Pagamento por qualidade: Qual o número mínimo de amostras ? |
LAERTE DAGHER CASSOLI
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CLÍNICA DO LEITEPIRACICABA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 05/11/2013
Olá Paulo,
Bom dia, agradeço pelo comentário e por compartilhar a sua experiência. Podemos separar a variação da medição (teor de proteína) em 2 componentes: a) Variação metrológica/incerteza de medição: é a variação que pode ocorrer inerente ao processo de análise. Por exemplo, no caso de proteína, temos uma variação máxima associada de +/- 0,07 unidades. Ou seja, uma amostra com proteína de 3,30%, se analisada n vezes ao longo do tempo, pode apresentar variação de 3,23 a 3,37. Por isso, quanto maior o no. de amostras coletadas no mes, maior a certeza de que o valor médio obtido representará fielmente o leite entregue no mes, pois esta incerteza sempre é ora para mais, ora para menos. Se uma empresa faz somente 1 amostra para pagamento por qualidade, por exemplo, ai não temos como isolar este efeito. b) Variação da composição do leite: Você está certo em dizer que a proteína varia pouco, é um dos componentes mais estáveis, junto com a lactose. Esta variação pode ocorrer por alguns motivos que listo abaixo: - rebanho com poucos animais em lactação (por exemplo < 20), cada vaca tem uma contribuição muito grande com o leite do tanque, e a mudança da população de vacas em lactação tem peso nesta situação. - amostragem sem dúvida alguma é um ponto critico. Seria interessante analisar a variação dos outros componentes em especial a gordura, componente mais sensível a falhas na homogeneização. - mais de 1 tanque na fazenda é outro "problema". O leite que acaba ficando em cada um é não exatamente o mesmo e pode ser um fator complicador. O recomendado tecnicamente, seria a coleta de uma amostra da cada tanque, e depois no calculo do resultado médio de qualidade, fosse feita uma média ponderada pelo volume de cada tanque. Algo simples de ser feito, se a empresa possui um sistema de informação adequado. Quando isso não acontece, acabamos retirando um pouco de leite de cada tanque para montar uma amostra "composta". Um grande abraço, Laerte |
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PAULO F. STACCHINISÃO CARLOS - SÃO PAULO - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 05/11/2013
Olá Laerte,
assisto algumas fazendas aqui na região de São Carlos/Araraquara e o que tenho observado são variações muito grandes nos resultados de sólidos (gordura e proteína) mesmo dentro do intervalo de um mês, quando não foram observadas mudanças na alimentação, número e quantidade de vacas lactantes, % de primíparas, e manejo da ordenha. Nós sabemos como técnicos como é difícil manipular o teor de protéina do leite até mesmo em experimentos especificamente delineados na área de nutrição com objetivos específicos de verificar o efeito da dieta na % de proteína do leite. Então, fico me questionando, como podem ocorrer variações tão abruptas no teor de proteína em intervalos de 7 a 15 dias, sem nenhuma mudança de lotes e manejo alimentar? Mesmo não tendo um rigoroso controle quanto ao consumo diário de MS de todos lotes dos rebanhos destas fazendas, você acredita que seja normal verificarmos por exemplos variações nos teores de proteína iguais a estas (3.32% em 05/10; 3.03% em 10/10; 3.13% em 22/10 e 3.23% em 26/10)? A variação no teor de proteína no intervalo de 5 dias (05/10 p/ 10/10) foi de praticamente 10%. Até que ponto, o aumento de produção provocado pelo uso de BST pode impactar nos valores de proteína do leite? Poderia existir um efeito de diluição se a amostra de qualidade coincidir com o pico de produção após a aplicação de BST, 4-7 dias após a aplicação? Quanto desse coeficiente de variação pode estar associado a qualidade de amostragem (treinamento e/ou mudança dos responsáveis pela coleta, tempo prévio de agitação do leite no tanque, profundidade em que é retirada a amostra, etc.)? Grato por sua valiosa colaboração, Paulo - COWTECH CONSULTORIA |
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CLÍNICA DO LEITEPIRACICABA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 03/11/2013
Olá Eduardo,
Boa noite, Agradeço o envio do comentário. Temos estudos neste sentido, e o que temos observado é que não existe diferença significativa para sólidos, se a amostra for analisada em até 5 dias, mesmo sem refrigeração. Em relação a localização do lab, estamos investindo num sistema de logística que cresce a cada ano. Atualmente estamos com uma frota de 7 veículos refrigerados rodando mais de 70.000 km mês, que recolhem as amostras das indústrias e também de produtores (amostras individuais) e trazem até a Clinica. Por exemplo, no caso de Patos de Minas temos 4 coletas por mês em "pontos de apoio" e sem custo para o produtor enviar amostras individuais (como é o seu caso). Por enquanto, caminharemos com esta estratégia. Um abraço, Laerte |
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CLÍNICA DO LEITEPIRACICABA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 03/11/2013
Olá Raoni,
Agradecemos pelo seu comentário, Neste estudo que citamos, calculamos qual era o valor médio (mix) do litro do leite considerando 1 ou 4 amostras da empresa. Apesar de mais da metade do produtores mudar de classe, não existe diferença alguma no valor médio. Ou seja, aumentando de 1 para 4 amostras, os produtores são reclassificados, ora para cima, ora para baixo. Para a empresa não faz diferença aumentar a frequência de coleta, mas com isso ela passa a fazer uma distribuição mais justa aos produtores. Quanto ao custo, podemos considerar um valor ao redor de R$ 7,00/análise. Se aumentar de 1 para 3, por exemplo, ficaria um custo adicional de R$ 14,00 por fazenda aproximadamente. Um abraço, Laerte |
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EDUARDO AMORIMPATOS DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 03/11/2013
Parabéns ao prof. Laerte pelo artigo muito esclarecedor principalmente para entendermos parte das variacões nos resultados das análises de leite. Gostaria de um artigo sobre a influencia do tempo entre a coleta e a data da analise e o teor de sólidos, analisando dois cenarios, em que as amostras sao transportadas refrigeradas desde a fazenda e outro sem refrigeracao apenas com o conservante. Há alguma possibilidade da Clinica do Leite instalar uma unidade em Minas? Grande abraço. Eduardo Amorim
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RAONI BENI CRISTOVAMDRACENA - SÃO PAULO - ZOOTECNISTA EM 03/11/2013
Ótima matéria Laerte!
Gostaria de passar uma sugestão de simulação de fazer 1 amostra e 3 amostras e o quanto isso impactaria no fim do pagamento mensal de um laticínio, incluindo os custos devido ao aumento de amostras, fazendo no mínimo 3 coletas ao invés de 1. Obrigado. |
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