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Aspectos importantes a serem considerados no manejo reprodutivo e uso da IATF em rebanhos leiteiros

POR JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

COWTECH

EM 22/11/2012

6 MIN DE LEITURA

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Quando pensamos em produção de leite e crescimento de rebanhos, inegavelmente, temos que discutir aspectos reprodutivos. A reprodução de bovinos, de certa forma é negligenciada por uma gama, relativamente grande, de produtores. Explico: apesar de praticamente 100% das propriedades possuírem médico veterinário responsável pelo diagnóstico de prenhez de seus animais, poucos são os produtores que cobram, discutem e/ou sabem avaliar os parâmetros reprodutivos de um rebanho. Muitos veterinários apenas exercem o trabalho de avaliação de prenhez e este simples diagnóstico (prenha, vazia, com corpo lúteo/ciclando, ovários pouco desenvolvidos ou presença de cisto) apesar de fundamental, pouco resolve problemas de reprodução de uma fazenda. Especialistas no tema (reprodução) como o Prof° José Luiz Moraes Vasconcelos (UNESP/Botucatu) há anos vem escrevendo nesse mesmo canal (MilkPoint) sobre a relevância e a maneira de trabalharmos de forma eficiente com a reprodução de bovinos de leite, bem como a importância de coletarmos e monitorarmos dados reprodutivos dos animais para que possamos calcular índices reprodutivos. A partir dos mesmos é possível classificarmos uma propriedade em relação aos valores desejáveis (benchmarks) para taxa de concepção, taxa de prenhez, dias em aberto, intervalo entre partos, taxa de detecção de cio, entre outros. O trabalho do médico veterinário especialista em reprodução somente terá valor se os indicadores e parâmetros reprodutivos forem armazenados, avaliados e estudados com critério. Esse levantamento de dados e avaliação estatística pode ser feito pelo veterinário consultor (ou proposto pelo mesmo) ou mesmo pelo próprio produtor/proprietário ou responsável pelo manejo (gerente, agrônomos, zootecnistas ou técnicos agropecuários) para avaliar o desempenho desse importante setor na fazenda. O importante é ter a avaliação. É necessário sabermos como será a distribuição de partos ao longo do ano para sabermos quando teremos mais receita com a atividade (maior % de vacas em lactação) e podermos programar/planejar o consumo de alimentos.

É muito comum produtores ficarem insatisfeitos com médicos veterinários e associarem sucesso no manejo reprodutivo ao trabalho dos especialistas em reprodução. Tenho uma visão (particular), completamente contrária em relação ao assunto. Sob meu ponto de vista, uma das áreas mais técnicas que envolve o manejo de bovinos é a avaliação do status reprodutivo do rebanho: o toque ou palpação, simplesmente. É necessário uma boa leitura das condições de ovário, útero e a correta recomendação de hormônios que possam acelerar o retorno ao ciclo estral. No entanto, para que todo este trabalho funcione, toda a fazenda deve estar “redonda”. O médico veterinário que realiza diagnóstico de prenhez, pouco pode fazer em relação à reprodução (para melhorá-la) se a alimentação dos animais (nutrição: qualidade, quantidade e constância no fornecimento) e conforto não estiverem em ordem. A sanidade/saúde (outro aspecto fundamental) também é conseqüência. Por melhor que seja o profissional e sua recomendação: “dê prostaglandina a esta vaca”, “esta vaca está com cisto, entre com Gnrh”, “implante progesterona nessa aqui”, “faça infusão uterina nessa outra...”. A verdade é que pouco efetivos serão os resultados se as vacas forem: a-) mal alimentadas (dietas mal balanceadas); b-) se abrirem lactação com baixo escore de condição corporal (ECC baixo) – problemas no manejo de vacas secas (ou período de transição) ou c-) se forem submetidas à condições de stress térmico (no período seco e, principalmente, no decorrer da lactação). Logo, escute as considerações do seu veterinário, não brigue com o mesmo e entenda que suas recomendações são fundamentais para o sucesso do seu negócio e que sua atuação envolve diagnósticos e recomendações. Não “desconte” no mesmo outros problemas ou dificuldades da atividade, nem exija do mesmo a solução total da reprodução. Ele pode e irá te ajudar, mas o trabalho é conjunto.

