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Como lidar com a mastite nos tempos de hoje?

MSD SAÚDE ANIMAL - MAXI-LEITE

EM 17/12/2020

4 MIN DE LEITURA

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Com alguns anos de trabalho dedicados à mastite, percebo que finalmente essa doença vem sendo encarada de uma maneira diferente por uma parte dos produtores de leite em nosso país. Os mesmos já estão cientes de que a mastite é multifatorial e a decisão para controle geral como manejo de ordenha, ambiente controlado, controle de agentes contagiosos, terapia de vaca seca, linha de ordenha, tratamento correto e eficaz, entre outros já estão “aprendidos”. Há também uma melhor percepção dos prejuízos que essa doença traz ao negócio, especialmente pela perda de produtividade das vacas, que muitas vezes não retomam mais sua produção.

Novas estratégias de tratamento vêm sendo adotadas e isso é realmente algo muito positivo. O produtor poder tomar a decisão se há necessidade ou não de utilizar antibioticoterapia e direcionar o tratamento para vacas com mastite clínica, com base no agente causador da mastite dentro da fazenda, é algo realmente inovador. Para isso é essencial que todos os fatores envolvidos estejam sob total controle da fazenda, pois é apenas mais uma ferramenta de diagnóstico, que quando empregada na propriedade com perfil correto, traz como principal benefício o uso racional de antibióticos, além de direcionar o melhor protocolo de tratamento estabelecido pelo médico veterinário.

O que jamais pode ser esquecido é a importância do Gerenciamento da Mastite. Coletar constantemente os principais dados não é uma tarefa fácil, porém extremamente necessária, uma vez que algumas decisões relacionadas aos fatores que estão envolvendo os casos em sua maioridade são essenciais. O momento em que as infecções ocorrem também tem grande relevância no direcionamento das ações. Por exemplo, se o percentual de mastites no rebanho for maior no início de lactação, sabemos que boa parte se refere a infecções que são provenientes do período seco, conforme demonstrado no estudo abaixo.

  

(Adaptado de: Green, MJ et al. 2002. J. Dairy Sci. 85: 2589)

O que devemos ter em mente é de que não é somente levantar os indicadores, como por exemplo, percentual de vacas com mastite clínica no mês, o que importa. É fundamental que possamos definir limites de controle superiores e inferiores, verificando por um período como os indicadores se comportam. Dessa forma conseguimos avaliar se está havendo variação dos procedimentos executados, o que pode refletir diretamente em maus resultados. Se os indicadores variam muito, é porque o processo não está padronizado.   

Por exemplo: Podemos observar abaixo que os indicadores não variavam muito de um mês ao outro, sendo que os dados refletem uma causa comum, ou seja, de acordo com os processos executados, os índices se mantém. Quando um dado sai da variação comum, podemos ter a conclusão que houve uma causa especial e aí será o momento de intervir ou ao menos entender as razões.

MACHADO, Paulo Fernandes. Sucesso no leite (2017)

Logicamente, podemos utilizar referências na literatura ou mesmo em outras fazendas para nos basear no que se diz ser” ideal”. Apenas não podemos deixar de conhecer como a mastite se manifesta em nossa propriedade. Talvez seja mais importante focar cada um em seu sistema, pois é necessário entender o que afeta o resultado final.

A padronização dos processos representa um passo fundamental para reduzir a variação dos dados, e por consequência os problemas da fazenda. Para isso precisamos capacitar as pessoas para que as tarefas sejam executadas todos os dias, da mesma maneira, com constância e uniformidade. Devido à importância da rotina de ordenha, para a qualidade e volume do leite produzido, é desejável que este seja muito bem controlado. É neste procedimento que ocorre a limpeza e desinfecção (antes e depois da ordenha) dos tetos, identificação de mastite clínica, estímulo (periférico) para a descida do leite e, por fim, ordenha das vacas.

Os responsáveis, após ter capacitado todos os envolvidos, proporcionando aos mesmos o reconhecimento da importância de sua função na ordenha, por exemplo, podem utilizar alguns itens de verificação que auxiliam na mensuração da eficiência de cada tarefa desenvolvida, de maneira prática e visual, para serem utilizados no dia a dia, como por exemplo:

1. Avaliação do escore de sujidade da extremidade do teto, através de um swab, realizado logo após o pré dipping e secagem do teto pelo ordenhador.

Fonte: Sistema MDA – Agro + Lean

 

2. Escore de sujidade de úbere – avaliação do ambiente das vacas  

Fonte: Sistema MDA – Agro + Lean

3. Escore de filtro – avalia todo o trabalho realizado – reflete diretamente no resultado final, pois o leite já está no tanque

 

Fonte: Sistema MDA – Agro + Lean

Esses dados servirão para verificar se houve um entendimento ou não do que foi combinado. Devemos sempre nos lembrar que se o funcionário não aprendeu pode ser sinal de que o instrutor não ensinou direito. Discutir melhores alternativas com os mesmos pode ser uma boa opção, pois eles terão a maioria das respostas que precisamos para melhoria processo. E nunca podemos nos esquecer de que, na fazenda, não existe nenhum processo que dependa somente das pessoas, e que as condições mínimas devem estar de acordo com o planejado.

Uma coisa é fato: o mundo está em constante evolução e em nosso negócio não está sendo diferente. Novas tecnologias, novos alternativas de tratamento, novo perfil de profissionais do setor e consumidor. O que nunca irá mudar é o resultado que temos quando damos atenção ao nosso negócio com um todo, e logicamente o reconhecimento às pessoas está intimamente ligado a isso.  Se conseguirmos manter nossos funcionários motivados e engajados, com certeza a fazenda irá rumo ao sucesso não somente na qualidade do leite, mas na sustentabilidade e viabilidade da atividade.

Referencia Bibliográfica:

- Green, MJ et al. 2002. J. Dairy Sci. 85: 2589

- MACHADO, Paulo Fernandes. Sucesso no leite (2017)

- Sistema MDA – Agro+Lean

 

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