtidos através desse sistema são mais precisos.

Dentro de um período de duas horas, a ruminação está inversamente relacionada à ingestão de matéria seca. Apesar disso, a variabilidade de ingestão de matéria seca está associada com a variabilidade de ruminação, de maneira geral.

É possível utilizar esses dados para prever doenças no pós-parto?

Para responder a essa pergunta, pesquisadores da Universidade da Flórida desenvolveram um modelo estatístico que utilizou as seguintes informações que estão relacionadas ao aumento do risco de doenças uterinas, como sexo do bezerro, problemas de parto, escore de condição corporal (ECC) pré-parto, mudança de ECC, claudicação, haptoglobina pré-parto, ácidos graxos livres, ou não esterificados (AGNA) pré-parto e tempo de descanso.

Também foi incluído nesse modelo a ruminação no pré-parto, principalmente a média (minutos por dia) e a variabilidade, ou seja, o quanto a ruminação variou nos sete últimos dias antes do parto em relação aos sete dias anteriores (14 a 7 dias antes do parto). A suposição era de que, conforme a vaca se aproxima do parto, aumenta a variação na ruminação, alterando a ingestão de matéria-seca, e deixando-a predisposta as doenças.

A pesquisa descobriu que os fatores que predizem doença uterina são:

- Problemas de parto;
- Claudicação;
- AGNE;
- Variabilidade na ruminação.

Assim, quanto maior a variabilidade na ruminação no pré-parto, maior o risco de doenças uterinas após.

Outro fator investigado pelos pesquisadores foram os dados de ruminação do grupo, ao invés dos dados individuais. Assim, eles agruparam vacas de acordo com a data do parto e avaliaram a variabilidade de ruminação desses animais nos últimos 17 dias antes, determinando, então, a prevalência de doença nos grupos.

O gráfico abaixo mostra que o aumento da variabilidade de ruminação dentro do grupo aumentou a probabilidade de cetose e hipocalcemia subclínica:


Gráfico 1: Associação entre variabilidade na ruminação e prevalência de doenças em vacas em transição

O mesmo ocorreu com a probabilidade de natimortos. Já a produção de leite nos primeiros 90 dias foi menor quanto maior a variabilidade de ruminação do grupo:


Gráfico 2: Associação entre a variabilidade na ruminação e a prevalência de natimortos

Por esses motivos, é recomendado que se faça a mensuração do consumo de matéria seca no curral de pré-parto, pois a variabilidade nesse consumo está correlacionada com o aumento de doenças e, conforme mostram esses dados, a variabilidade da ruminação também está relacionada com problemas metabólicos.

É importante ressaltar que todos esses dados são dependentes de fatores animais e ambientais, de forma que não é possível extrapolar dados de minutos de ruminação de uma fazenda para outra. Apesar disso, esse tipo de monitoramento possibilitará uma atuação mais rápida e eficaz, prevenindo doenças no pós-parto.

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