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Mini CPI´ investigará alta em importação de lácteos

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 02/12/2010

2 MIN DE LEITURA

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A Comissão de Agricultura da Câmara aprovou ontem (1º) a criação de uma "mini CPI" para investigar o aumento nas importações de produtos lácteos do Uruguai e dos Estados Unidos. A Proposta de Fiscalização e Controle (PFC), cujos poderes são semelhantes ao de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, pressionará o governo a adotar, principalmente, travas às "importações predatórias" de leite em pó uruguaio e de soro de leite americano.

Ao apontar indícios de prática desleal de comércio, triangulação de produtos subsidiados de outros países e até fraudes, os deputados sugerem a criação de cotas baseadas na média das compras dos últimos cinco anos, a imposição de preços mínimos e o licenciamento não-automático das importações. Pelos cálculos dos deputados, o Uruguai teria direito a uma cota de 1,8 mil toneladas para lácteos - a Argentina tem atualmente uma cota de 3 mil toneladas.

Os parlamentares criticam as importações "excessivas e desnecessárias" no país. "É um grave problema no setor. Não podemos sobreviver desse jeito, ver os produtores largando a atividade", diz o presidente da comissão, deputado Abelardo Lupion (DEM-PR). "A maioria das prefeituras brasileiras usa leite em pó reidratado na merenda escolar e uma meia dúzia de empresas controlam isso". Na entressafra, os preços pagos ao produtor recuaram 6%. Mas o preço ao consumidor aumentou 1,5% no queijo e 1% no leite em pó.

A iniciativa da Câmara prevê divulgação das importações de lácteos por empresa como forma de evitar fraudes. "Se a empresa produz e comercializa somente leite longa vida e importa em plena entressafra elevadas quantidade de soro ou leite em pó, alguma coisa está errada", afirma o deputado Vitor Penido (DEM-MG).

Os deputados afirmam que as importações estão fora de controle em 2010. As compras de lácteos têm aumentado. Em 2007, eram de US$ 152, 7 milhões. No ano passado, foram US$ 264,8 milhões e, de janeiro a outubro de 2010, já atingiram US$ 230,7 milhões. Em soro de leite, por exemplo, as compras passaram de 1,548 mil toneladas, em janeiro, para 4,444 mil toneladas em julho - um aumento de 187%.

Os parlamentares apontam como causas a revogação de medidas restritivas ao comércio internacional. Por um acordo comercial recente, o Uruguai retirou parte de suas travas à importação de frango em troca de elevar suas vendas de lácteos ao Brasil. Resultado: no primeiro semestre do ano, foram importadas 18,8 mil toneladas de lácteos uruguaios, o que representaria 30% do mercado no período. O leite do Uruguai entra no Brasil, segundo a comissão, a R$ 0,63 por litro. O produto brasileiro tem um preço médio de R$ 0,72 por litro.

A vantagem uruguaia, por exemplo, teria como origem a alta tributação praticada no Brasil. Os produtores nacionais pagam 9,25% de PIS-Cofins sobre insumos, o que representaria 40% do custo operacional total da produção. "Se, além de circunstâncias desfavoráveis que a pecuária leiteira vem enfrentando, como a sobrevalorização do câmbio, o setor tiver de competir com o leite importado sob condições fraudulentas, parece iminente a falência de nossa pecuária leiteira", diz Penido.

A matéria é de Mauro Zanatta, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.

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FERNANDO MELGAÇO

GOIÂNIA - GOIÁS - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 03/12/2010

Acho que essa mini CPI,deveria se transformar numa maxi CPI. É realmente um absurdo essa importação de leite em pó,beneficianda as indústrias e prejudicando a nossa pecuáaria leiteira.
Ademais,estou de pleno acordo com o Exmo.deputado Penido:como uma indústria que empacota leite longa vida precisa improtar leite em pó?Como disse o nobre deputado:"algluma coisa está errado."
Faz-se necessário uma fiscalização mais rigorosa por parte do Ministério da Agricultura.
Atenciosamente,
Fernando Melgaço.
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/12/2010

Complementando a consideração da carta anterior, me parece que a idéia dos Excelentíssimos Deputados de tornar obrigatória a divulgação das empresas que importam leite e soro de leite, bem como as quantidades importada, além de ser medida para combater a fraude, poderá ser importante para o produtor com relação à empresa para a qual fornecerá o leite.