Atualmente, o que tem chamado muito a minha atenção é que, mesmo com as dificuldades usuais acima descritas (nem descrevemos a participação da mão-de-obra ainda, no processo), tenho escutado e conversado cada vez mais com produtores que estão fazendo uso da IATF. Alguns colegas consideram a IATF como a “solução para os problemas de fertilidade de um rebanho”. Digo isso porque implantar protocolos gera custos adicionais à dose de sêmen para uma concepção. Os custos serão ainda maiores se houver fracasso.

Tenho uma visão um pouco diferente sobre o tema e gostaria de compartilhar, dividir e receber sugestões de diferentes profissionais. Não considero a IATF como a solução de problemas. Considero a IATF uma importante ferramenta de manejo para resolver problemas de vacas atrasadas e/ou grandes produtoras com histórico de cistos ovarianos. Uso e recomendo IATF para animais nestas condições, ressalto. Quando temos vacas sadias, ciclando, recomendo, aprovo e fico satisfeito com a velha prostaglandina, quebrando CL (corpo lúteo) e antecipando cios. Acredito que o nosso papel deve ser de estimular, controlar e promover a melhor detecção de cios entre os funcionários. A função do inseminador, claro, é inseminar. O sucesso da inseminação depende da correta detecção de cio. O veterinário passando uma vez por mês numa propriedade torna o trabalho ainda mais fácil. Após sua visita, em qualquer fazenda é natural que a atenção na detecção de cio redobre... pois prostaglandinas foram aplicadas. Para vacas problemas, então vamos de IATF. Há quem diga que o uso de protocolos é interessante para promover concentração de partos. Em casos particulares como Nova Zelândia e pecuária de corte (no Brasil), a conversa é outra, mas em termos de Brasil (como um todo), esta recomendação procede? É muito importante aqui apontarmos para a questão da escolha correta de animais que serão submetidos à IATF. Para isso necessitamos de profissionais com comprovada experiência. Nem todo ovário reponde adequadamente ou como desejamos aos protocolos pré-estabelecidos. O grande maestro neste momento é o especialista em reprodução. Aquele que coloca a mão e conhece, de fato, o interior do animal (pois passa a maior parte do ano realizando palpações).

Infelizmente tenho recebido a notícia de que alguns profissionais estão recomendando IATF em bovinos de leite como se estivéssemos trabalhando com manejo de bovinos de corte. É possível trabalhar com IATF em larga escala em fazendas de leite? Claro. É possível termos sucesso com IATF em larga escala? Claro. O que discuto aqui não é a eficiência do processo. O mesmo quando corretamente aplicado funciona muito bem (recomendável). O que discuto é que ao mesmo tempo em que ajuda, gera problemas em muitos outros. Existem fazendas que adotam ou usam IATF por períodos ou esporadicamente. A IATF, é muito interessante por um lado, mas acaba criando problemas como acomodação e “preguiça” por parte dos funcionários em muitos casos. “Não preciso mais diagnosticar cio”. “Não preciso mais atentar ou ficar correndo o rebanho porque quando o veterinário vier, ele resolve tudo: é Ciosin® para todo lado, IATF, numa boa parte e boa! Acaba gerando um bom volume de IA´s”.

Perguntas: está correto isso? Até que ponto devemos aceitar essas condições? A IATF pode ser generalizada ou deve ser criteriosa? Em que direção estamos caminhando? Novamente, acredito que seja necessário bom senso e critérios. A IATF veio para ficar, não tenho dúvidas. Assim como o ultra-som, avaliação e diagnóstico por imagens. Ferramentas fundamentais para manejar a reprodução de bovinos. Diagnósticos de gestação a partir de 25 dias de gestação é rotina para bons profissionais (capacitados e equipados). Segundo toque (palpação) também é muito importante ser realizado em função de perdas embrionárias (mais usuais em rebanhos HPB). O uso de sêmen sexado também é outra alternativa recomendada e tecnologia que deverá evoluir cada vez mais. Manifeste sua opinião.

JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

Espaço para artigos e debates técnicos expostos por especialistas e equipe de consultores.

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VÂNIO DE BETTIO FILHO

XAXIM - SANTA CATARINA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/10/2014

São todas situações reais das propriedades e importante saber oque estar fazendo
ELOISIO FERNANDES

GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/08/2014

dr esta de parabens nessa sua colocaçao pois a iatf virou moda ai quem sai lucrando mais e os laboratorios, mais creio que o uso desta tecnica e valido vai ter grandes melhora no futuro proximo.
JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

LENÇÓIS PAULISTA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 08/01/2013

Prezado Prof° Paulo R. F. Mulhlbach,

Agradeço por ilustrar, com propriedade e exemplo real, novamente à todos, um exemplo de como todas as nossas áreas estão integradas e unidas (desta vez com um zootecnista, especialista em reprodução).

Forte abraço e um excelente 2013!

PAULO R. F. MÜHLBACH

PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 08/01/2013

Prezados participantes desse post,

Ainda em relação à manifestação do cidadão médico-veterinário sobre o que seria, ou não, da competência exclusiva dessa profissão (preocupação que até não é tão incomum assim) quero destacar a participação do Dr. Paul Fricke no próximo 3º Simpósio Internacional Leite Integral, cuja interessante programação e quadro de palestrantes acabo de consultar.
O Dr. Fricke é, na atualidade, uma das maiores autoridades em metodologia de manejo reprodutivo de gado leiteiro nos EUA, tem doutorado em Fisiologia da Reprodução e, pasmem, não é Dr. Med. Vet.! Tem graduação em "Animal Science", equivalente ao nosso zootecnista.

Um abraço,

Paulo R. F. Mühlbach
JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

LENÇÓIS PAULISTA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 05/12/2012

Prezado Tiago Luís Rhoden,

Agradeço pela participação no debate e comentários.

Acredito que esteja bem orientado e no caminho certo, ou seja, fazendo uso da tecnologia, com critério. A possibilidade de colher resultados positivos será maior, com certeza.

Um abraço!
TIAGO LUÍS RHODEN

CERRO LARGO - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/12/2012

Baita artigo João Paulo, sou produtor, tenho uma pequena propiedade( Hoje, com 24 vacas, mas a idéia e chegar nas 40, em uma àrea de 17 hectares, com produção que chega a 32 litros vaca dia, com suplementação de duas vezes ao dia silagem e ração, está ultima conforme produção, e o resto do dia a pasto, a dieta é formulada pelo veterinário. Trabalhamos eu e meu pai e vivemos desta atividade, não temos outra renda). Faz dois anos que trabalho com IATF. Praticamente todas as vacas são tocadas antes de serem inseminadas, para se ter uma noção de como está a coisa. As que tiverem prolblemas de cisto, eu já uso IATF logo, as outras que não apresentarem cio eu uso prostaglandina, e se ainda não deu certo, ai vou para o protocolo, e as que eu não conseguir ver o cio uso IATF logo, mas sempre antes, uso o toque primeiro. Parabéns pelo artigo, e estou aberto a novas idéias se tu achares necessário. Um abraço!!
JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

LENÇÓIS PAULISTA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 05/12/2012

Prezados usuários e participantes deste importante debate:

Faço dos comentários e palavras proferidas por todos que me defenderam perante as infelizes colocações do Sr. Antônio José Moreira, as minhas palavras.

Creio que não haja mais necessidade de alimentarmos campo de discussão tão estéril como a tentativa frustrada do colega médico veterinário Antônio José Moreira.

Desta forma, dou por encerrada a discussão, apenas ressaltando como muitos teceram que a questão de discussões sobre o mérito ou demérito de profissões que caminham de mãos dadas munidas por único interesse (crescimento do Brasil agropecuário) é, certamente, descabida e inócua, desprovida de qualquer sentido.

