No ano, o índice tem alta de 1,78%, o menor acumulado registrado num mês de setembro desde 1998 (1,42%) e, nos 12 meses encerrados em setembro, avançou 2,54%. Neste caso, houve aceleração em relação ao registrado pelo acumulado de 12 meses até agosto (2,46%). Permanece, contudo, abaixo do piso da meta de inflação, de 3% — o centro da meta é 4,5%, com margem de 1,5 ponto percentual.
O IPCA de setembro ficou acima da média estimada por 25 consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data, de 0,08% de alta. O intervalo das projeções ia de aumento de 0,03% a 0,13%. No acumulado em 12 meses, a expectativa era de que a inflação ficasse em 2,46%.
O grupo alimentação e bebidas recuou pelo quinto mês seguido. Em setembro, a queda foi de 0,41%, com destaque para o consumo em casa, que teve retração de 0,74%. Essa queda teve influência de itens como o tomate (-11,01%), o alho (-10,42%), o feijão-carioca (-9,43%), a batata-inglesa (-8,06%) e o leite longa vida (-3,00%).
O IBGE calcula a inflação oficial brasileira com base na cesta de consumo das famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos, abrangendo dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Os preços são coletados ao longo do mês.
Índices regionais
Dos 13 locais acompanhados no IPCA, apenas a região metropolitana de Recife teve deflação em setembro, de 0,26%. Segundo o instituto, os preços recuaram na região metropolitana da capital de Pernambuco refletindo a queda de preços desde o feijão-mulatinho (-20,39%) até a gasolina (-2,29%). Em 12 meses, os preços médios ainda avançam, 3,85%.
A maior alta de preços ocorreu na região metropolitana de Vitória, com avanço de 0,54% em setembro. Os preços médios avançaram puxados pelas passagens aéreas (+37 ,51%) e combustíveis (+2,32%). Os preços também subiram em Belém (+0,33%), Campo Grande (+0,33%), Salvador (+0,24%), Belo Horizonte (+0,24%), Brasília (+0,22%), São Paulo (+0,19%), Fortaleza (+0,16%), Curitiba (+0,14%), Rio de Janeiro (+0,13%), Porto Alegre (+0,07 %) e Goiânia (+0,04%).
Os preços aceleraram em agosto em sete dos 13 locais pesquisados pelo IBGE.
As informações são dos jornais Valor Econômico e O Globo.