No leilão anterior, em 20 de dezembro, os preços tinham registrado ligeira queda. Mas desde meados de outubro, as cotações dos lácteos nesses leilões, que são referência para o mercado internacional, vinham subindo e voltaram aos níveis históricos.
De acordo com Valter Galan, analista do MilkPoint, incertezas em relação à demanda chinesa — que cresce num ritmo mais lento — e estoques elevados de lácteos na União Europeia e Estados Unidos exerceram pressão sobre as cotações no leilão de ontem. A decisão da Nova Zelândia, maior exportadora mundial de lácteos, de ampliar a produção de leite em pó integral também pode ter sido um fator de pressão.
Ele reiterou, no entanto, que o mercado é “estruturalmente altista”, uma vez que há queda na produção na União Europeia — após um período de recuo nos preços — e na Nova Zelândia em função, sobretudo, do clima adverso. No país da Oceania, a produção de sólidos de leite caiu 5,3% em novembro passado na comparação com o mesmo mês de 2015.
Galan observou que os preços da matéria-prima estavam muito baixos nas regiões de produção do mundo, o que estava desestimulando os pecuaristas.
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As informações são do jornal Valor Econômico.