Agradeço as manifestações de apoio, certo de que o ambiente, desde a criação da Teoria da Seleção Natural das Espécies por Charles Darwin promove e oferece as condições necessárias para que o mais adaptado venha a sobreviver. Certamente, num ambiente, intelectualmente, mais avançado e técnico como é o perfil dos usuários do site MilkPoint, espécies dotadas da grosseria do Sr. Antônio José Moreira acabam por entrar em extinção com remotas chances de sobrevivência.

Um forte abraço aos solidários colegas de batalha!



FELIPE FERRAZ JUNQUEIRA DE CARVALHO

ANDRELÂNDIA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 04/12/2012

Boa Tarde João Paulo, depois do que li, fiquei até meio sem palavras, pois em nenhum momento eu vi neste debate, o Senhor falar mal de veterinário.
Você apenas demostrou o que ocorre com frequência.
Os funcionários procuram n detectar mas cio entre outras questões... o que atrapalha o profissional. Além de ter muito funcionário que não entende algumas questões ditas pelo médico veterinário e não faz o que lhe passamos, ou se haja com mais experiência.
E com isso ocorre "defeitos" no nosso trabalho, e o proprietário vem em cima da gente.
Sou médico veterinário, até agora não disse nada sobre isso por que não preciso de colocar uma profissão na frente para talvez me achar superior, me formei a 1 ano mexo com gado de leite, e o senhor retrata exatamente o que tenho visto pelas fazendas.
Um Abraço.
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/11/2012

Prezado Antônio José Moreira: Suas palavras chicoteiam o conhecimento humano de todas as áreas, inclusive da sua. O direito de opinião é sagrado e, como tal, deve ser entendido, tal como antigo brocardo jurídico que denuncia que "o direito de um acaba quando inicia o do outro". Não se cresce, não se acrescenta e não se ganha nada menosprezando o conhecimento alheio. Pelo contrário, a humanidade fica mais empobrecida, mais triste, mais desolada quando a empáfia de um agride aos anseios de aprendizado e de difusão deste demonstrado por outrem. A humildade é a arma dos gênios e o orgulho, a altivez, o menosprezo, a dos ignorantes.
Tenho certeza que o senhor não se enquadra nos últimos, mas, os romanos já aconselhavam o meio termo (nem tanto à terra, nem tanto ao mar). Cultura acadêmica não quer dizer nada, quando nos falta a cultura do convívio social, do respeito ao próximo (amai-vos uns aos outros, como eu vos amei, como bem orientou o Mestre Jesus), da urbanidade acima de qualquer questão, da capacidade d reconhecer o mérito alheio.
João Paulo Vieira Alves dos Santos, nestes anos todos de convívio milkpointiano, sempre se nos apresentou como um cavalheiro, um profissional competente, um estudioso, um professor, um amigo. Não merecia e não merece estas agressões desmedidas e levianas (e, mesmo que merecesse, não cabe a nós a função de árbitros da conduta alheia), mas, com certeza, ao invés de revidá-las, oferecerá a outra face, como, novamente, ensinou o Mestre dos Mestres, Jesus - e, como sua conduta de profissional digno e apaixonado pelo conhecimento sempre demonstrou.
Só mais uma coisa - Sou Advogado Trabalhista, com Doutorado em Madrid, em Direito Internacional do Trabalho, autor de dois livros de Direito do Trabalho, Professor Universitário e, não sei mais e não sou mais do que ninguém, aluno perene das escolas da vida, que luta, a cada dia, para obter mais e mais conhecimento, na certeza aristotélica de que "só sei que nada sei". Já vi muito analfabeto ensinando a Doutor (aliás, meu avô, em sua sabedoria de homem do campo, dizia que "Doutor é nome de Burro!").
Sejamos, pois, menos "doutores" e mais "humanos".
Obrigado por ter tido a paciência de ter lido este desabafo.
Um abraço,


GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
PEDRO AURELIO VILLANI

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/11/2012

Prezados
Temos que usar todo o potencial deste portal especializado para transmitir nossas experiências e conhecimentos nos assuntos abordados. Infelizmente algumas vezes pessoas disvirtuam essa finalidade. Para aqueles que acham este portal uma grande oportunidade vamos em frente.Existem milhares de pessoas nos recantos deste Brasil que tem um determinado problema que alguem já vivenciou e para estas pessoas é que temos a obrigação e o dever de ajudar .
MICHEL KAZANOWSKI

QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS

EM 29/11/2012

É triste tais manifestações vinda de profissionais da area de produção de alimentos. Independente da area de atuação todos temos o mesmo objetivo, alimentar bocas famintas.
As tais das atribuições profissionais, restritas pura e exclusivamente a um ou outro profissional, representa o modo brasileiro de agir, engessando o desenvolvimento da nação.
Caro Antonio, reprodução não é trabalho de veterinário, mas de qualquer individuo que estiver envolvido na produção. Em países desenvolvidos, não economicamente mas mentalmente, qualquer individuo com capacidade intelectual pode desenpenhar tal trabalho. Exemplo disso que os proprios funcionarios das fazendas nos EUA são treinados para fazer isso, sem jamais terem cursado nem curso técnico na area.
Mas não se preocupe caro Antonio, nos seus 46 anos de profisão deves ter acumulado suficiente experiencia que lhe garanta trabalho de sobra. Quanto aos recem formados médicos veterinarios, os que não virarem clinicos de caes e gatos tem muito produtor para atender. Não são necessárias leis para garantir que outros façam o seu trabalho, basta ter competencia.
PAULO R. F. MÜHLBACH

PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 29/11/2012

Prezado colega Engº Agrº João Paulo,

Primeiramente, meus cumprimentos pelos importantes conhecimentos práticos e teóricos transmitidos tão generosamente e competentemente ao longo de sua participação no MIlkPoint, já de longa data.

Em segundo lugar, a minha solidariedade pela infeliz e destemperada agressão sofrida por alguém que ainda ousa falar em ética, ao mesmo tempo em que tenta um descabido ataque à classe Agronômica.

Tenho a empatia pelos seus sentimentos, por ter sofrido agressão similar em outro episódio, de caraterística semelhante, aqui nesse mesmo portal, quando minha manifestação visava única e exclusivamente colaborar com informações em favor do produtor de leite.

É muito lamentável que, em pleno século 21, ainda exista este tipo de postura de certos membros, felizmente muito poucos, de classes profissionais que se sintam "donas do saber", querendo delimitar a posse de conhecimentos, como que se sentissem protegidos por uma espécie de corporativismo.

Esse tipo de acontecimento, infelizmente, é o ônus de quem se expõe numa mídia de caráter tão amplo e aberto como é uma rede social. Vamos aceitar isso como sendo "cavacos do ofício", sem, todavia, deixar de reagir à agressão injustificada de elementos recalcados.

Um grande abraço,

Paulo R. F. Mühlbach
JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

LENÇÓIS PAULISTA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 28/11/2012

Prezado Sr. Antônio José Moreira,

Queira me desculpar por inserir o "dos Santos" em seu nome (acabamos interagindo com diversos usuários e trocando dados, infelizmente)
JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

LENÇÓIS PAULISTA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 28/11/2012

Prezado Sr. Antônio José Moreira dos Santos,

Alguns aspectos importantes devem ser esclarecidos, para que possamos conduzir com sucesso o debate, em elevado nível técnico, sobre importante assunto e de interesse de muitos profissionais: a reprodução.

Permita-me discordar, totalmente, das suas palavras e indelicadas considerações.

Estou envolvido com a atividade leiteira desde a ocasião do meu nascimento (negócios de família). Há muito, trabalho em parceria e, em conjunto, com diferentes profissionais formados em ciências agrárias (agrônomos, veterinários e zootecnistas). Em momento algum, durante todos os anos de atuação como profissional no campo e como colaborador do site MilkPoint tive, sequer, problemas envolvendo desrespeito e/ou ataque à formação acadêmica de outros profissionais que não tenham cursado Engenharia Agronômica. Respeito, primeiramente, as pessoas e posteriormente, o conhecimento das mesmas, independentemente da formação profissional de todos que se dedicam a trabalhar para o crescimento do nosso setor, seja agrônomo, veterinário ou zootecnista. Através do site MilkPoint tive a oportunidade de estreitar, ainda mais laços com colegas com outra formação.

