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No verão, não se esqueça dos animais secos

POR JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

COWTECH

EM 07/12/2001

2 MIN DE LEITURA

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Com a chegada do verão, aumentam as dificuldades envolvendo o manejo dos animais. Apesar das pastagens se tornarem mais produtivas, permitindo maiores lotações e ganhos por área, fatores climáticos como elevada temperatura e umidade, costumam trazer prejuízos significativos à produção de leite, dentre os quais destacamos a redução no consumo de matéria seca.

Quanto mais produtiva for a vaca, maiores serão suas exigências nutricionais para atender suas demandas de manutenção e de produção. Logo, maior será a necessidade de ingestão de grandes quantidades de alimento para suprí-las e o calor torna-se o inimigo número um de bovinos leiteiros, mais precisamente os de sangue europeu (Bos taurus). Com o objetivo de minimizar os efeitos deletérios do calor, muitos produtores lançam mão de pacotes tecnológicos como a implantação de sistemas de climatização. A combinação de ventilação e aspersão é a prática mais recomendada e utilizada por significativa parcela de produtores especializados (sendo mais comum encontrarmos em salas de espera, de ordenha e abrigo de animais – free stalls).



foto 1- Ventilação na sala de espera (sempre recomendada para amenizar o estresse no verão)

Nas águas, acima de tudo, todas as atenções são direcionadas aos animais em produção. Inúmeros trabalhos já comprovaram e destacaram desempenhos positivos de animais em ambientes climatizados, em detrimento a animais submetidos ao estresse térmico. Não podemos nos esquecer, entretanto, dos animais em produção do rebanho que não estão no leite, ou seja os animais secos, especificamente vacas e novilhas no pré-parto.

A ausência de conforto térmico para animais secos, principalmente aqueles no período pré-parto (transição), pode levar ao declínio da produção durante a lactação. De acordo com pesquisa realizada na Universidade do Mississipi (EUA), o aumento de 1 ponto na escala do índice de temperatura e umidade (THI), a partir do valor de 72, gerou uma perda de 9,5 kg de leite nos primeiros 200 dias de lactação. Em outras palavras, por exemplo, um animal no pré-parto, submetido a um THI médio de 80 no período pré-parto deixou de produzir em torno de 76 kg de leite nos primeiros 6,5 meses de lactação ou cerca de 0,380 kg de leite por dia.


foto 2 – animais pré-parto em piquete com ausência de conforto térmico

A tabela abaixo demonstra a relação dos valores do THI no pré-parto, com perdas nos primeiros 200 dias de lactação.



Comentário MilkPoint: os dados levantados na pesquisa acima são bastante interessantes e de bom proveito para produtores de leite. Apesar de representar a realidade de uma região nos Estado Unidos, os mesmos servem como referência para indicar a possibilidade de perdas ao longo da lactação, apenas em função do estresse térmico apresentado durante o período de transição. A estes valores, apresentados no quadro acima, devemos somar outras possíveis perdas em função da redução de consumo causada pelo calor e/ou baixa ingestão de MS característica de início de lactação, com reflexo direto na produção de leite ou prejuízos indiretos como a debilidade imunológica dos animais, aumento de distúrbios metabólicos e alterações no desempenho reprodutivo. Desta forma, fica a mensagem de que não podemos deixar de lado pequenos detalhes que fazem a diferença, principalmente nos dias atuais de baixos preços recebidos por litro de leite. Destacamos ainda, que o conceito de conforto térmico não está necessariamente atrelado ao uso de sistemas de climatização. No caso de animais secos ou pré-parto, um bom piquete, limpo, seco ventilado e arborizado (sombreamento natural) é uma solução prática, recomendada, eficiente e barata que pode amenizar os riscos de perdas via THI elevado no período seco.

Fonte: Dairy Herd Management, agosto 2001.

JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

Espaço para artigos e debates técnicos expostos por especialistas e equipe de consultores.

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