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Direto ao Ponto Saúde: cuidados no pós-parto de vacas leiteiras

MSD SAÚDE ANIMAL - MAXI-LEITE

EM 31/08/2021

4 MIN DE LEITURA

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O parto é um período altamente estressante para vacas leiteiras. Isso se dá pois os animais chegam à época de parição com menor capacidade de consumo de matéria seca e, ao mesmo tempo, com um alta demanda de energia para a produção do colostro e do leite. 

Assim, o animal muitas vezes entra em balanço energético negativo (BEN), que pode comprometer sua capacidade imunológica. Além disso, neste período ocorrem grandes alterações hormonais, que também influenciam no sistema imune do animal. Dessa forma, a vaca recém-parida está mais sujeita a diversas afecções e situações desafiante e os cuidados com estes animais nesta época devem ser redobrados. 

Um transtorno frequente em vacas no pós-parto é a cetose, que se define pelo aumento da concentração sanguínea de corpos cetônicos. A doença pode se manifestar de duas formas: clínica e subclínica, sendo a primeira associada a outros sinais clínicos (hipoglicemia, anorexia, fezes secas, atonia ruminal, queda de produção e problemas neurológicos) e a segunda não associada, mas responsável por facilitar a ocorrência de outros transtornos do pós-parto, como outras doenças metabólicas, deslocamento de abomaso e problemas reprodutivos.

Uma importante medida para se evitar problemas com cetose deve ser adotada antes da parição: garantir que os animais cheguem com Escore de Condição Corporal (ECC) adequado no momento do parto (entre 3,5 e 3,75). Vacas gordas são mais propensas a desenvolver fígado gorduroso e cetose, devido à intensa movimentação das reservas corporais. 

Direto ao Ponto SaúdeOutras medidas são garantir um adequado suprimento enérgico aos animais, a fim de minimizar o BEN. É recomendável oferecer dietas com nível médio de FDN, para assegurar a densidade energética, além de oferecer forragens em partículas longas, que vão auxiliar a estimular as contrações ruminais. Além disso, pode-se utilizar aditivos que vão auxiliam aumentando o aporte energético e o melhorando o desempenho do fígado dos animais. 

Outro transtorno bastante comum no pós-parto de vacas leiteiras é a hipocalcemia, também conhecida como febre do leite. Ela ocorre devido a alta demanda de Cálcio para produção de colostro e leite no início da lactação. Normalmente, o Cálcio plasmático disponível não é suficiente para suprir essa demanda e é necessário removê-lo a matriz óssea e dentes.

Esta “remoção” normalmente ocorre bem em vacas saudáveis, porém, como as vacas recém-paridas estão em um período crítico, podem ocorrer falhas, levando a um quadro de hipocalcemia, que também pode ser clínico ou subclínico. 

No quadro clínico o animal “cai e não se levanta mais”, devido a estrita relação do Cálcio com a contração muscular, tanto de músculos esqueléticos quanto musculatura lisa. Já na subclínica esses sintomas visíveis não aparecem, mas a hipocalcemia subclínica serve como “porta de entrada” para outros transtornos. Animais com ordem de parto maiores requerem ainda maior atenção em relação a hipocalcemia. A alternativa de tratamento é o uso intravenoso ou subcutâneo de soro a base de Cálcio, com interrupção do uso assim que houver reversão do quadro de hipocalcemia e/ou decúbito do animal. Pode-se continuar o tratamento fazendo uso de medicação auxiliar: um soro injetável para reidratar o animal e ao mesmo tempo atuando como reconstituinte, auxiliando na recomposição das necessidades de energia, vitaminas e alguns sais minerais, importantes no equilíbrio hidroeletrolítico. 

Assim como para a cetose, uma dieta bem equilibrada pode suprir as demandas e evitar que ocorra a doença. Porém, administrar oralmente um suplemento energético e mineral (conhecida como drench) pode auxiliar aumentando a concentração de Cálcio no sangue, minimizar a deficiência energética, reidratação, além de várias outras funções. Normalmente o drench é administrado via sonda. 

A retenção de placenta também é uma condição altamente frequente em fazendas leiteiras e consiste na não expulsão das membranas fetais após o parto. Esta condição está estritamente relacionada com doenças metabólicas do pós-parto (como cetose e hipocalcemia, mencionadas anteriormente), estresse no pré-parto, aborto, indução de parto, entre outras.

A melhor forma de se evitar a retenção de placenta é prevenir os fatores predisponentes citados, principalmente o estresse e as doenças metabólicas. Em caso de ocorrência da afecção, as principais recomendações são a não administração de antibioticoterapia intrauterina e a não remoção manual os restos placentários, podendo administrar prostaglandina ou oxitocina para auxílio no quadro e antibioticoterapia sistêmica em caso de animais com febre e sintomas graves de infecção.

Outras medidas importantíssimas com os animais no pós-parto são evitar ao máximo fatores estressantes e diminuir o desafio dos animais em relação a patógenos, visto que o sistema imune está mais vulnerável. 

Por isso, deve-se manter os animais em local limpo e bem manejado, evitando principalmente a infecções intramamárias, que são mais frequentes neste período. Diversas medidas podem ser tomadas para a prevenção, como terapia da vaca seca e uso de selantes, já discutido nos artigos desta série sobre mastite. Além disso, manter o calendário vacinal dos animais em dia é imprescindível para evitar novas infecções, tanto de mastite como outras doenças.

Para saber mais clique aqui.

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