Considero a sua classificação preconceituosa, atrasada, precipitada e irônica o que demonstra profundo desrespeito à minha pessoa e à classe. Sou colaborador e articulista do site desde sua criação, publicado inúmeros artigos, sobre diferentes assuntos. Com profundo pesar, recebo, pela primeira vez insultos da magnitude como: "vá plantar batatas, vá!, Complementando, ainda sua falta de respeito à classe: "plantar batatas, segundo a tecnologia que o senhor aprendeu na sua formação".

Felizmente, a sua "leitura" e interpretação do texto, não foi a mesma da maioria das pessoas que leram o post atual, como o Sr. pôde perceber pela interatividade e natureza dos comentários, acima.

Recomendo que o Sr (com todo respeito à sua paciência e formação, diferentemente da postura revelada pelo Sr.), releia o texto e reveja suas palavras. É possível com atenção perceber que estou enaltecendo a atuação dos médicos veterinários e eximindo os mesmos de erros de manejo que são atribuídos, erroneamente a estes profissionais, parceiros e companheiros de trabalho (os médicos veterinários).

Não tenho inveja nem desejo cursar por 5 anos medicina veterinária. Muito pelo contrário, tenho admiração e respeito a todo profissional competente, seja médico veterinário, zootecnista e até mesmo "plantadores de batata" como o Sr. classifica os que recebem a nossa titulação. Felizmente, minha formação acadêmica e experiência profissional foram suficientes para garantir devido reconhecimento e oportunidade para compartilhar a profusão e troca de informações neste magnífico canal de informações do setor que é o site MilkPoint.

Deixo o canal aberto para a manifestação e considerações sobre sua revolta e indelicadas palavras (não associadas ao tema), aos demais participantes deste debate.

ANTONIO JOSÉ MOREIRA

RESPLENDOR - MINAS GERAIS

EM 28/11/2012

Resplendor 28/11/2012
Senhor João Paulo V. Alves Dos Santos,
Engº Agrônomo, produtor de leite e consultor da AgroSciense.
Lendo o artigo "Aspectos importantes a serem considerados no manejo reprodutivo e uso de IATF em rebanhos leiteiros", desenvolvido por V. Sa., constatei falta de ética do Agrônomo, ao se referir a profissionais, Médicos Veterinários, com soberba, empáfia, tolice, e inveja; denotando, vontade de trabalhar como veterinário, tendo estudado agronomia.
V.S° chega a culpar o veterinário por questões administrativas de fazendas, " (não preciso mais diagnosticar cio)".
E na embriaguês da sua vaidade, o senhor expressa: "uso e recomendo IATF".
Recomendo, pois, ao senhor, que se digne, em se matricular numa Escola Veterinária, e após cinco anos de estudos: -Anatomia, Citologia, Histologia, Bioquímica, Fisiologia, Patologia, Clinica, etc. V.S ° estará credenciado a recomendar técnicas usadas por profissionais, veterinários; ou plantar batatas, segundo a tecnologia que o senhor aprendeu em sua formação.
Engenheiro Agrônomo João Paulo, vá plantar batatas, vá!...
Antônio José Moreira dos Santos, Médico veterinário, formado na UFMG, em Dezembro de 1966.
JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

LENÇÓIS PAULISTA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 28/11/2012

Prezado Michel Kazanowski,

Concordo com suas considerações e julgo o tema importante e muito pertinente, como suas palavras. Recomendo a leitura do nosso novo post abordando a questão da IATF, de modo que possa interagir e debater sua experiência e conhecimento com demais usuários pelo assunto.

Novamente, agradeço sua esclarecedora participação.