Marcello de Moura Campos Filho
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/12/2010

Aplausos aos deputados da Comissão de Agricultura e Pecuária da Câmara que criaram a "mini CPI" para investigar as importações de leite do Uruguai dos USA.

Os excelentíssimos deputados facilmente verificarão que no caso do Uruguai as importações foram favorecidas de um lado pela sobrevalorização do Real com relação ao Dolar americano e ao fato do setor de lácteos ter sido oferecido como moeda de troca com o Uruguai para favorecer a exportação de frango.

Com relação às importações dos USA, facilmente verificarão que foram favorecidas pela pela sobrevalorização do Real com relação ao Dolar americano. Aliás, não foi só para o Brasil que as exportações de leite e lácteos dos USA aumentaram assustadoeramente.

Isso mostra que para resolver o atual problema conjuntural de importação é importante rever o acordo com o Uruguai, eliminando o setor lácteo nacional como moeda de troca, e tomar alguma medidade que nos proteja da guerra cambial e comercial que é fato no mundo atual. Apresentei uma sugestão no artigo da minha página do MyPoint, "As vacas de leite estão preocupadas com a política cambial?". Os experts em economia poderão dizer que existem soluções melhores. Tudo bem, mas se não apresentarem logo uma solução, muitas vacas de leite irão para o brejo, ou melhor, irão para o gancho, agravando o problema da importação de leite.

Mas, os excelentissimos deputados, se aprofundarem suas investigações, poderão verificar também que no Brasil o problema de importação de leite é crônico, e que nos últimos 20 anos não produziu o suficiente para abastecer seu mercado interno, apesar dos padrões de consumo nacional estarem abaixo do recomendado pelas organizações de saúde, caracterizando-se, pasmem os excelentíssimos deputados, como importador significativo de leite. Nesses 20 anos as importações foram de 30 bilhões de litros equivalentes de leiete, sendo que apenas no período de 2004 a 2008 produzimos o suficiente para atender o consumo interno e exportar cêrca de 2 bilhões de litros equivalentes de leite - O saldo do comércio internacional de lácteos nesses 20 anos caracterrizou uma importação liquida da ordem de 20 bilhões de litros. Teve anos que chegamos importar o equivalente a 3,5 bilhões de litros e mães assaltando posto de saúde por não terem leite para dar aos filhos.

Essa situação evidencia que nossa pecuária de leite é de baixissima produtividade e competitividade, que falta assistência técnica e recursos financeiros ao produtor para mudar um quadro que é praticamente o mesmo a quase 40 anos, com algumas melhoras pontuais, distantes do que o País precisa para assegurar o abastecimento de seu grande mercado interno e ter excerdentes para exportar e aproveitar as oportunidades que serão oferecidas crescimento da demanda mundial. A importação crônica de leite é um problema estrutural, cuja solução não é imediata e exigirá política e planejamento setorial adequados.

Marcello de Moura Campos Filho
Presidente da Leite São Paulo
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/12/2010

Caso o governo do Brasil não tomar algumas atitudes perante a defesa de seus produtores de leite, fica dificil nós competirmos com leite , soro , e outros derivados do leite , que são altamente subsidiados em outros paises. Fico satisfeito por esse tipo de iniciativa , trazer a realidade das manobras do setor leiteiro ao nosso conhecimento.
TIAGO PEREIRA COLETO

OUTRO - RONDÔNIA - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 02/12/2010

Até que enfim resolveram fazer algo pela pecuária e industrias leiteir nesse país.
Tomara que essa mini CPI não fique só no papel.
Porque se for levada a sério mesmo, vai ferir muitos interesses de gigantes no setor. Aí essa história a gente ja conhece como acaba.

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