Um abraço!
MICHEL KAZANOWSKI

QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS

EM 28/11/2012

Caro João,

O médico veterinário responsável pela reprodução jamais cumprirá com as metas da fazenda se a sintonia com os demais gestores da fazenda não estiver afinada.
Vejo o serviço de ultrasom propagando-se. Isso é bom, pois é uma importante ferramenta. No entanto, como mencionastes, apenas diagnosticar problemas não resolve muito.
Um caso do meu veterinário. Ele atende uma fazenda que ordenha 110 vacas. São dois lotes que eram trazidos a sala de espera juntas. Havia uma diferença significante na taxa de concepção entre os dois lotes. Contando o tempo de ordenha dos dois lotes mais o tempo de alimentação pós-ordenha as vacas do segundo lote ficavam 7 horas por dia em pé sobre o concreto. Depois da recomendação de trazer o segundo lote apenas quando a ordenha do primeiro ja estivesse no fim (muito relutante pelo produtor que teria que ir ao pasto duas veses trazer o gado), em dois meses neste manejo a taxa de concepção praticamente se igualou.
Se o veterinário vem aplicando muitos protocolos nas vacas isso é motivo de acender a luz vermelha. Algo está errado! Vacas saudáveis, bem nutridas e vivendo em ambiente confortavel tendem a ciclar nas primeiras duas semanas pós parto (por mais que não manifestem sinal de estro nesta fase). Em um exame de rotina o maximo que o veterinário vai recomendar, quando recomendar, é o uso de PG (prefiro Veteglan a Ciosin) para que o animal cicle em intervalos mais curtos fazendo uma "limpesa" natural no ambiente uterino. No mais é aguardar o segundo cio e IA normalmente.
Todo mundo sabe que o maior problema da reprodução é a falha na detecção do cio. Produtores que controlam ECC das vacas, fazem manejo de transição, divisão em lotes, cuidam do ambiente, da qualidade da água, etc, tem uma taxa de ciclicidade das vacas relativamente alta. O problema que em fazendas que não controlam devidamente a identificação de cio menos da metade deles são percebidos.
IATF é uma ótima ferramenta para otimizar o intervalo entre partos, corrigir problemas e com isso prolongar a vida das vacas. Muitos são os descartes de vacas que não conceberam após sucessivas tentativas e chegaram ao fim da lactação vazias. Deve sim ser usada. Porém, o veterinario pouco fará, e pior, será taxado de incopetente, se seu trabalho não for integrado a, principalmente, nutrição e conforto do rebanho.

Abraço

Michel Kazanowski
JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

LENÇÓIS PAULISTA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 28/11/2012

Prezado Felipe Ferraz J. de Carvalho,

Colocações muito pertinentes! Creio que devemos caminhar nessa direção mesmo.

Um abraço!
FELIPE FERRAZ JUNQUEIRA DE CARVALHO

ANDRELÂNDIA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 28/11/2012

Boa Tarde, acho que devemos ter cuidado com a IATF, como foi dito no texto.
Afinal estamos usando uma grande quantidade de hormônios, e se usando sempre esta técnica por longos períodos, podemos estar desenvolvendo doenças iatrogênicas em nossos bovinos, Afinal dando hormônios com frequência, podemos inibir a produção fisiológica destes, atrofiando as glândulas produtoras. E até onde sei não se tem estudo sobre isso, nem sobre o uso descriminado de ocitocina em vacas leiteiras, que no meu ver pode levar ao mesmo problema causando doenças iatrogênicas.
Acho que deveria se ter mais atenção dos médicos veterinários nesta parte.
E lembrar que a IATF não faz milagre, não adianta fazer IATF em vaca de baixo escore
( vaca magra), até por que terá muita chance de estar e anestro. Para se usar a IATF temos que ter um animal saudável e bem nutrido. E na minha opinião só deve ser usada em animais que estão com o clico estral atrasado, ou usar os hormônios para tratamento de alguma patologia reprodutiva.
JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

LENÇÓIS PAULISTA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 28/11/2012

Prezado Carlos Fraga,

Agradeço suas palavras.

Um abraço!

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